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P.O.V Harry Potter.
Mansão Malfoy. É onde estou exatamente agora. Não foi fácil passar pela porta, confesso, vários tipos de magia a trancam, mas Draco Malfoy me ajudou a desfazer todos quando entrou. Algumas palavras difíceis e depois berrou seu próprio nome, e, bom, eu apenas o imitei.
O segui até seu quarto — que é onde estou agora — e Lucius estava o esperando. Parecia bravo.
Esse homem tem uma vibe do mal, chega a dar arrepios.
Em um minuto tudo estava aparentemente normal, eles falavam sobre algo que eu não entendia, parecia até outra língua.
E então Lucius estava, de repente, em cima de Draco Malfoy socando o rosto do próprio filho, enquanto disparava cuspes em seu rosto.
Meu coração doeu por um momento.
Lucius faz exatamente o que Draco fez comigo, mas sem chorar, se arrepender ou ao menos parar logo depois que o nariz e boca do loiro haviam começado a sangrar de um jeito desesperador. Depois de deixar o garoto todo roxo, sai do local, sem se preocupar com Malfoy lá no chão chorando enquanto sussurrava alguma coisa. De repente a varinha de Malfoy estava na mão e ele a chacoalhava devagar, falando algo que eu não entendi. Mas nada acontece.
— Droga. — Draco tenta se levantar mas reclama de dor, desistindo de ficar de pé. O observo ficar ali por quase meia hora.
(20m depois...)
Tudo o que eu quero é um sorvete ou um sofá por perto para sentar, mas o mais perto que tem é do lado da cama de Malfoy, atrás do mesmo.
Ele levanta. Finalmente.
— Filha da puta. — Resmunga enquanto entra no banheiro que há dentro de seu quarto. Escuto-o abrir uma torneira.
Suspiro. Consigo me mexer agora. Olho o quarto por alguns instantes, uma janela grande coberta por uma cortina azul-escura, uma cama espaçosa com um travesseiro branco e um cobertor preto em cima dela, um armário marrom escuro encostado nas paredes cinzas. Um pequeno sofá curiosamente rosa, a única coisa legal no quarto. Uma estante também marrom cheia de livros e a porta branca para o banheiro. Quarto legal, até. Bem maior que o meu.
Escuto um barulho e pulo rapidamente na cama pelo susto, tento não fazer ruído. Draco está sem camisa, indo em direção ao seu guarda-roupas. Pega uma cueca, uma camisa e uma calça e, ah não, ele vai jogar em cima de mim...
Malfoy as joga e eu tento me desviar, mas acabo caindo no chão. É doloroso e barulhento.
— Hum? — Ele começa a andar até mim, apenas vou para trás o mais rápido e quieto possível. Ele continua andando, com uma cara nada boa. — Potter? — Será que ele tá me vendo? — 'Tá me perseguindo de novo?
