CAPITULO 3

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E lá estavam eles, olhando um para o outro. Higuchi ainda estava acalmando seu filho em seus braços e Akutagawa simplesmente assistia à cena.

Ichiyo entrou no apartamento com Rin e fez sinal para o homem de cabelo preto entrar.

Deixou o menino em um dos móveis e foi procurar um armário de remédios para tratar os ferimentos que ele tinha. Rin ficou com Akutagawa, embora ele tivesse mais ou menos se acostumado com sua presença, ele se sentia um tanto intimidado pelo mais velho.

Higuchi voltou com o armário de remédios nas mãos e começou a limpar as pequenas feridas do filho.

Quando terminou levou-o para o quarto

— Mamãe não vai — Rin pediu-lhe com uma muda de roupa e na cama

— Tranquilo querido, não vou te deixar sozinho, mas mamãe agora tem que consertar algumas coisas — ela acariciou a cabeça dele docemente e deu um beijo em sua bochecha — Eu irei dormir com você em um momento, sim? — O pequeno apenas assentiu.

(...)

Akutagawa que estava esperando na sala, estava confuso... muito confuso.

Seu plano original era descobrir sobre os parentes do menino e investigar se eles tinham alguma ligação com a máfia ou não... e depois, ele descobre que a mãe daquela criança é sua ex-subordinada!! 

O que diabos aconteceu?! Um dia, eles simplesmente o notificaram que Higuchi foi embora por motivos pessoais e quando ele tentou descobrir Mori o parou mais de uma vez.

  Flashback~

— Ela saiu por motivos que não nos dizem respeito como organização — falava Mori — É tão difícil para você entender isso?

— Não me convenceu. — Akutagawa tinha ido ao escritório de seu líder — Você realmente espera que eu acredite que ela saiu sem dizer nada e sem deixar rastros?

— Bem, queira ou não tenha que acreditar, nem você nem ninguém se preocupa com o que acontece com a vida dela fora da organização — falou sério — e não pense que ela vai voltar, que não vai acontecer, então eu vou te conseguir um novo subordinado se é isso que te preocupa.

Fim do Flashback~

Finalmente Higuchi saiu do quarto do filho fechando a porta ao passar.

O silêncio reinava naquele apartamento, ninguém falava uma palavra, ficavam apenas em profundo silêncio tentando ver quem seria o primeiro a quebrá-lo. 

— Então esses foram seus felizes assuntos pessoais — Akutagawa acabou com o silêncio daquele espaço

— Sim... foi por isso que deixei a Máfia do Porto — ela se sentou

— E eu acho que está mais do que claro que é meu...

— Lamento ter que sair sem te contar sobre isso, mas Mori-san me pediu para fazê-lo — olhou para Akutagawa — agora eu quero saber... O que você estava fazendo com ele?

— Um grupo criminoso estrangeiro o manteve refém, parece que queriam me chantagear de alguma forma.

Higuchi pareceu surpresa ao contrário.  Se eles queriam se libertar de Akutagawa por meio de Rin, isso significava que sabiam que ele era seu filho.

— É impossível... só Gin, Hirotsu, Tachihara e Mori sabiam... — ela murmurou perdida em pensamentos.

Até minha irmã — pensou Akutagawa — De qualquer forma, pedi ao pirralho que me trouxesse à sua casa para saber mais sobre o motivo da tentativa de chantagem mas já estava claro aparentemente...

— E o que você vai fazer com essa informação?

— Bem, terei que pedir sua proteção — Se Ichiyo estava preocupada com a resposta, agora ela se surpreendeu — Mori pediu que você deixasse a organização para evitar esse tipo de conflito justamente mas duvido muito que só aquele grupo insignificante sabe sobre Rin. Conhecendo-o, ele provavelmente quer eliminá-lo ou mandá-lo para longe de Yokohama e eu não vou permitir isso.

— Isso... isso é sério? 

— Tsk, sim e por enquanto sem mais perguntas — levantou-se da cadeira onde estava. 

Ele se aproximou da porta e quando saiu do apartamento dirigiu seu olhar para a loira, ainda com o rosto sério

— Eu virei amanhã — sem mais delongas, ele fechou a porta e saiu.

Higuchi ainda estava desorientada por tudo, Akutagawa estava se preocupando com ela e seu filho ou estava apenas fazendo isso pelo bem da Máfia do Porto? 

No final, ela chegou à conclusão de que, de alguma forma, ambos. Se dirigiu para o quarto de seu filho e deitou-se ao lado dele.

— Tudo vai ficar bem ... eu prometo a você — murmurou ela antes de adormecer.

(...)

— Então eles descobriram que esta criatura é sua — O portador de Rashoumon estava no escritório de seu chefe — Eu estava com medo disso.

— Deixe-os comigo

— Você quer que eu deixe Higuchi-san e a criança sob seus cuidados? — olhou ligeiramente surpreso para o homem de cabelos negros.

— Exatamente, eu mesmo farei isso

— Mmm ... — Pensou por um momento — Confiarei em você Akutagawa ... mas se você falhar não hesitarei em mandá-los embora... claro, se eles saírem vivos — fixou seu olhar em Akutagawa, apesar de estar quase completamente inexpressivo, notou um leve aborrecimento com suas palavras.

— Bem, você pode ir, de agora em diante sua missão começa — com aquela última ordem ele deixou a sala.

Mori teria que descobrir como diabos eles souberam sobre Rin, isso estava errado. Ele sabia perfeitamente bem que se aquela criança fosse descoberta, ele não seria nada mais do que um objeto de vingança e/ou chantagem contra Ryuunosuke, e isso só prejudicaria a organização.

(...)

— Desculpe Akutagawa, mas foram ordens diretas de Mori — Hirotsu falou com Akutagawa ou melhor, tentou fazê-lo sentir pena dele porque ele praticamente veio com a intenção de matá-los por escondê-lo sobre Rin.

— Não me interessa, deviam ter me contado! — Falou com o tom ameaçador e irritado — se eu soubesse, meu contratempo na missão de hoje teria sido evitado — pensou.

— Akutagawa. Por favor, acalme-se, não poderíamos fazer mais nada, Mori nem nos permitia quase chegar perto do pirralho ou da Higuchi — tentou explicar Tachihara. 

Akutagawa os analisou friamente, o que só os deixou um pouco nervosos.

Ele desativou Rashoumon depois de alguns minutos, deu meia-volta e saiu do local. 

— Quase me dá alguma coisa — o ruivo estava com a mão no peito, sentindo o batimento acelerado de seu coração — por isso eu tinha medo dele descobrir que sabíamos da existência de Rin.

Gin acenou com a cabeça para o que ele disse e Hirotsu apenas olhou para eles enquanto acendia um cigarro.

— É verdade, mas suponho que ele conseguiu entender o porquê... também... não acho que ele vá fazer algo pelos dois — murmurou a última coisa, para si mesmo ao começar a andar — entretanto ainda temos uma missão a cumprir, vamos — os dois apenas o seguiram por trás.

  A partir deste evento, ou tudo poderia correr muito bem ou incrivelmente mal...

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Olha só... e temos a família conectada!

Eai, gostaram? Eu disse que vocês iam gostar...

A autora manda muito...

Até a próxima ^^

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