Capítulo 16.

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Rony cuida da porta enquanto Draco e Harry "se amassam". É intenso, profundo e quente o momento em que estão se envolvendo. Muito constrangedor para Rony ter que ouvir os curtos e baixos gemidos que saem da boca de ambos, mas ele não se importa, até porque Malfoy está lhe tratando com educação. Até lhe deu um chocolate! Chocante.

Eles não podiam ficar perto um do outro em público. Malfoy não havia explicado o porquê para o grifinório, mas o mesmo já imagina que deve ser por causa de seu pai.

A relação que circula por Hogwarts ainda é de inimizade, para os amigos de Malfoy era apenas uma relação neutra, apenas Pansy sabendo da verdade. Blaise desconfia pelo fato do sonserino não estar mais disponível para atos carnais.

“Por que não podemos?” Blaise perguntou uma vez.

“Decidi que vou me guardar.” O loiro disse, fingindo seriedade.

Ele não tinha outra desculpa palpável.

Ron chama atenção dos garotos imitando uma galinha, que é o sinal para "alguém está vindo".

Malfoy e Potter ignoram completamente, continuando com os toques e beijos de um jeito desesperado.

— Có Có Có! — Ele continua, agora também batendo os braços com rapidez, seus olhos arregalados pelo medo dos seus meninos serem pegos.

Malfoy riu, ainda com os lábios nos de Potter, mas logo largou-os, sorrindo leve para o moreno e fechando bem os olhos. Ele aparatou.

— Ele aparatou! Por que ele fez isso? — Harry pergunta desesperadamente.

— Para sair daqui mais rápido. — Responde em tom óbvio, logo correndo para o lado da cama de Harry, o cobrindo com uma manta quando alguém entra no quarto.

Eles sorriem como se nada tivesse acontecido, agora sussurrando para falar sobre o assunto.

— E se ele tivesse morrido? — Potter resmunga.

— Ele é experiente, Hazz. Não se preocupa.

Potter sorri com a frase. Ele é mesmo.

— Para com isso, seu safado. — Ron faz cara de nojo.

— Desculpa, não consigo me controlar!

Ronald ri fraco com o amigo.

— E a Gin? — O ruivo pergunta.

— Eu terminei com ela. Disse que não estava realmente pronto para namorar. Somos grandes amigos ainda. Espero que ela ache alguém tão gato quanto eu.

— Você é o mais bonito aqui, Hazz. — Weasley comenta. — Será que um dia vocês vão falar, sabe, que estão juntos? Será que você vai se assumir seja lá o que você for? — Ele questiona em um tom pensativo, ficando distante por alguns segundos.

Harry suspira, lambendo os lábios e demorando para responder. Sua voz é escutada de repente.

— Eu não sei. Não sei se o Draco será forte o suficiente para me assumir e não sei se eu vou ser corajoso o bastante para finalmente dizer que sou uma planta.

— Você realmente acha que é uma planta? — Weasley pergunta, sinceramente confuso.

— Eu não acho que sou uma planta. Eu sou uma planta. — Harry diz rindo alto. — Brincadeira... Mas eu não sei. Acho que eu realmente gostei muito da sua irmã, Ron. Gostei mesmo. Ela é linda, inteligente, engraçada e quando a conheci fiquei muito nervoso ao lado dela. Com o Draco é assim também, só que eu to sentindo agora. E não quero pensar demais nisso, só quero viver. Se, no final, esse sentimento não era de verdade, um dia eu vou saber, mas, por agora, estou feliz beijando ele na boca e tocando ele e olhando para ele de longe, porque é perigoso demais ficar por perto. Estou feliz com Malfoy e mesmo se nunca nos assumirmos, está tudo bem. Ele merece se sentir confortável perto de mim, mesmo se for no escuro e nunca em público.

Ronald chega perto do amigo, os olhos brilhando um pouco, sentindo sua respiração abalar.

Dá para perceber o quão profundo é o que ele está sentindo.

— Entendi. — Vira a cabeça para o lado oposto ao rosto de Harry.

— Eu sei que você sente isso também. Pela Hermione. — Rony arregala os olhos, colocando o dedo mindinho na boca de Potter e fazendo "shh" rapidamente com a boca.

— Do que você tá falando? Tá doido?

Harry ri pela reação do amigo.

— Tá tudo bem, Ron. Relaxa. — Pega a mão do amigo, fazendo carinho com o polegar. — Eu não conto para ela. Nunca contei.

Weasley suspira.

— É bom mesmo. — Diz.

Eles riem, de repente, sem motivo algum. Como se um anjo invisível estivesse fazendo-os cócegas no estômago. Eles se sentem flutuando, tão em paz que se fechassem os olhos dormiriam rapidamente, ali mesmo, sem banho, com as roupas sociais que usam para as aulas.

— Hoje o dia foi bom. — Potter comenta.

— É, foi legal. Tirando a parte de que você fica excitado só de ouvir a voz do Malfoy e você passou o dia inteiro hoje com ele, o que sugere muita coisa. — Ronald pontua, fazendo o amigo rir.

— A Mione tem sorte de não precisar ficar aqui. — Potter diz, sorridente.

— Aquela garota vai ter que fazer algo constrangedor também, Hazz. Não é justo. — Potter ri de novo.

— Me desculpa te fazer passar por isso. É que- — É interrompido pelo ruivo.

— Eu sei, Harry. Tá tudo bem. Hermione e eu estamos orgulhosos de você. E do doninha também, mas não fala pra ele.

Eles riem novamente, mas rapidamente Ronald levanta e vai trocar de roupa para dormir. Potter faz o mesmo, respirando forte o aroma do quarto. Ficou com o cheiro dele.

De repente, dormir era leve, fácil e tão seguro, que o grifinório abraçou o travesseiro. Sem sonhos dessa vez.

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