DOMINANCE ⋆ jjk + pjm

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A forma que os pequenos gestos de Jungkook deixavam meu corpo quente não tinha explicação. Além de Yoongi, nunca tive alguém na minha vida que se preocupasse tanto comigo, mas o sentimento com ele era diferente. O jeito que meu peito palpitava, que minhas mãos tremiam e que meu estômago revirava não era normal. Eu nunca me senti assim.

Meus pais sempre foram negligentes em questão de cuidados, tenho poucas lembranças da infância deles comigo. Sei que parte disso é culpa minha, eu que me trancava no quarto para não ficar perto deles. Mas eu não suportava sempre que aquilo acontecia. Não queria ficar perto, não aguentava olhar no rosto deles. Eu sempre só quis fugir.

Isso tudo ainda me dá muito medo. Às vezes sinto que sou muito emocionado com as coisas, como nunca ninguém cuidou de mim, quando alguém o faz, eu acabo me apegando mais do que deveria. E eu sei que isso está acontecendo com Jungkook.

Com calma, tomei o chocolate gostoso que ele havia preparado para mim. Ainda faltava algumas horas até que chegasse no horário do almoço, o que me deixou um pouquinho angustiado. Ao mesmo tempo em que eu queria fuçar em todos os cantos daquela casa imensa, minha vergonha me fazia ter vontade de sentar em algum cantinho e ficar ali. Pra sempre.

Ele deveria ter câmeras em todos os cômodos daquele lugar. Mas, e se não? E se eu só... Desse uma olhada rápida no quarto dele...

Antes que pudesse perceber, eu já tinha caminhado quase a casa inteira a procura de seu quarto. Obviamente não era o que eu havia dormido, aquele deveria ser algum quarto de hóspedes ou sei lá. As pessoas ricas recebem mesmo tantas visitas assim?

Curioso o suficiente para ignorar meus próprios questionamentos, acabei indo até a única porta que eu ainda não havia olhado, virando cautelosamente a maçaneta até que pudesse a abrir um pouco e olhar o interior.

Confesso que havia achado o quarto em que dormi enorme, mas esse era gigantesco. Havia algo como um corredor, onde o lado direito da parede era um espelho imenso enquanto do outro, havia um cômodo aberto cheio de prateleiras de madeira escura e um espaço grande no centro. Acho que é isso o que as pessoas chamam de closet.

Receoso, passei a caminhar ao lado das roupas que tinham um cheirinho gostoso. Algumas pareciam tão simples enquanto outras possuíam detalhes tão minimamente pensados que me fazia ter medo de as tocar. Mas é óbvio que eu toquei.

A pontinha dos meus dedos encostavam com cuidado nos tecidos e nas pequenas pedras que alguns deles possuíam, até que cheguei em uma parte onde só havia ternos. Os famosos ternos.

Por que ele tinha tantas roupas assim se sempre usava quase as mesmas? Depois de sempre o ver usando preto, quase não consigo imaginar como ele ficaria com algum desses sobretudos coloridos e estranhos. Parece não combinar.

Acabei deixando as roupas de lado e fui mais afundo, finalmente entrando onde ficava sua cama. Ela estava com um lençol preto perfeitamente esticado e também tinha vários travesseiros fofos jogados sobre ela, parecia tão... Confortável.

Olhei rapidamente envolta para ver se existia mais alguma coisa interessante ali. Acabei só encontrando alguns papéis com projetos e desenhos que eu não entendi nada, achei melhor nem mesmo mexer naquilo, afinal, deveria ser coisa do seu trabalho.

Acabei bocejando, sentindo meus pés gelados por estar andando descalço até agora. Minha mãe sempre me xingou por essa mania, mas sério, eu odeio sapatos! Sinto meus pés esmagados a cada pisada que dou no chão. Até mesmo as meias me incomodam. Meus pés são tão bonitinhos para serem cobertos desse jeito.