11. Au revoir

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[...]

─ Por que não?

─ Porque não.

─ Por favor. ─ Pediu Sana, em seu olhar mais melancólico.

─ Sana, não. Não posso. Vamos, antes que notem.

─ Ninguém vai perceber que eu me atrasei para o café.

─ Mas vão perceber que não estou com Sra. Park.

Dahyun sentiu um arrepio passear por seu corpo quando Sana a encostou na porta de seu próprio quarto.
Como afirmado antes, embora fosse doloroso, a japonesa se limitava ao lado da Kim, bem como abdicava de suas vontades para respeitá-la. O dilema com o qual convivia se agravava mais a cada dia, no entanto. Com essa rejeição, então, tudo piorou.

─ Venha comigo amanhã nessa maldita viagem, então vou sossegar. ─ Afirmou, convicta.

─ Já lhe disse que não posso. Uma semana longe é trabalho dobrado para Sra. Park, Juyeon não é apto para lidar com a casa ou a cozinha. E com que pretexto eu estaria habilitada a ir com você? ─ Sana desviou o olhar, contrariada. ─ Não fica assim.

Não adiantou, contudo. A Minatozaki continuava com suas queixas e mágoas. Embora compreendesse, sua chateação não diminuía em nada.
Por isso, Dahyun decidiu fazer-lhe contentada com o pouco que sua timidez poderia oferecer. Sana corou ao selar demorado da mais nova no canto de seus lábios e um abraço desajeitado em volta de sua cintura.

─ Não fica zangada.

─ Não quero ficar longe de você. ─ Confessou, encostando seu queixo na cabeça da mais baixa. Aspirar seu perfume só lhe fazia lamentar mais a falta eminente.

─ Eu também não. Mas você tem que ir... Vamos agora? ─ Indagou, fitando-a.

Sana balançou a cabeça, adiantando-se.

─ Vou sair primeiro, por precaução.

─ Sana, não seria o cont...

─ Sana?

A porta fechou-se de uma vez, assustando a Kim na mesma medida em que a japonesa corou violentamente. Dahyun se pôs ao pé da porta para escutar enquanto a Minatozaki se encostava na madeira.

─ Sim, Sra. Park? ─ O timbre revelou a Dahyun seu nervosismo.

─ O que fazia nos aposentos de Dahyun?

─ Eu, hm... vim ver se ela estava. Queria pedir para arrumar minhas malas para a viagem.

─ Ah, mas eu já ia fazer isso, menina. A propósito, você não a encontrou? ─ Indagou, vasculhando qualquer coisa que pudesse estar além de Sana.

─ Hm... Ah, não! Deve estar no jardim, com boo.

─ Deve estar mesmo. ─ Concluiu, volvendo-se. ─ Eu disse a Juyeon para passear com ele. Aquele endiabrado estava muito inquieto. ─ Saiu, resmungando consigo mesma até sumir da vista da jovem.

Sana abriu a porta de modo cauteloso por já esperar advertências à sua pessoa.

─ Eu disse que deveríamos ter ido logo! ─ Exclamou Dahyun em um sussurro.

─ Mas ela não pegou a gente.

A risada, já despreocupada, da japonesa somente a indignou mais. Dahyun gostaria de afirmar sua postura diante do caso com a anciã, mas se conteve quando a Minatozaki lhe puxou para um abraço inesperado.

─ Eu vou sentir sua falta.

A Kim concordou em silêncio e logo foram ao andar de baixo, Dahyun à frente, Sana mais atrasada.
Com pouco, a japonesa sentou-se na mesa do café e Sra. Park arqueou uma sobrancelha, desvendando a mentira.
Os Minatozaki comeram em silêncio, exceto pelo fato de Kentaro estar entusiasmado com a ida de sua filha à Europa. Reafirmou, também, a grande responsabilidade que seria e lhe disse que esperava muito. Por isso, já havia preparado um roteiro completo envolvendo apresentações, simpatias e respostas.
Quando Sana escutou tudo, entendeu que seu dia estaria completo. Sakura não se manifestou em nada, olhava somente os olhares rasteiros que Dahyun deixava escapar à Sana e se colocava insatisfeita em relação a isso. Ora ou outra os talheres eram apertados e as dobras ficavam brancas.
A Minatozaki mais nova não percebera, tampouco Dahyun. A primeira se concentrou em concordar com o patriarca e levantar-se com ele quando o mesmo anunciou sua ida à empresa.
Despediu-se da Kim com um último olhar, carregado de melancolia, antes de sair. Sra. Park retornou para a cozinha e a coreana pois-se a desfazer a mesa quando Sakura ergueu-se.

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⏰ Última atualização: Jul 04 ⏰

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