Quando Verônica chegou ao castelo, um sorriso de satisfação brotou em seus lábios vermelhos.
Depois de tanto esforço, finalmente, conseguiu colher os frutos depois de horas eterna se aprontando para o grande evento.
Verônica escolheu um vestido vermelho vinho profundo com bordados prateados no decote arredondado que terminavam na cintura, a mesma cor combinava com as luvas compridas que usava, tornando impossível alguém passar pela princesa sem notá-la. A saia esvoaçante tinha vários recortes estratégicos para parecer ondas que desciam até o chão. Em seu colo desnudo estava uma joia rara de rubis da família que vem sendo repassada de geração em geração, fazendo que ela brilhasse ainda mais para quem a visse.
Ao sair da carruagem, ela ficou um pouco constrangida, mas lisonjeada em perceber que todos os convidados da parte de fora do castelo estavam presos nela. Ela preocupou-se em tocar na cabeça, conferindo o penteado feito pela melhor cabelereira do seu reino.
As madeixas douradas estavam trançadas no topo da cabeça, com fios um em cada lado do rosto para exibir os brincos que formavam par com o seu colar. Na cabeça estava o símbolo de Salbrava: uma coroa prateada baixa com pedras vermelhas e um tecido retangular de seda que escapava do coque e terminava em sua nuca.
Ela estava deslumbrante.
E provocadora.
É por isso que assim que seu pai saiu da carruagem, ele tornou-se a ficar vermelho ao se deparar com as mangas caídas do vestido da filha. Verônica estava mostrando os ombros de forma tão indecente e imprópria que ele precisou tirar o lenço do seu uniforme para limpar as gotas de suor que se formavam ao redor do rosto nervoso.
— Verônica – rei Rafaello passou a mão pelo bigode, todo ansioso e sem graça. – Está deslumbrante essa noite, minha filha, mas em seu guarda-roupa, nos inúmeros vestidos que possui, não teria um vestido com mais... Ombreiras?
Verônica torceu o nariz, começando a ficar irritada e seu pai ficou recuado com a reação da filha.
— É um baile cheio de pretendentes, vossa majestade — Verônica tratou de explicar sorrindo e tocando de leve nos cílios avantajados, torcendo pra maquiagem continuasse firme sob a pele. — E não é nenhum pecado mostrar os ombros.
E realmente não era. Nas capelas de Salbrava, inúmeras Deusas vestiam mantos com os ombros a mostra. Porém era um ato tão inapropriado, que apesar de não ser proibido, gerava falácias entre as pessoas.
— Vossa majestade vai acabar tendo infarto até o fim da noite — Bartolomeu cochichou com a irmã caçula, arrancando-lhe risadas. — Precisa de um acompanhante, senhorita?
Verônica aceitou o braço do irmão mais velho e junto com os outros seis, mais seu pai, adentraram no grande castelo real de Galdorn.
A viagem tinha sido tranquila, apesar do nervosismo da princesa. Estéfano estaria aqui. Era a oportunidade perfeita para se reencontrarem, Verônica estava sonhando com esse momento desde o momento que saiu de Salbrava para vir a festa.
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Eleanora & Verônica
Lãng mạnOs Cinco Reinos iriam se reunir pela primeira vez após o falecimento da Rainha Alexandra de Galdorn para celebrar o aniversário de dezoito anos da princesa Eleonora Hortênsia Soledade, que em alguns dias, iria suceder a mãe e assumir o trono, mesmo...