05. Caramel Macchiato

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Notas: de antemão, peço que relevem qualquer erro com relação à espaçamento de palavras e parágrafos, o wattpad vem bugado nisso. Boa leitura!

[...]

Dahyun havia descartado a opção de levar um livro para si, como ela mesma havia previsto. Por razões óbvias, o desejo chamava-a de tola.
No entanto, ainda era sexta-feira e a ideia de uma folga não caiu-se no esquecimento.
Quanto à relação de Sra. Park e folga, esta nunca a possuíra, desde muito, era como se morasse de fato com os japoneses ─ embora possuísse uma pequena casa em outro bairro.
Demais, Juyeon era como Dahyun, recebia um ou dois dias de folga à contragosto dos patrões, em especial Sakura.
Eles, ou talvez ela somente, queriam os empregados ao dispor de modo automático e diário, mensal, anual, sem intervalos.
Não havia um dia estabelecido na semana ou no mês para uma folga, esta acontecia por obra da circunstância.
E, para Dahyun, já deveria ela tê-la feito.
Acabando seu serviço na biblioteca, a Kim se permitiu terminar mais algumas coisas antes que fizesse uma tentativa. Não teria uma segunda ou terceira, único seria aquele pedido e ela teria de fazê-lo bem.
Pois, quando Sakura dizia não, era tolice insistir quando mudar sua resolução era detestavelmente difícil.
A manhã seguia seu curso costumeiro e, uma vez que Kentaro estava fora, fazer o pedido à patroa era sua única escolha, de fato. Ela chegou a essa conclusão quando se lembrou da existência do patrão e sua autoridade na esfera familiar.
Sana havia saído e Dahyun não conseguiu se imaginar pedindo permissão à ela. No entanto, embora sendo ela também sua patroa, a palavra do casal ainda era superior à sua de qualquer maneira.
Finalizando a louça, uma rápida limpa nos quadros de família na sala e um pouco de água nas plantas que jaziam no mesmo cômodo, Dahyun foi até a bruxa que costumava chamar de Senhora e Patroa.
Vamos lá..., pensou ela.
A garota suspirou fundo antes de bater na porta do quarto alheio. Uns instantes em silêncio, Sakura respondeu com uma voz mal humorada:

─ Quem é? ─ Indagou ela, aborrecida.

Dahyun baixou o olhar. Hesitante, ela mordeu o lábio inferior antes de falar.

─ Sou eu, Senhora. ─ Ela prendeu a respiração.

─ O que quer?

A Kim estremeceu. O mal humor dela parecia aumentar a cada milésimo de segundo. Ela se perguntava o porquê disto ser costumeiro na mulher. Talvez suas roupas tenham saído de moda ou suas jóias não lhe agradassem mais.
Aquela japonesa possuía tudo o que queria e outro, infeliz ou miserável, no lugar dela viveria saltitante pelo mundo.

─ Sra. Sakura, eu queria saber se posso tirar uma folga por hoje e amanhã. Faz alguns dias que eu...

─ É tão urgente assim? ─ Perguntou ela, interrompendo a mais nova.

A palavra "folga" fora o suficiente.

─ Eu gostaria de ver meus pais...

Uns instantes em um silêncio gritante fizeram o estômago da jovem revirar.

─ Que seja. ─ Respondeu enfim. ─ Mas volte no domingo de manhã, e cedo.

Dahyun suspirou aliviada. Um sorriso brilhante nasceu em seus lábios.

─ Como a Senhora quiser!

Ela sequer esperou uma resposta, estava feliz demais para aguardar alguma.
A coreana saíra apressada, correndo até seu quarto para buscar suas coisas e dar o fora daquele lugar, ela não pensou em nada mais.

[...]

Esperando em um esquina próxima a mansão dos Minatozaki, Dahyun se deu ao luxo de pedir para que seu próprio pai viesse busca-la.

A EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora