Chapter Two: Maldito moreno

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Ok, Ok, era só respirar fundo e caminhar mais rápido para não chegar atrasado, estava ao quê? Três quadras de onde trabalhava? Apenas tinha que conseguir segurar a pasta preta em mãos enquanto equilibrava uma pilha de papéis no mesmo braço. O celular estava preso embaixo de sua axila e na mão que deveria estar livre, um copo de café residia. Maldito Yoon Jae! Praguejava diversas vezes em sua mente enquanto caminhava pelas ruas movimentadas de Seattle. Morando com Jae a dois anos nunca acharam necessário mais de um carro e o principal motivo é que trabalhavam no mesmo lugar e o ciclo social era praticamente o mesmo. Praguejou pela vigésima vez: Segundos suas contas. No atual dia infernal, um carro só não tinha dado conta da situação.

Caminhava apressado para uma reunião no escritório, seu chefe aparentemente tinha algo importante para dizê-los, no entanto, Jae tinha um caso importante no qual era advogado principal, por tanto teve permissão para que faltasse aquela reunião. Iria para um tribunal do outro lado da cidade, lado contrário também ao trabalho de ambos e Jae preparado como era, acordou em cima da hora não tendo tempo de levar o pobre namorado até o trabalho.

Já tinha xingado um milhão de vezes. Queimado a língua mais um milhão e tropeçado mais algumas e seu relógio marcava apenas oito e meia da manhã. A reunião seria às nove, saiu de casa às oito e dez ainda vestindo o sobretudo por cima do terno amarrotado que nem ao menos teve tempo de passar. Mais uma vez por ajuda de Jae que não fazia. — Pedindo o perdão da palavra. — merda nenhuma e por isso ficou até tarde acordado organizando o belo ninho de amor de ambos.

Atravessou o segundo sinal, faltavam mais dois para que chegasse a rua Denny Way onde se localizava seu escritório. Podia ter pego um táxi mas o trânsito estava um caos, e como sua cabecinha dona de belos cabelos não servia só para enfeite, sabia que seria mais rápido ir a pé de qualquer forma. Levou o copo de café aos lábios constatando seu pesadelo. — mais um de muitos no dia que mal começara. — O café estava frio. No momento de frustração acabou não prestando atenção que começava a caminhar mais devagar em uma rua movimentada e assim como a si, outras pessoas também tinham pressa e uma delas fez-lhe o favor de bater com força contra o seu braço que segurava firmemente o copo de café. O líquido escuro foi de encontro a seu sobretudo bege e a camisa social branca por baixo do paletó, sujando-o por inteiro molhando também alguns dos papéis. Acabou por derrubar também o celular pelo movimento brusco.

— Você por acaso está cego? — esbravejou irritado quando o ser que o esbarrou parou em sua frente. — não olha para onde anda? — continuou.

— Em minha defesa, a culpa é sua! — a voz grave ditou firme. E que diabos de defesa era essa? Jimin ergueu o olhar. — que até então encarava a camisa indignado. — e encarou o desconhecido que assim como si mesmo também vestia um belo terno e carregava uma pasta nas mãos. Claro que diferente do seu, o terno do moreno estava bem passado.

— Eu estava de costas, como a culpa pode ser minha? — continuou irritado se abaixando para pegar o próprio celular.

— Horas, você anda como uma tartaruga no meio da rua, o que esperava? — continuou parecendo se divertir com o olhar sanguinário do outro. — e você é baixinho, isso também ajudou a não te enxergar. — finalizou dando de ombros. O loiro sentiu as bochechas esquentarem pela raiva que o consumiu ao ouvir as palavras do desconhecido. Irritou-se mais ainda ao constatar que tinha que erguer um pouco a cabeça para olhá-lo nos olhos. Não era baixinho.

— Seu maldito, você nem ao menos me conhece. — praguejou o outro.

— Que seja! — continuou calmo. — Estou com pressa.

Virou-se sem dar tempo para que Jimin o respondesse. O loiro encarou as costas do moreno enquanto ele se afastava e começou a caminhar. — quase correr. — atrás dele. Onde ele achava que ia daquela forma? Nem ao menos um pedido de desculpas? Onde esse mundo ia parar.

Jikook •• Say YesOnde histórias criam vida. Descubra agora