Lá está Harry, seguindo Malfoy para todos os cantos da escola. Hermione e Rony estão tentando ficar por perto de Malfoy também, só que não podem entrar no banheiro junto com ele. Harry pode.
Talvez isso seja ilegal, mas ele não se importa, entrando no banheiro junto de Malfoy e o observando abaixar a calça para urinar. Harry fecha os olhos em sinal de respeito, até parar de ouvir o barulho da urina. Abre os olhos novamente e observa Malfoy lavar as mãos, enquanto sussurra alguma música que Potter jura conhecer.
Não podia ser. Single Ladies da Beyonce!
Abruptamente a porta do banheiro é aberta, logo dando a visão de Pansy e Goyle.
O que Pansy está fazendo no banheiro masculino? Harry se pergunta, enquanto observa os sonserinos se aproximarem de Malfoy.
— Quando você ia me contar? — Pansy questiona, parecendo brava.
— Contar o que? — Malfoy retruca confuso.
— Que você é gay, Draco. Quando ia me contar?
Harry abre a boca de surpresa. Seus pensamentos variam de "Impossível, isso é muita coincidência" a "Será que eles sabem que estou aqui e estão tramando contra mim?"
Seus pensamentos cessaram quando viu a expressão de Malfoy. Ele estava bravo, muito mais do que Potter já havia visto.
Ele olhava para Goyle como se fosse mata-lo. Mas algo estava estranho naquele olhar. Harry reconhece algo nele... Talvez medo?
— Contou pra ela, Goyle? — Malfoy vocifera.
— Eu... — Gregório não consegue dizer sequer uma palavra.
— Você não tinha esse direito! — O loiro segura no casaco do outro, puxando o garoto pra cima. O mesmo chegou a deixar o chão, a força de Draco era mesmo impressionante. — Nunca. Mais. Faça. Isso. — Dava para ver a raiva no olhar dele, Malfoy dizia tudo pausadamente querendo pôr medo em Goyle que rapidamente começou a chorar.
Potter sentiu vontade de sair debaixo da capa para ajudar o sonserino indefeso, mas não podia ser pego.
— Deixe ele, Draco. Ele me contou sobre o sonho, só isso. — Pansy diz, fazendo o grifinório arregalar os olhos. "Mas não é possível", ele pensa.
— E daí? Não devia ter contado. — Malfoy diz, ainda bravo. Pelo menos já tinha colocado o outro sonserino no chão.
— Mas, é sério? E por que? — Harry se encolhe enquanto Pansy ainda fala. — Por que você me fez ficar apaixonada por você? — Harry quase ri. Pansy gosta de Malfoy? Isso é hilário.
— Eu não fiz nada, só sou bonito demais pra você resistir. — Malfoy diz sério, enquanto revira os olhos. Gregório ri, enxugando o próprio rosto.
"É sério isso?", pensa Potter. "Draco acabou de quase matar o garoto e eles estão agindo como se nada tivesse acontecido. Loucura."
— Mas e aí, o que você vai fazer sobre o sonho? — Pansy pergunta ainda chateada, mas com um leve sorriso no rosto, parece tentar tranquilizar o sonserino loiro.
Harry se desequilibra enquanto tenta se aproximar mais um pouco, estava curioso sobre o tal sonho já que o mesmo teve um sonho também. Harry cai e os sonserinos escutam. O primeiro a fazer algo é Malfoy, que se aproxima e tira a capa de cima de Harry. Logo o grifinório é recebido com socos e tudo o que sente é dor. Chegou a ver Draco gritar algo enquanto socava sua cara, mas não o escutou.
Ele até podia revidar, mas não o fez. Harry não queria fazer mal a Malfoy, não mesmo. Pelo menos não esse tipo de mal.
De repente, os socos pararam. Harry sentiu como se não pudesse respirar. Apanhou apenas por alguns segundos, mas, bem, a força de Draco era impressionante. A última coisa que Potter sentiu foi o cuspe de Malfoy em seu rosto. Raivoso. Odioso. Triste.
O sonserino logo começou a chorar desesperadamente. Não que Potter tenha escutado. Goyle e Pansy o ajudaram a levantar do chão, já que o mesmo não conseguira sozinho sair de perto do grifinório.
— Ele mereceu, Malfoy. Você sabe. Shh, não chora. — O outro sonserino diz, o que é uma surpresa.
— Ei, Draco. Olha pra mim. — Pansy sussurra, seu olhar intercalando entre o moreno praticamente inconsciente e sangrando no chão e o loiro chorando pelo que acabara de fazer. — Tá tudo bem. Shh. Vamos sair daqui, rápido.
Pansy puxa o amigo pelo braço, levando-o até o quarto. Algumas pessoas acabam vendo Malfoy naquele estado, e todos se surpreendem. Draco Malfoy chorando? Impossível. Hermione e Rony, que estavam o vigiando também, ficaram desconfiados. Por que Malfoy estaria chorando? Logo acharam Harry no banheiro e o levaram à enfermaria, as pressas.
Pansy e Goyle tiveram que fazer Draco dormir. Sim, como um bebê. Frágil demais para conseguir fechar os olhos sozinho.
P.O.V Harry Potter.
Quando acordo sinto meus olhos, boca e bochechas doerem. É ardente.
Ouço a voz de Hermione de longe, ela fala algo sobre Draco Malfoy. Foi aí que me lembrei de tudo. Dos socos, da Pansy falando que é apaixonada pelo Draco, do Draco sendo gay, de tudo.
Hermione aparece de repente no meu campo de visão.
— Oi, Harry. Como você 'tá? Sentindo muita dor? — Ela pergunta, preocupada. — Eu preparei uma poção pra você, mas você não deixou eu colocar na sua boca. Melhor você tomar agora, vai fazer a dor desaparecer. Você está praticamente curado, na verdade. — Me explica tudo de uma vez, não parando nem para respirar.
— To bem agora, Mione. Não se preocupa. — Pego a poção do lado da minha cama, em cima de uma prateleira. — Me fale que o Draco não foi castigado, por favor...
— Você tá doido?! É claro que ele vai ser. Você vai contar tudinho e ele vai pagar pelo que fez. — Hermione praticamente grita.
Engulo a poção de uma vez, sorrindo culpado.
— Ele não fez por mal — Hermione me interrompe.
— Harry, você 'tá usando drogas?! É claro que ele fez por mal. E depois ainda fica se fingindo de arrependido pelos corredores, chorando. Eu tinha empatia por ele, eu tinha, mas agora— A interrompi.
— Ele 'tava chorando?
— Foi nisso que você prestou atenção, Potter? — Ela nunca tinha me chamado de Potter antes. — E sim, ele estava chorando.
— Por que ele estaria chorando? — Penso alto, confuso.
— Não sei, Harry, pergunte à ele. — Sorrio.
Talvez eu possa continuar o seguindo para saber o porquê chorou.
Ou talvez só quero olhar ele de longe.
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dream » draco&harry
FanfictionOnde Harry Potter começa a sonhar com seu maior inimigo. • história de minha autoria, plágio é crime •