Jikook •• Say Yes

Chapter Fourteen: Traição

Traição segundo o dicionário é algo descrito como deslealdade para com alguém, o ato de trair a confiança e respeito, pelo menos foi o que Jimin entendeu. O que ele não tinha entendido é no que se categoriza a traição, era preciso tocar, beijar, ficar com outro alguém para que fosse considerado um traidor? Porque não queria trair Jae. Dentro de seu conhecimento limitado no quesito trair, na teoria não o tinha feito, não tinha tocado em ninguém além de Yoon Jae, então por que se sentia um traidor?

Vejamos. Depois do café da manhã regado a piadas e de uma boa dose de atenção um do outro, acabou decidindo por dar um tempo na pequena guerra que mantinha com Jeon. Pouco depois de pôr o café à mesa, Jin e Namjoon se juntaram aos dois, ambos com caras não muito boas, aparentemente a paz que reinava entre Jeon e Park fora arrancada de Jin e Nam.

Voltando a grande confusão de Jimin. A questão é que depois de decidirem pela trégua, depois do café tenso por parte de seus melhores amigos decidiram então passar o dia em uma sessão de filmes em casa que graças a Namjoon foram escolhidos de terror. O platinado tinha saído para comprar guloseimas e Jin mesmo chateado foi ajudá-lo, agora o loiro se encontrava ali sentado num sofá e Jeon no outro. O problema? Devido a paz selada, não sabiam o que dizer ou sobre o que conversar, ou até sabiam mas ambos não tinham coragem para começar.

A cada minuto os olhos de Jimin eram atraídos para Jeon que apenas encarava os vários filmes jogados ao seu lado no sofá; Quem usa DVD em pleno século 21? Era apenas a mente do moreno tentando distraí-lo do cheiro doce de Jimin que cismava em alcançá-lo. Como os olhos de um certo loiro tinham vida própria, passavam parte do tempo analisando Jeon, devido às desavenças não teve tempo de fazer isso antes. O segundo problema? Sempre que Jeon sentia o olhar sobre si o encarava de volta e para piorar os retribuía intensamente seguido de um sorriso bonito.

É aí onde entra a traição. Sentir seu coração acelerar ao encarar aquela boca com um sorriso tão belo direcionado só para si, é traição? E enquanto a sentir suas mãos suarem e um nó no estômago por estar tão perto? Jimin era um traidor? Porque se sentia como um!

— Jimin, está tudo bem? — Jeon o tirou de seus devaneios e julgamentos.

— Sim. — sorriu de canto.

— Tem certeza? Sua boca diz uma coisa e seu rosto diz outra.

— Como se você me conhecesse tão bem assim. — sorriu novamente revirando os olhos.

— Bom, eu sei que quando você está envergonhado fica todo vermelhinho e odeia isso, mas não consegue evitar. — se levantou sem tirar os olhos do loiro. — Também sei que você é apaixonado por sakuras. Que é extremamente viciado em Nicholas Sparks, é provavelmente seu autor favorito. — se sentou ao lado de Jimin, apoiou a mão direita no estofado do sofá e a esquerda levou aos cabelos loiros passando alguns fios que cobriam a testa bonita para trás da orelha. Escorregou a mão para o pescoço e a manteve ali fazendo um leve carinho com a ponta do polegar nas bochechas já vermelhas. — Também sei que você gostou do apelido que eu te dei, Jiminie. — sussurrou. — A única coisa que eu não sei, mas que não vou ter pressa em descobrir, é o que você pensa quando me olha com esses olhos lindos de um jeito tão único.

Fechou os olhos. Porra! Ele estava tão perto. Seu cheiro inebriante dançava por seu nariz, o calor emanava do corpo maior chegando ao seu, por um minuto esqueceu-se que estava com frio. Tê-lo tão perto só o fez se sentir ainda mais culpado porque foi quando percebeu que Jeon mexia consigo muito mais do que imaginava ou havia percebido. Sentiu o rosto esquentar e a pele queimar com o toque delicado, por um segundo se sentiu em um de seus filmes de romance.

— Jeon.. — a voz saiu tão baixa que se Jungkook não estivesse tão perto não teria ouvido. A mão pequena cobriu a do moreno enfiando os dedos por entre os seus e a mantendo ali. Jimin abriu os olhos e foi quando o contato visual foi feito de perto pela primeira vez, Park era um enigma enquanto Jeon tinha estampado ali tudo o que sentia. Tão transparente! — Na maioria das vezes.