Chapter thirty-five: Lippizan

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⌛ Dia seguinte [10:10 da manhã] - Doceria 

Não sabia o que esperar quando decidiu largar seu emprego e seguir seu sonho com a doceria. Na verdade, imaginava muitas coisas mas não sabia qual delas se tornaria real. Imaginava cenas de seu fracasso até o seu sucesso, internamente torcia pelo sucesso mas não se decepcionaria se não desse certo por agora, ninguém acerta de primeira. Ninguém te fala isso, mas a parte mais difícil de um sonho é tirá-lo do papel, deixar de apenas idealizar e começar a realmente realizar. Então, já tinha finalmente tirado-o do papel e de seus mais doces sonhos, agora era hora de correr atrás, trabalhar duro nunca foi realmente um problema. 

— Obrigado por terem trabalhado a noite toda para deixar o resto do balcão pronto — agradeceu aos dois marceneiros que passaram a noite ali para finalizar o delicado balcão que seria um dos pontos principais da doceria.
— Não se preocupe, Sr. Park, é um prazer — ele pegou a jarra com suco que lhe era estendida.
— Devemos muito a Seok — o outro disse — ele já nos ajudou muito. — sorriu mostrando as covinhas. Tinha que agradecer ao seu ex chefe, Seok o vinha ajudando em tudo que precisava. 
— Se precisarem de algo, podem me chamar.
— Pode deixar, Sr. Park — bateu continência, Jimin apenas sorriu.

Saiu de perto dos dois e foi em direção a cozinha, seu lugar favorito até então, era pequena porém espaçosa e aconchegante. Observou o lugar tomando forma e quase chorou, tinha conseguido, finalmente tinha conseguido. A sensação de se sentir realizado era indescritível. Tinha sido um caminho longo e cheio de espinhos, mas não mudaria nada nele, nem mesmo se pudesse.

Desviou o olhar e o parou sobre o buquê de girassóis, sorriu bobo se aproximando dele e o pegando com delicadeza antes de cheirá-los. Jeon disse estar ocupado com o escritório, mas mandou que entregassem o buquê e uma caixa de bombons para si na doceria. Não conseguia deixar de se surpreender com cada ação dele, não sabia o que esperar, mas era sempre algo maravilhoso, pobre dos homens que nunca mais poderiam ter Jeon Jungkook em suas vidas, porque agora ele era seu. 

— Você é muito espertinho em me deixar limpando aquele chão imundo sozinho e vindo se esconder na cozinha — Namjoon se aproximou reclamando antes de notar os olhos escuros brilhando pelas lágrimas — Jimin, o que foi? Eu estava brincando, sabe que eu faria qualquer coisa por você — foi quando o loiro notou que seus olhos lacrimejavam. 
— O quê? Não, não tem nada a ver com você — riu da cara de desespero do melhor amigo.
— Foi Jeon? Eu vou matar aquele moleque — ameaçou ir em direção a porta da cozinha mas Jimin o parou segurando firme em seu pulso.
— Ele não fez nada, Nam — limpou os olhos por baixo dos óculos — eu apenas estou feliz, são lágrimas de felicidade. 
— Não me assusta assim, meu anãozinho — puxou Jimin o espremendo com os braços fortes contra seu peito.
— Eu não sou baixinho — retribuiu o abraço.
— Claro que não, meu bebê.
— Como estão você e Jin? — perguntou se afastando para encará-lo. Odiava quando dizia não ser baixinho e então tinha que olhar para cima para poder olhá-lo nos olhos.
— Ele me pediu em namoro — sorriu apaixonado. Jimin bateu palmas animado.
— Não acredito — o abraçou novamente com força — eu amo vocês dois juntos.
— Tivemos uma discussão e ele pediu — Jimin se afastou e semicerrou os olhos.
— A culpa foi sua.
— Mas como você?
— Não importa, Jin é um doce e você é do mal. 
— Achei que você era o MEU melhor amigo — fez bico.
— Eu te amo, Nam — apertou as bochechas dele — Mas você é irritante às vezes. 
— Vou fingir que não ouvi isso — revirou os olhos e se recostou a pia — e você e Jeon? 
Jimin soltou um muxoxo, estavam bem, ótimos, mas queria mais, queria ele. — Estamos bem.
— Sua cara discorda da sua boca.
— Fomos a um café ontem, conversamos, rimos. Depois voltei a doceria e ele ao escritório e ficamos conversando por ligação, ele estava estranho — omitiu o encontro com Jae. 
— Estranho como? — não sabia se deveria comentar o fato de Jeon querer um cavalo emprestado. Achava melhor ficar quieto, se fosse algum tipo de surpresa não queria estragar. 
— Não sei, na ligação ele parecia incomodado com algo — divagou.
— Isso é coisa da sua cabeça, cupcake — deu um peteleco na testa do loiro — para de pensar besteiras e vamos terminar essa bagunça.

Jikook •• Say YesOnde histórias criam vida. Descubra agora