Prólogo

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Kim Dahyun

Nascida em Seul, coreana. A jovem fez 19 anos recentemente e tudo que lhe interessava no momento era contribuir para o débito das despesas de casa.

Seus pais decerto possuíam seus próprios empregos, no entanto, as contas sempre haviam de vir mais altas que o previsto.

Seu pai trabalhava como taxista, sua mãe lavava e passava roupas em casa, entretanto, ganhava pouco por seu serviço miserável. Era uma situação precária demais para esperar qualquer salvador improvável.

Abandonando seus estudos por vez, Dahyun saiu para a vida e, após bater em talvez vinte e três portas diferentes, ela finalmente o conseguiu.

A família japonesa mais bem sucedida de Seul, os Minatozaki, receberam a coreana de bom grado tendo em falta uma faxineira na mansão.

Todavia, Dahyun fazia muito mais que uma limpeza caprichada no casarão. Ela servia para mais mil e uma coisas; cozinhava, lavava, passava e atendia a porta quando visitas resolviam aparecer.

E, não menos importante, cuidava do cachorrinho que a família havia adotado: Boo, sapeca e danado o suficiente para lhe roubar a paciência. Contudo, era impossível não gostar dele.

Faziam cerca de cinco meses desde que começou ali. Não sabia muito sobre a vida particular dos patrões e nem se interessava por estes, o salário bem pago era sem dúvidas mais importante na circunstâncias em que se encontrava. Seus pais viveriam bem se economizassem direito. E, se Dahyun também guardasse um pouquinho para si, logo poderia voltar a estudar sem problemas.

Era um salário bom demais e um emprego aparentemente estável para ser substituído no momento.

Minatozaki Sana

Nascida no Japão, japonesa. A Minatozaki era filha única e, aos seus cinco anos de idade, se mudou com seus pais para Seul.
Os negócios na Coréia rendiam muito mais, aparentemente.
A moça sempre obteve tudo do que fosse melhor, era simpática, carismática e educada.
Uma menina perfeita aos olhos da sociedade asiática.
Era bela, além disso. Admirada por todos, Sana possuía 21 anos e já provou o sabor de incontáveis aventuras amorosas.
Seus pais estavam alheios à isso, no entanto. Mas Sana decidiu endireitar-se sozinha ao que o tempo ia.
Começou ela fazendo faculdade nos Estados Unidos, aprendendo idiomas diversos e buscando algo de seu agrado para exercer futuramente.
A japonesa tinha plena ciência de que poderia viver bem pelo resto da vida de desejasse, todavia, ela também gostaria de ganhar suas próprias coisas por seu próprio mérito.
Apesar de uma drástica mudança com alguns anos fora de casa, se divertir com outras pessoas ainda entrava em questão nas horas vagas, entretanto. Os velhos costumes e desejos ainda estavam acesos em si.
Além disso, a Minatozaki jamais fora o tipo de pessoa a ter um relacionamento sério, pois, para tal, seria necessário atender à todas as exigências de seus progenitores.
Não era uma opção ter um relacionamento com alguém de classe baixa ou média, ou que não fosse tão esbelto quanto o esperado.
Contudo, ela não buscava um relacionamento no momento. Participar da agitação e das festanças ainda era um hobby seu, e ainda existia um mundo todo para ver antes de se atar num compromisso. Adorava se juntar a alegria contagiante entre conhecidos.
Sempre rodeada por inúmeros amigos, Sana vivia uma vida animada e monótona ao mesmo tempo, levando em conta as responsabilidades que já tinha.
Estava prestes a voltar para casa e finalmente reencontrar sua família e amigos do passado depois de um longo e doloroso tempo.
Entretanto, o destino é aquele mesmo que muda seus planos, que lhe traz felicidade assim como angústia, que lhe abençoa na mesma medida em que tem o poder de acabar contigo. Sana não sabia disso, mas provaria-o todos os dias desde que retornasse para casa.

[...]

A EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora