03. Vinho e Whisky

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[...]

A japonesa saiu sendo puxada por Minyeon.
Ela fez um sinal para Tzuyu de que logo voltaria, bem, ela esperava por isso.
Chou assentiu antes que saísse do campo de visão de Sana.
Os amassos em sua roupa chamariam atenção, certamente, ela precisa consertar isso.
Durante a corrida, Sana não sabia o que estava sentindo ao certo. Se estava nervosa pelo nervosismo de Minyeon ou se era por Dahyun.
A cada passo ela sentia seu coração aumentar a velocidade contra sua caixa torácica, ela perguntou-se se ele gostaria de sair de uma vez e voar. Uma cousa estranha crescia dentro de si, esta que se assemelhava à uma escuridão e aumentava exponencialmente.
O corredor parecia ser infinito. Minyeon lhe guiava apressado logo a frente. Se a japonesa não tomasse cuidado, iria tropeçar em seu próprio vestido, isso não a fez para, no entanto.
Ao adentrar no cômodo, ela encontrou Dahyun, mais pálida do que normalmente era, sentada em sua cama cabisbaixa. Uma sensação de pavor tomou conta de si.
A coreana estava com os cotovelos apoiados nos joelhos e suas mãos cobrindo parte de seu rosto enquanto ela suspirava pesado, ou pelo menos tentava fazê-lo.
O pequeno correu até a mais velha, olhando-a preocupado. Ele colocou a mão em sua testa, checando se estava febril, mas não. Nada.
Sana viu o celular alheio ligado em cima da cama de solteiro, aberto em um bate-papo com alguém. Mesmo curiosa, Sana se voltou apenas para o que importava realmente. Ela ousou se aproximar da coreana e se sentar ao seu lado.

─ Minyeon, deixe-nos à sós por favor. ─ O menino o fez. ─ O que você tem, Dahyun? ─ Perguntou assim que a porta fora fechada de pronto. Tentando fita-la melhor, seus cabelos negros cobriam seu perfil em uma perfeita cortina, entretanto.

Sua mão fugaz foi em direção ao ombro da mais baixa, que teve seu corpo paralisado ao toque. Sana conseguiu sentir tudo isso perfeitamente bem.

─ Não é nada, Srta. Sana... Foi apenas um mal estar. Está tudo certo. ─ Ela tentou parecer o melhor possível quando levantou o olhar. Seus olhos se encontraram com os dela de novo, então Sana se convenceu do contrário. ─ Desculpe incomoda-la, eu pedi para Minyeon nã... ─ Uma pontada atingiu sua cabeça, ela fechou os olhos de pronto.

─ Se quiser ficar no quarto por essa noite, eu...

─ Não! ─ Interrompeu a Kim. ─ Está tudo bem, de verdade, Senhorita. Na verdade, eu já deveria ter descido. ─ A coreana se levantou, embora tudo girasse em espirais intermináveis.

─ Me perdoe Dahyun, mas penso o contrário. ─ Respondeu Sana. ─ Você não me parece bem, seu olhar me diz tudo.

─ São só vestígios do mal estar, não há o que pensar.

Apesar de sentir que Dahyun deveria ficar, ela não lhe contrariou. Sana pensou que não poderia fazer mais do que já estava fazendo.

─ Certo. Só peço que suba caso isso aconteça outra vez. Não quero vê-la assim.

A Kim assentiu, deixando seu aposentos ao lado de sua patroa.

─ Minyeon, fique aqui como combinado, okay? ─ Disse à criança, que estava na soleira.

─ Sim, noona, mas e se Chaeyoung mandar mensagem?

─ Diga à ela que eu falo depois. ─ Dahyun sorriu sem mostrar os dentes.

Quem é Chaeyoung?
Assim que Minyeon entrou e Dahyun encostou a porta, Sana se voltou para ela.

─ Tem certeza de que está bem?

A Kim balançou a cabeça.

─ Me deixe ver se está febril. ─ Sana tocou sua bochecha macia. A textura da pele alheia a deixou encantada de modo indescritível.

A EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora