Capítulo 18.

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P.O.V Draco Malfoy.

— Acordem vocês dois! — Weasley aparece no meu campo de visão e logo olho para o lado, percebendo Harry ali ainda dormindo.

Sorrio.

— Deixe ele dormir, por favor. Ele estava cansado. — Digo me levantando da cama e colocando minha blusa, tendo dificuldades em fechar os botões.

— Deixa que eu te ajudo. — Weasley se aproxima, colocando suas mãos nos meus botões e começando a fecha-los. Ele me olha nos olhos e por um momento me sinto desconfortável, como se algo queimasse em minhas costas.

— Draco? — Ouço a voz de Harry, sussurrada e tão doce que viro para ele no exato momento, tentando dar o meu melhor sorriso.

Ele está lindo, como sempre.

— Oi, dorminhoco. — Digo deixando um beijo em seus lábios, percebendo que Weasley já não está mais com suas mãos em mim.

Agradeço por ele ter fechado os botões, sentindo-me corar na mesma hora.

— Bom dia. Dormiu bem, Draco? — Ele pergunta levantando.

— Uhum. E você, Potter?

— Eu não sonhei com você, o que é uma pena. — Ele diz com um sorriso tímido nos lábios, o tipo de sorriso que me faz querer beija-lo até o final dos tempos.

— Você não precisa sonhar todo dia comigo, sabia? — digo, deixando um riso escapar.

— Eu sei. É que eu gosto de dormir e ainda ver o seu rosto.

É incrível como Potter faz borboletas voarem por todo meu estômago, todas desorientadas e indo a lugar algum.

— Chega. Vamos foder. Sai daqui, Wesley. — Digo brincando, mas Weasley acaba saindo mesmo e Harry me beija. — Você está com um bafo horrível. — Protesto mentindo.

Harry me olha com vergonha, logo indo cheirar o próprio odor.

— Ei, eu to brincando. — Rio deixando beijinhos em sua testa pouco úmida pelo calor. — Nada em você é horrível.

Ele sorri para mim e eu sorrio para ele, uma sensação boa invadindo meu peito rapidamente, quando de repente escutamos um barulho e logo um berro de Ronald.

— NÃO ENTRA AI! — O tom que ele usa é desesperador e não temos muito tempo até alguém entrar no quarto e nos ver próximos demais para inimigos.

Fodeu.

Congelo na mesma hora, observando Potter corar drasticamente enquanto olha para Dino Thomas, que acabara de entrar.

Dino ficara desnorteado por alguns segundos, olhando para a porta, Ronald que acabara de chegar e para mim e Harry.

— Ué. — Foi a única coisa que conseguiu dizer.

Fiquei nervoso; Dino deve me odiar.

— Por favor, não conte para ninguém! — Harry diz rapidamente, os olhinhos arregalados e suas mãos tremendo.

O outro acena com a cabeça, saindo as pressas do quarto. Suspeito.

— Ele vai falar. — Digo.

— Vai não, não se preocupe. Ele é legal. — Harry tenta me acalmar, colocando uma de suas mãos na testa.

— Ele deve me odiar, Hazz. Acho que ele vai contar.

— Relaxa, Malfoy. Acho que ele não vai falar nada. — Ronald diz, chegando mais perto, mexendo no cabelo ruivo por um pequeno segundo.

Algo em mim diz que Dino vai contar. E isso dói.

O que aconteceria se as pessoas descobrissem? E se meu pai descobrisse? Ou melhor, e se ele descobrir?

Tudo estaria arruinado, para sempre. Não podemos arriscar.

— Se ele contar estamos ferrados. — eu digo em um suspiro preocupado.

Não posso matar Dino. Eu não deveria nem pensar nessa possibilidade. Não quero fazer isso; eu nunca faria isso e não sei porque pensei nessa palavra.

— Fique tranquilo, Dray, ele não vai falar nada. — Ronald deixa escapar o apelido.

Será que devo ameaça-lo de não contar?

Não. Eu não sou uma pessoa ruim.

— Vou ter que confiar nele, então. Espero que não conte mesmo. — Decido parar de pensar nisso, olhando para Harry e deixando um beijo em sua bochecha.

Sua pele é delicada, lisinha, macia; tudo de bom. E isso é mais importante do que pensar sobre Dino Thomas.

 E isso é mais importante do que pensar sobre Dino Thomas

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dream » draco&harryOnde histórias criam vida. Descubra agora