E lá estava ele... em frente a um mural cheio de cores, vendo os pais saírem com seus filhos enquanto lhe davam vários olhares curiosos; esperando por Rin.Flashback
— Ir buscá-lo no jardim de infância? — perguntou Akutagawa.
— Aha, amanhã nessa hora eu tenho que fazer uma entrega e não tenho tempo de ir vê-lo — explicou Higuchi — e minha irmã tem aula então ela também não vai poder ir.
Ambos os pais estavam no apartamento da loira, naquele dia Akutagawa tinha ido junto com sua irmã que estava ansiosa para ver seu sobrinho novamente. Assim que eles chegaram, Rin se jogou nos braços da mesma, ignorando completamente Ryuunosuke.
Enquanto Gin brincava com seu sobrinho, Higuchi pediu a Akutagawa para ir ver Rin no jardim.
Teria uma entrega muito importante a fazer, além de ver isso como uma primeira aproximação entre pai e filho... mesmo que nem tenha contado para o pequeno que aquele homem é seu pai.
— Mmm ... eu posso ir — respondeu ele depois de pensar um pouco.
Era só pegar Rin, trazê-lo para o apartamento e cuidar dele até o turno de Higuchi terminar.
Fim do Flashback
Ele se aproximou um pouco mais da entrada e viu o pequeno em um banco olhando de um lado para o outro sem muito interesse.
Ele ficou na frente dele e Rin olhou para ele sem mostrar qualquer emoção a olho nu.
O menino se parecia muito com ele, já havia recebido mais de um comentário que é praticamente uma mini cópia dele mas mesmo assim, o que mais o chamou a atenção em Rin foram seus olhos. Não sabia dizer se é pelo simples fato de eles serem iguais aos de Ichiyo à primeira vista ou pelo quão expressivo eles são... assim como ela, só que desta vez eles não refletiram nenhuma emoção positiva ao olhar para ele.
— Sua mãe tem um assunto da floricultura para cuidar e ela me pediu para buscá-lo —disse ele tentando aliviar um pouco o clima.
— Sim... ela tinha me falado sobre isso — ele respondeu enquanto saía do banco.
— Com licença — uma voz chamou sua atenção, era uma professora do lugar — Pelo que vejo veio buscar Rin, Higuchi-san havia ligado dizendo que outra pessoa viria vê-lo, por favor, eu preciso que assine para que possa pegá-lo.
— Entendido — ele seguiu a garota junto com Rin que estava ao seu lado.
Ele só queria sair daquele lugar, ele tinha tantos olhares sobre ele que começaram a deixá-lo nervoso e desconfortável.
Depois de assinar, eles foram ao apartamento. O menino foi direto para o seu quarto, Akutagawa não falou nada sobre isso.
Entrou na cozinha, havia um pequeno bilhete na geladeira.
“A comida já está pronta, é só esquentar no micro-ondas e o suco fica guardado na geladeira.
Obrigado mais uma vez por cuidar de RinAtte: Higuchi”
Fez o que dizia o bilhete, colocou os pratos na mesa junto com a jarra de suco e talheres. Ele foi ao quarto do menino e o viu sentado em sua cama olhando pela janela.
— Já está servido, venha comer — disse ele da soleira da porta, o menino estremeceu ao ouvir sua voz.
— Estou indo — ele saiu da cama e ao fazê-lo Akutagawa percebeu que a camisa do menino estava para trás.
Higuchi havia lhe contado que, embora Rin já tivesse sua idade, ele fazia algumas coisas sozinho, que eram difíceis para ele em mais de uma ocasião.
Ryuunosuke soltou um suspiro e pegou o menino nos braços para colocá-lo de volta na cama, surpreendendo Rin, embora não tenha recusado o contato do mais velho. Ele tirou a blusa dele para vesti-la corretamente, tudo sob seu olhar atento, o que o surpreendeu um pouco com o comportamento do homem a sua frente.
