CAPITULO II

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- Acorda Tali - olho pro lado e vejo minha irmã arrumada segurando o arco e as flechas - Ainda temos muitas aulas pela frente, ontem eu só acertei uma única vez.

- só mais uns minutinhos - cubro o rosto com o cobertor, mas minha irmã o arranca e joga no chão - Amara me devolve isso agora.

Ela pega o cobertor e sai correndo pela casa, eu saio correndo atrás dela.

- Ei vocês duas cuidado- paramos no instante que ouvimos a voz do nosso pai, raramente o víamos desde que ele começou a trabalhar em alto mar.

- Papai - falamos em coro e vamos correndo em sua direção e planos em seus braços, ele nos abraça forte, eu já era bem grandinha para ficar em seu colo, mas naquele momento isso não importava.

- Ouvi dizer que alguém vai fazer 19 aninhos amanhã - Ele diz com um sorriso largo.

- Eu tinha me esquecido que era meu aniversário.

- Oh céus Tali, quem esquece a data do aniversário. - diz minha mãe.

Apenas abro um sorriso e abraço meu pai novamente, minha mãe se junta a nós no abraço, ficamos ali sentados no chão abraçados por um bom tempo até Amara quebrar o silêncio.

- Vamos estar juntos pra sempre não é?

- Sempre querida- minha mãe diz segurando a mão da minha irmã e a minha.

- Bom - me levanto - Vamos lá, já perdemos muito tempo, pegue tudo e  não esqueça de levar comida.

- E onde minhas garotinhas estão indo? - meu pai diz ajudando Amara a arrumar as coisas.

- Talia está me ensinado a usar o arco e flecha.

- Lembro de quando ela tinha sua idade e sua mãe a ensinou, ela era péssima.

- Mas agora sou a melhor arqueira que o mundo já viu - falo num tom brincalhão.

- Nós sabemos - eles falam em coro e caímos na gargalhada.

Despedimos dos nossos pais e fomos para floresta, meu corpo inteiro falou quando cheguei a entrada, fiquei imóvel olhando para dentro dela, estava tão escuro quanto ontem, eu tentei me mover, mas minhas pernas se negavam a mover.

- Está tudo bem? - minha irmã segura minha mão e entramos juntas na floresta.

Não foi preciso pintar mais alvos, já que ela nem havia acertado os que eu pintei antes.

- Estique mais - puxo o braço dela para atrás e ajusto corretamente - solte.

A flecha cortou o ar e acertou o meio do alvo, Amara soltou o arco e saiu dando pulos de alegria na floresta , a alegria dela era realmente contagiante, me lembrei também da minha primeira vez que acertei o alvo , foi um dos melhores dias da minha vida.

De repente ouvi o mesmo estalo que ouvi ontem, minha irmã parou de pular e se encostou em uma árvore.

- Amara vem para atrás de mim - os passos começaram a se tornar mais altos e velozes - AGORA AMARA.

Quando ela começou a correr, algo a agarrou pelo braço, e a levou para trás da árvore, rapidamente peguei o arco e uma flecha.

- Solte ela agora - eu caminhava lentamente - Estou lhe avisando, eu não erro um alvo, não vou esitar em mata-lo - risadas começaram a ecooar.

- Acha mesmo que uma mortal como você poderia me matar? - ele sai de trás da árvore, não consigo ver seu rosto novamente , ele segurava apenas uma faca no pescoço da minha irmã.

- O que você quer? - miro a flecha em seu peito.

- Cumprir meu dever apenas - ele exibiu os dentes - ouça bem humana, venha até o rio amanhã e teremos uma...conversa.

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