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Victor

Dês de que eu e Babi encontramos o pen drive, não encontramos mais nada de interessante.

E entre essa uma semana, não houve nenhum outro crime, oque é estranho, pois a cidade não ficava calma assim a uns meses.

Hoje não haveria investigação, tiramos dois dias para pensar em nós mesmos.

Eu estou na delegacia, na verdade, acabei de chegar aqui.

- Victor? - um dos meus colegas chamou.

- precisa de alguma Leonardo? - questionei.

- na verdade, vim te mostrar algo. - ele me mostra um exame feito pela vítima do crime que estávamos examinando.

- isso é sobre oque? - eu pergunto.

- parece que a vítima fez outro exame do suposto assassino, mas nesse exame, não mostra o nome do paciente, pois está rasgado no local, assim como você havia dito que ocorreu no outro laudo. - ele me entrega o papel.

- obrigado Léo. - me levanto e saio.

Vou até o hospital onde o exame foi feito, chego lá e logo ligo para Bárbara, pois não sou bom com interrogatórios.

- Alô Babi? 📲

- É Bárbara, Augusto, Bárbara! - ela fala. 📲

- é bom falar com você também. - riu em um sopro. - mas enfim, preciso que venha até o University Hospital. - falo dessa vez sério. 📲

- por qual razão eu iria? - diz em tom de tédio. 📲

- pistas. 📲

- ok estou a caminho. - ela fala e desliga.

Demora apenas alguns minutos e ela chega, eu explico toda a situação, e ela analisa.

- seja lá quem for o assassino, ele tá bem debaixo do nosso nariz. - ela diz analisando.

- do que é esse exame. - eu pergunto.

- é sobre uma suposta consulta com uma psiquiatra, precisamos falar com ela, é a melhor que pode nos explicar sobre esse exame. - ela vai até a recepção e eu a sigo.

A recepcionista era uma mulher branquinha, e gorda, com o rosto redondo e com seus cabelos castanhos e liso preso em uma rabo.

- no que posso ajudar? - a mulher diz.

- precisamos falar com a psiquiatra responsável por esse exame. - ela mostra o exame a moça.

Ela analisa o exame e fica um tempo quieta, eu já estava perdendo a paciência com a lentidão da mulher, olho para Babi e vejo que ela está na total paciência, está super calma.

Então finalmente a mulher consegue dizer algo.

- Vocês não souberam? - ela diz em quase um sussurro.

- do que? - Bárbara diz no mesmo tom.

- a psiquiatra foi encontrada morta ontem após uma consulta em particular. - a mulher diz sem conseguir nos encarar.

- e como nós não fomos avisados disso. - eu pergunto direcionado a Babi.

- eu não sei. - ela confessa em um suspiro.

Oque me deixa levemente surpreso, pois Babi sempre sabe oque faz.

- mas alguém sabe sobre esse assassinato? - Babi pergunta.

- só as pessoas desse hospital. - ela faz uma pausa, parecendo pensar em algo. - foi deixado um bilhete, do assassino, para que nós não contassemos a ninguém. - ela fala dessa vez olhando para nós, era perceptível o medo em seus olhos.

- pode nos mostrar o bilhete por favor? - Babi pergunta.

- claro. - ela remexe em alguns papéis, e logo entrega o papel a Babi, então eu chego perto para ler junto.

"Espero ninguém saiba disso, principalmente o policial e a detetive, a não ser que vocês queiram acabar igual essa amiguinha de vocês, se eu souber que alguém foi informado do que aconteceu aqui, vai pagar caro, e não vai ser com dinheiro, vai ser com a própria vida".

Olhei para Babi e vi que ela parecia assimilar tudo, criando alguma suposta teoria sobre esse assassinato, ela tinha que pensar com cuidado, pois uma palavra poderia custar uma vida, eu sabia que ela precisava de tempo, então eu assumir o interrogatório.

- onde foi encontrado esse bilhete? - perguntei.

- foi encontrado ao lado do corpo do vítima. - a mulher disse.

A escrita era impressa, as letras era de computador, oque dificulta para nós, já que não temos noção de quem poderia ser a caligrafia.

- foi usado algum computador durante a consulta? - eu perguntei.

- não, os únicos computadores que temos estão desligados a um mês, não estamos usando eles. - ela diz.

Olhei novamente para Babi, que parecia prestar atenção em cada palavra da moça, mas ao mesmo tempo, parecia está em outro mundo, ou melhor, em seus pensamentos.

- sabe quem foi o paciente? - perguntei o óbvio.

- não, ninguém sabe quem foi. - ela diz oque eu já esperava.

- alguém mais sabia da consulta? - Babi se pronunciou.

- ela havia comentado sobre que havia uma consulta em particular, mas não disse nada mais além disso.

- qual foi a última vez que você a viu? - eu pergunto.

- antes de entrar pra sala dela, ela e o paciente anônimo havia chegado antes de todos, e eu fui a segunda a chegar, já que eu sou recepcionista e preciso estar aqui cedo, então ela disse que já estava com o paciente na sala, e que eu não podia deixar ninguém passar por aquele corredor para não escutar a voz do paciente em anônimo. - a moça fala. - fique com o papel, talvez ajude em algo.

- parece que o assassino já havia combinado de matar a psiquiatra, ele iria fazer a consulta, saber o resultado e depois matá-la, por isso ele deve ter trago o bilhete de casa. - ouvi Babi sussurrar para si mesma, ela estava criando respostas sobre oque havia ocorrido, olhei para a recepcionista, que parecia confusa com o nossos silêncio.

- bom, tem mais alguma pergunta? - eu pergunto para Babi e ela nega.

A moça parecia com medo em ter contado para nós oque havia ocorrido.

Mas não tinha muito oque fazer, ela já havia contado.

- bom, então tchau, obrigado por responder nossas perguntas. - eu digo e ela sorri.

- de nada, foi um prazer ajudar vocês. - ela diz e logo olha para Babi, que encarava a recepcionista sem nenhuma expressão.

- Adeus. - foi tudo que ela disse antes de se retirar dali.

Dou um último aceno para a moça, e acompanho Babi.

- como assim adeus? A mulher ficou assustada. - eu digo acompanhando os passos rápidos que ela dava.

- ela vai morrer daqui uns dias. - Babi diz firme.

Ela parecia ter pensado muito para estar dizendo isso.

- oque? Por que? - eu pergunto confuso.

- não é óbvio Augusto? O assassino não é burro, ele vai saber que nós ficamos sabendo, e vai atrás da recepcionista, e ela terá seus dias de vida contados. - Ela diz em um tom irritada, mas sem expressão alguma.

- faz sentido. - eu digo e logo percebo que já estamos do lado de fora do hospital.

- quero que esteja na delegacia amanhã antes do horário, começaremos pela manhã, temos muito trabalho pela frente. - ela diz e logo entra em seu carro.

ℭ𝔯𝔦𝔪𝔦𝔫𝔞𝔩 𝔠𝔞𝔰𝔢Onde histórias criam vida. Descubra agora