♞ | Purple cicada and banana cupcake

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"If you smile through

Your fears and sorrows

Smile and maybe tomorrow

You'll see the Sun

Come shining through

If you just smile"

Lana Del Rey // Smile

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- Oh, v-você falou sobre mim para ele, senhor Jeon? - Taehyung estava confuso, por que Jungkook falaria sobre ele para o irmão? Engraçado. Bom, era afiliado do Jeon, então não era tão inesperado assim. Talvez ele só tivesse contado esse fato. Jungkook olhou feio para Yoongi, reprendendo-o por ter comentado.

- Sim, Taehyung. Mencionei que sou vizinho de meu afiliado, também falamos sobre o quanto você tem crescido. - O Kim levantou as sobrancelhas e concordou axiomático e compreensivo, estava explicado. - A propósito... não precisa me chamar de senhor, Taehyung. Me chame de padrinho. - Sorriu encantador para ele. Taehyung nunca havia chamado-o assim, quando era pequeno tinha vergonha demais pra isso, ficava vermelho só de olhar para o tal. Sempre o chamava de "tio Jeon", ou mais tarde, "Sr. Jeon".

- Ah, o-ok. Tudo bem, senhor Jeo- padrinho. - deu um riso soprado tímido e envergonhado, cabisbaixo. Jungkook mordeu o lábio inferior sorrindo grande, achando o garoto extremamente fofo.

Céus, Jungkook era tão lindo. Será que ele sabia de sua quedinha por ele na infância? Será que ele não sabia que toda vez que sorria com aqueles dentes perfeitos, deixava o Kim desestabilizado até os ossos? Não era possível que depois de tantos anos, ele ainda despertasse a mesma sensação em Taehyung.

Caramba, ele era um amigo antigo de sua avó. AVÓ. Sem querer de maneira nenhuma ofender a querida vovó Tuberosa, mas ela não era uma pessoa para lá de nova... Bem, na verdade, ninguém sabia quantos anos ela tinha, já estava viva a tempos, estranho. Por que ficava tão acanhado na presença de um cara que tinha idade e maturidade para ser seu pai? Era uma sensação tão específica e extrambólica. Acontecia de imediato e o fazia estremecer, sem conseguir distinguir o sentimento com o que já conhecia.

Olhou para Jungkook. Ele não parecia fazer ideia do que Taehyung estava sentindo. Devia ser besteira de sua cabeça, tinha de esquecer isso. Era totalmente errado. O Jeon só o via como seu afiliado bonitinho que havia ficado um tempo longe de si, ele quem havia ampliado as coisas em sua cabecinha e coração. Suspirou, cabisbaixo.

Como se o tempo tivesse parado naquele momento, teve tempo de olhar de relance para a avó terminar de bordar a bela cigarra arroxeada no bastidor de madeira, concentrada. Uma de suas escuras sobrancelhas estava arqueadas enquanto seu gato preto esfregava-se em suas sapatilhas de couro rosa-shocking. A delicadeza nas mãos - branquelas, com veias altas e azuladas e unhas compridas e bem cuidadas - e a maestria de passar a linha em cada minúsculo furinho do tecido firme bege, eram algumas das coisas que confundiam sua cabeça com o quão detalhada e doce a vida poderia ser.

Viu Yoongi escrever rapidamente em papéis amarelados a cima da mesa. Às vezes a tinta preta falhava pela velocidade e prática do Jeon em sua caligrafia aparentemente única e rebuscada. Sua expressão facial era imparcial e abrangente, como se estivesse tão envolvido no assunto quanto em suas 4 folhas de papel. Ficou curioso para saber o que tinham de tão importante nelas, deduziu que era o tipo de documento que se possivelmente se tornaria uma relíquia, como uma carta ou relato de livro.

Cacciatore | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora