[REESCREVENDO]
Harry sofre nas mãos dos Dursley's há mais de 9 anos, seu psicológico está totalmente danificado e destorcido. Não sabe o motivo de tanto ódio lançado tão deliberadamente a sua pessoa e, mesmo se soubesse, não faria muita diferença.
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PRIMEIRO CAPÍTULO
Quando Harry abriu os olhos, sem ajuda de um despertador, pois havia se adaptado há muito tempo com a rotina, sentiu suas vistas mais turvas que o normal, mesmo assim se colocou de pé. Como um bom menino, organizou sua cama, deixando a mesma bem esticada antes de escovar os dentes e um banho rápido — três minutos — assim, partindo para seus deveres.
Desceu para o andar de baixo de sua casa, observando, ou tentando, tudo o que teria que fazer durante o dia, que pelo jeito seria deveras cumprido. Suspirou, não que estivesse cansado, no entanto sentiu-se um pouco deprimido por não poder ir brincar um pouco, mas tudo bem, Harry entendia que devia fazer algo de útil e depois pensar em diversão, sozinho, infelizmente.
Sem se importar realmente, fora para a cozinha bem organizada e pegou tudo que precisava para a primeira refeição do dia. Preparou com maestria o café forte e meio amargo que o tio gostava de tomar pela manhã, juntamente com o chá de canela da tia e o leite adocicado do primo. Para um segundo caso, também espremeu laranjas e despejou o suco em uma jarra de vidro.
Com as bebidas prontas, o pequeno garoto partiu para as comidas, ovos mexidos, bacon, torradas e frutas em cubos. Quando finalizou, partiu para colocar tudo à mesa, e foi a deixa para seus tios apontarem na cozinha junto com Duda. Os três sentaram-se e iniciaram o desjejum sem ao menos falar com Harry, que se encolheu em um canto.
Quando a tia lhe lançou um olhar amargo, o garoto sentiu-se intimidado e desviou os olhos para seus pés, virando-se para a pia cheia de louça começando a lavar as mesmas. Enquanto limpava tudo, com um nó no estômago, Harry se perguntava o porquê do olhar nervoso de sua tia, já havia preparado tudo e nem queimou nada — dessa vez. Sentir o cheiro gostoso do café que preparou estava começando a deixa-lo meio tonto. Estava com um pouco de fome e, mesmo com medo de uma resposta, terminou de lavar e se virou na direção da mesa.
Engoliu o que parecia um porco espinho e perguntou, tipicamente com dificuldade:
— Tios... eu posso...posso tomar meu café agora?
Ouviu-se um murmuro zangado e se encolheu.
— Arrumou os quartos, Potter? — a voz arrastada e enojada do tio fez Harry engolir com dificuldade.
