Chapter Twenty-four: Pecado

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Os dois se encaravam profundamente. A raiva queimava nas órbes escuras de Jimin, seu corpo reagia a Jae mas não de uma forma boa como antes. O castanho cruzou os braços deixando exposto os bíceps fortes, se era sua forma de tentar intimidar o loiro, não estava dando certo. Os demais apenas observavam de longe, Jeon e Namjoon se remexiam com vontade de ir até lá defender seu menino, mas sabiam que ele precisava fazer isso sozinho, e principalmente, Jimin não era nenhuma criança. Tinham que aceitar isso. — Por mais difícil que fosse. — Jimin era um bebê, mas um bebê que sabia lidar com suas próprias contas.

— Certo, Park Jimin. — ironizou com um sorriso cafajeste no rosto. Não precisava mais fingir, afinal. — O que você quer? Veio atrás de mim?

Ao contrário da face assustada que esperava, o que recebeu foi uma risada rouca que arrepiou os pelos de sua nuca. — Não dá para vir atrás quando eu estou sempre na sua frente, Jae. Eu apenas vim te dar uma coisa que eu esqueci ontem.

— Do que você está falando?

— Disso!

Não houve tempo de reação. Antes que Jae pudesse fazer ou ao menos pensar em algo, a mão direita de Jimin veio em direção ao seu rosto dando-lhe um soco que o derrubou no chão com violência. O castanho ficou desnorteado, sentiu a visão turva e uma queimação insuportável no nariz. De longe os amigos fecharam os olhos com o susto pela ação de Jimin.

O loiro se abaixou ao lado do corpo caído do ex noivo e ergueu o tronco forte pela gola da camisa deixando os rostos próximos. — isso é por mim, Jae. — murmurou. — por brincar com os meus sentimentos e crenças. — largou Yoon deixando-o cair no chão. — E eu sei que você está aí.

Segundos depois de sua fala, Choi apareceu no seu campo de visão. — Não vou me meter. — recostou-se a parede.

— Mas você já se meteu, não é? — arqueou a sobrancelha. Achava incrível a capacidade que todos tinham de o taxar de idiota. Era a porra de um homem!

Haneul passou as mãos pelos longos cabelos, temia por esse momento. — Não me isento de culpa e muito menos vou negar algo. Eu me envolvi sim com Jae mas durante o namoro e noivado de vocês, só aconteceu três vezes.

— Devo te parabenizar por isso? — ironizou.

— Nas três vezes, duas delas eu estava completamente bêbado e quebrado pelo namoro de vocês. E na terceira vez, eu estava drogado em uma tentativa estúpida de fugir do que eu sentia. — se explicou. — Quando ele te pediu em casamento, eu só me afastei. Não estou inventando desculpas, Jimin, apenas deixando claro que sei como dói, e por isso não faria isso com você. Eu o amo sim, mas fui apenas o amigo que ele precisou. Não há ninguém por ele.

— Havia, Haneul. — sorriu sem humor. — Eu estava aqui por ele quando acreditei que ele me amava. Agora sim, não há ninguém, porque eu faço questão de virar as costas.

— Jimin..

— Apenas tire-o da minha casa. Não quero ter que usar o poder que tenho como advogado contra ele.

Haneul notando que não adiantaria tentar dialogar com Jimin completamente nervoso, apenas assentiu. Se aproximou do amigo quase desacordado e o ergueu apoiando-o sobre seus ombros, seria dali direto para o hospital, o loiro claramente tinha quebrado o nariz de seu melhor amigo.

— Me desculpe, Jimin. — pediu antes de sair.

Jimin finalmente soltou o ar preso em seus pulmões. Se recostou a parede fria e fechou os olhos com força, os sentiu marejar, droga de coração mole. Abriu os olhos encarando a própria mão, estava suja de sangue. Esfregou a mesma com força contra a blusa numa tentativa de limpá-la parando apenas quando uma mão maior que a sua, a puxou. Jeon limpou a mesma com a manga do próprio casaco e em seguida a beijou.

Jikook •• Say YesOnde histórias criam vida. Descubra agora