Tesouro Perdido - SEVERITUS

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DÉCIMO SÉTIMO CAPÍTULO

A família Potter-Snape ainda teve que ficar algumas horas na mansão Malfoy, estressando ainda mais o casal em questão, que não permitiu de forma alguma a mulher e sua filha na sua casa. Não nesse momento. A família estava instável e mais hesitante do que nunca, deixar alguém entrar em sua residência era o mesmo que permitir passar por toda aquela dor novamente. James, sendo o mais rígido e ríspido, tendo — em várias ocasiões — seu parceiro acalmando-o, dizendo-lhe que tudo estava bem. Que eles estavam bem e unidos.

São palavras simples, James sabia disso, mas eram tão reconfortante, que deixava o Potter nas nuvens. O mais jovem esposo sentia-se tão bem, mas estava completamente desconfortável na presença daqueles que não eram seu marido e filho. Queria sair logo da mansão e se enrolar nos seus tesouros, matar a saudade de forma mais íntima. Mas, acima dos seus desejos, vinha o desejo de ver sua família saudável e feliz, por isso — somente por isso — se conteve.

Além de Harry insistir em passar mais um tempinho com os amigos, Apolline, que é especialista na anatomia veela, examinou todos da família, até mesmo o novinho.

James estava praticamente recuperado pois, ao se ligar novamente com seu predestinado, sua magia se estabilizou, voltando a ser forte e até mesmo agressiva, queimando a veela curandeira ocasionalmente. A veela explicou que, com o fortalecimento do vínculo, James não precisaria de tratamento, o próprio Severus e, até mesmo Harry, iriam recarregar suas forças, por isso era crucial que a família ficasse próximos um dos outros, acalmando seus instintos primitivos. Seria menos doloroso e reconfortante para os três.

Já o Potter mais velho precisou apenas curar alguns arranhões que ganhara durante sua luta. Apolline estava preocupada era com os instintos do moreno. Depois da confusão com Draco e sua filha, tanto Severus quanto James se afastaram de todos, levando Harry com eles e permitindo apenas Draco à uma distância confiável. Como era uma situação que nunca ocorrera, a veela precisaria monitorar a família Potter-Snape, mas infelizmente seria impossível dado aos rosnados dos mais velhos enquanto ela examinava cada membro da família. Até mesmo Harry estava desconfortável.

Com muito custo, a mulher finalizou seu diagnóstico.

Apolline comprovou que sim, sua filha estava certa e Harry realmente tinha sangue veela e, surpreendentemente, era mais dominante do que o de Severus. Esses aspectos não podem ser visto por medibruxos normais, apenas aqueles treinados e — obviamente — veelas. Era uma das várias precauções que o governo veela estabelecia entre a espécie, se não fossem cautelosos, provavelmente eles estariam a beira da extinção. Por isso, tratou logo de explicar a situação para um veela moreno raivoso com o profissional de St. Mungus, que pretendia invadir o hospital, sendo incentivado pelo marido.

Apolline se sentia mal por Severus, afinal, se ele soubesse desde o princípio que havia genes veela na sua família materna, pouparia muitas dúvidas, mas, de acordo com o moreno, se ele não fosse para Hogwarts, talvez não tivesse se apaixonado por James, então estava tudo bem. O mais velho dos Potter-Snape era inteligente o bastante para entender apenas uma explicação.

A veela tentou — como regia a lei — argumentar com os pais da criança que o melhor era o pequeno Potter Snape ir para Beauxbatons, seria mais confortável e ele estaria com os seus.

Severus, que apenas descobriu da sua herança no aniversário de 16 anos, estava na dúvida. Beauxbatons era o lugar onde seu filho se sentiria acolhido e tratado como igual, não que Hogwarts não fosse uma escola acolhedora. Afinal, era a melhor entre as melhores. Só que, infelizmente, talvez os estereótipos das casas tenha corrompido os alunos, colocando uma disputa irrelevante que até mesmo Severus fazia parte, adorava retirar pontos das casas rivais da sonserina, principalmente dos leões.