Capítulo 2

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Alina acordou com uma fresta de luz direto em seus olhos. Estava sozinha. As memórias da noite passada fizeram seu coração disparar, ela se sentou na cama, assustada, será que tudo isso não se passou de um sonho? ela pensou, mas não, não era um sonho.

A tenda ao seu redor só confirmava que ela não estava mais em Os Alta. O cheiro dele pelo seu corpo tornava tudo mais vívido. Mas ainda assim a noite passada parecia um sonho. Ela se vestiu rapidamente e começou a implorar para que Aleksander voltasse. Aleksander, agora ela sabia seu nome, então sim, não havia dúvidas de que foi real.

"Sol Koroleva" a voz suave dele invadiu a tenda, a fazendo pular. Ele se aproximou, os olhos brilhando, um bom humor que não estava acostumava vindo dele.

"Aleksander" ela disse, como se quisesse ter certeza do que havia acontecido. Ele sorriu ao ouvir seu próprio nome. Beijou sua bochecha e depois seus lábios. Inicialmente o plano de Alina era manter a relação o mais diplomática possível, mas agora, com seu coração se derretendo, sua mente lutando para colocar juízo em seus sentimentos, ela sabia que não tinha controle sobre isso. As mãos dele descendo em suas costas, por um segundo ela parou de respirar. "Precisamos conversar" ela sussurrou enquanto ele beijava seu pescoço, ele soltou um gemido desapontado e voltou seus olhos para os dela, Alina estava rindo de seu lamento.

"Entendo que estamos em guerra Alina, mas não podemos ter uma manhã de paz?" ele disse com as sobrancelhas erguidas.

"Teremos muitas manhãs de paz se acabarmos com a guerra mais cedo". Ele suspirou assentindo e deu um último beijo nela.

"Vamos comer então". Assim que ele se virou, uma voz o chamou na entrada da tenda.

"Entre" ele disse com a voz firme, a voz de um comandante. Era o mesmo mensageiro, só que agora mais cansado, com mais olheiras e uma carta em mãos, dali mesmo ela pode ver o selo real. Nikolai.

"Como voltou tão rápido ?" ele perguntou pegando a carta.

"Acontece que…" o mensageiro agora olhava para Alina. "Eles não estavam tão longe".

Aleksander agora também olhava para Alina, confuso e quase triste, mas ela estava mais confusa do que ele.

"Onde estavam ?" ele perguntou ainda olhando para Alina. 

"Montaram um acampamento a duas cidades daqui. Vim o mais rápido que pude".

"Eles não teriam como saber" disse Alina confusa.

"Obrigada Andrei, por favor descanse, e não conte nada a ninguém", o homem fez uma breve reverência e saiu.

"Isso fazia parte do seu plano ?" ele pergunta calmo, desapontado.

"Não" ela responde com firmeza. Ele entrega a carta para ela e ficou de pé esperando. As mãos dela tremiam de ansiedade.

"Cara senhorita Starkov, me surpreende ainda estar viva. Após nossa despedida notei o quanto fui levado pela sua insanidade e voltei para segui-la. Temia pela sua segurança, mas você conseguiu. Tomarei as providências de acordo com o combinado. Mas antes preciso vê-la, preciso ter certeza.Uma carta pode omitir muitas coisas, mas seus olhos não mentem. Estamos a não muito longe do seu acampamento, e se estiver realmente segura venha até nós. Reconheci sua caligrafia, mas precisamos ter certeza.
Nikolai Lantsov"

A carta finalizava com todos os incontáveis títulos reais de Nikolai que Alina não se deu ao trabalho de ler. Ela suspirou e entregou a carta para que ele pudesse ler, ele hesitou por um momento, estudando Alina. O olhar dele permaneceu impassível até o final.

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