dream » draco&harry

Capítulo 15.

Bato em sua porta pela quarta vez, sentindo olhares sonserinos nas minhas costas.

— Ei, Draco. Por favor. Não me deixa parado aqui. — Peço, quase como uma súplica, mas não ouço nada do outro lado da porta. Ele não vai abrir. — Eu vou escrever uma carta, então. Quero que leia, por favor. — Digo, logo saindo dali em passos curtos, praticamente tremendo de vergonha de estar ali no meio de tantos sonserinos que jurei olharem para minha bunda.

Quando finalmente chego no meu quarto, uso as cartas dele para escrever e envia-las.

“Draco Malfoy,

Faz tempo que eu quero te explicar tudo e esclarecer algumas coisas. Me desculpe se isso soar hostil e eu espero que leia até o final.

Eu sonhei contigo um dia desses. Era um sonho erótico, sim. (Espero que não tire essa carta de contexto para me humilhar depois, mas se fizer, não me importo muito com isso, se eu pelo menos saiba que tenha lido essa carta haha). E esse sonho foi uma surpresa pra mim, porque eu estava tendo uma relação com Gina e tudo mais. Então eu achei que tinha me enfeitiçado ou algo do tipo. Parece bobeira agora, beira a loucura, mas eu tinha que descobrir se era um plano maligno seu de me fazer mal, então comecei a te seguir usando a capa, foi o dia em que me bateu.

Depois, fiquei muito curioso pelo fato de você ter chorado com aquilo e continuei te seguindo, mesmo já tendo tirado da cabeça a ideia de que tenha me enfeitiçado. Foi então eu vi seu pai te bater aquele dia. Me senti muito mal. Você não estava louco quando me ouviu, aliás, quase jogou suas roupas em mim. Depois disso, tive que entrar no banheiro com você, e foi outra coisa que eu vi. Não estou falando do seu pênis, Malfoy! Estou falando das cicatrizes... e quero muito te ajudar. De verdade. Eu quero estar com você e quero te proteger, mesmo que pareça besteira. E, sobre as páginas, vi você jogando em uma lixeira muito doida e fiquei curioso. Eu li. Me desculpa, eu não sou de ferro.
Foi aí  que tive a estranha sensação de que deveria falar com você. Eu queria ser seu amigo de verdade. Eu nunca me perguntei o porquê mas simplesmente fui lá e disse oi. E você respondeu, o que é uma grande surpresa para mim, sério.

Até que tive outro sonho com você, um pesadelo dessa vez. Foi tão horrível que não quero nem falar sobre isso. Mas era algo muito ruim acontecendo com você.

Hoje eu percebo que queria estar com você o tempo todo. Mal tínhamos nos falado mas era como se você me fizesse sentir bem sem falar nada, apenas com olhares. Draco... eu gosto de você. Eu sei que gosto e sei que realmente sente isso, você falou também, eu sei. E me desculpe ter te feito achar que eu queria te fazer mal, deve ter sido muito horrível passar por isso.

Eu me sinto mal por ter pegado suas cartas então estou te devolvendo.
Por favor, volte a falar comigo. Pense em quão poderoso iria ser Draco Malfoy e Harry Potter conversando pelos corredores de Hogwarts, iríamos virar notícia e tudo mais!

Eu entendo se não quiser.

Atenciosamente,
Harry Potter.”

P.O.V Draco Malfoy

Leio sua carta com um sorriso nervoso no rosto. Sabia que ele estava sendo sincero, mas algo em mim berrava descrença.

Eu gosto dele. Gosto de Harry Potter mais do que eu queria gostar, e é por isso que não quero me afastar dele. Quero parar de falar mal dele.

Papai o odeia. Não podemos ser vistos juntos.

Pego uma folha e escrevo uma carta de volta para ele, indeciso se mandaria ou não. Acabei por mandar.

“Ok. Podemos ser amigos. Que bom que foi sincero comigo, te perdoo por tudo.
Mas não posso ser visto com você, me desculpe. Aliás, quando terminar de ler, queime isto. Vou aí mais tarde.
– Drack Malfoy”

Envio para ele, sentindo meus dedos tremerem de leve. O medo nunca vai me deixar em paz.

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