— Pronto — pronunciou olhando para o menino e viu que ele estava um pouco despenteado, passou a mão pelo cabelo de Rin e ajeitou um pouco — Agora vamos comer antes que esfrie.
Rin assentiu e foi até a mesa junto com Akutagawa, os dois comeram em silêncio, embora às vezes o homem mais velho de cabelos negros o ajudasse a comer decentemente. Depois do almoço, foi lavar a louça, estava habituado (muito pouco) a essa rotina porque apesar de passar muito tempo nas instalações da Mafia do Porto, de vez em quando passava no apartamento onde vivia com a sua irmã.
Saiu da cozinha secando as mãos e viu que Rin saía de seu quarto com um livro nos braços, quase correu até ele e quando estava ao seu lado olhou diretamente para ele e lhe entregou o livro.
— Pode ler? — perguntou meio tímido
— Mmm? — olhou-o um tanto confuso, pegou o livro e leu o título da capa — Capuchinho Vermelho? — havia escutado sobre esse conto alguma vez mas se recordava vagamente.
— Minha tia me deu, mas eu ainda não consigo ler... — ele disse fazendo um pequeno beicinho —Você pode fazer isso?
— Eh... sim, mas por que você quer que eu leia para você? — perguntou ele enquanto se sentava no sofá, seguido por Rin.
O menino olhou para ele confuso.
— Porque é divertido — respondeu ele enquanto se apegava mais a Akutagawa — Mamãe, quando eu tenho uma história nova, ela lê para mim quando minha tia não consegue cuidar de mim.
— Divertido, eh? — pensou vagamente enquanto tinha o olhar fixo no livro — Bem... — ele abriu e começou a ler a primeira página — Era uma vez...
(...)
— Estou casa — ela anunciou na entrada com um tom Ichiyo um tanto cansado.
— Mamãe! — Ela ouviu os pequenos passos de seu filho se aproximando e se abaixou para pegá-lo em um abraço enquanto beijava sua cabeça — Bem-vinda! — Ele disse alegremente nos braços de sua mãe.
A loira ergueu os olhos e percebeu que Akutagawa os estava observando.
— Akutagawa, boa noite — cumprimentou com um leve sorriso.
— Boa noite — mal retribuiu a saudação — Tenho uma missão daqui a pouco então irei — explicou brevemente ao se aproximar da saída do apartamento, tirou o casaco do cabide — Nos vemos amanhã
— Você vai ler outra história para mim amanhã? — Rin perguntou ao ver que Akutagawa já estava saindo.
— Claro — ele respondeu com sua expressão séria de costume, mas havia algo diferente. — Adeus — sem mais delongas, ele deixou mãe e filho sozinhos.
Higuchi fechou a porta e foi até a sala sentar-se um pouco, observou na mesinha de centro a história que sua irmã havia dado para o filho há pouco tempo.
— Você se comportou bem com Akutagawa-san? — Ela perguntou ao garoto enquanto acariciava seu cabelo.
— Sim! Depois de comer, ele leu uma história para mim e brincou um pouco comigo — respondeu ele em tom alegre.
Higuchi ficou um tanto surpresa com o filho, ela não ia negar que estava preocupada com o que aquele dia iria acabar, porque estamos falando de Akutagawa Ryuunosuke, era normal ela duvidar de suas habilidades para cuidar de um filho de 5 quase 6 anos. Mas, conforme relatado por Rin, tudo correu bem pelo menos naquele dia.
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Olá leitores bonitos!
Não entendo como não voltei a traduzir antes. Eu tinha me esquecido de como era legal traduzir e colocar aqui :)Espero que tenham gostado.
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Família [AkuHigu]
Hayran KurguHiguchi Ichiyo havia deixado a Máfia do Porto e, portanto, seu senpai, Akutagawa Ryuunosuke. O motivo dessa desistência foi a notícia de que ela estava esperando um filho de um dos assassinos mais implacáveis da Máfia e não querendo que seu filho...