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QUARTO CAPÍTULO

Severus teve uma semana agitada com Harry ao seu alcance. A criança aos poucos se arrastava mais e mais para seus braços, fazendo questão de esfregar suas bochechas saudáveis na do mais velho.

O contato físico era algo delicado para Harry, não que a criança não ansiasse por um mísero gesto de carinho por toda a sua vida, mas agora que o tinha, sentia-se um pouco acanhado, envergonhado e uma pitada de medo, também. Severus esperou o menor dar o primeiro passo, no início era um puxar na sua capa, não necessariamente querendo pedir algo, apenas uma âncora. Depois Harry começou a arrastar-se para mais perto na hora das refeições, pedindo silenciosamente para Severus servir seu prato. Agora a criança, mesmo sem jeito, pedia até mesmo colo para Severus e o mais velho não poderia ficar mais feliz.

Mesmo com a idade atual, Severus aderiu uma rotina de sempre conversar com Harry na hora de dormir. Pedindo constantemente para o mesmo detalhar como estava se sentindo, e, para deixá-lo mais confortável, Severus também retribuía e fazia questão de frisar o quanto estava contente de tê-lo ali.

— Hoje recebi uma carta. — O mais velho contava a Harry, que estava bem embrulhado em sua cama, confortável. — Meus amigos querem visitar nossa casa.

— Amigos...— murmurou, os olhinhos negros um pouco pesados para compreender tudo realmente. — da mamãe?

— Sim, são os Malfoy. Narcisa e Lucius Malfoy. — Severus sorriu ao ter a mãozinha procurar a sua, puxando para si e mantendo-a na bochecha esquerda. —
Bruxos renomados, que  possuem uma ligação com nossa família, principalmente com você.

— Com o Harry?

— Sim. Sabe o que são padrinhos, certo? — Harry assentiu. — Eles são os seus.

Harry arregalou os olhos, agora sem um pingo de sono e olhar carregado.

— Harry tem?

— Exatamente. Você não se lembra, mas os Malfoy te batizaram e, assim como eu, possuem uma parte da sua magia em si. — Severus ajudou a criança, um pouquinho mais agitada do que antes, a deitar-se novamente. — A mamãe ainda está mal-humorada, não gosto muito da ideia de deixar outros se aproximarem, mas o que acha de uma visita rápida dos seus padrinhos?

Wow. Harry não tinha quase ninguém para chamar de família de verdade, agora arranjou até mesmo padrinhos e uma mãe.

— Quero. — bocejou ao levar as mãozinhas até as orelhas. — Harry de acordo.

Tesouro Perdido - SEVERITUS Onde histórias criam vida. Descubra agora