VIII

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Eleanora, mais uma vez, estava sentada sozinha na sela do cavalo

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Eleanora, mais uma vez, estava sentada sozinha na sela do cavalo. Verônica decidiu guiando na frente com a corda do cavalo presa em sua mão. Ela tinha dito que preferia assim porque precisava exercitar um pouco as pernas.

Verônica se explicou bem, mas Eleanora insistia em criar várias situações na sua cabeça.

Tudo isso por causa da noite anterior.

Verônica estava mencionando o que acontecera no... Incidente no bordel. Sobre aquele acontecimento específico.

É claro que Eleanora se lembrava do beijo. Tanto que ao acordar no dia seguinte, as duas coisas que pensou em seu despertar foi:

Maldita dor de cabeça.

Eu beijei Verônica Del Durcan.

E quando se lembrou do evento, soltou um grito tão alto que todos do bordel foram capazes de ouvir. Estava se perguntando o que tinha de errado para ter feito aquilo. Por que? Por que tinha feito aquilo? Daquele jeito? Naquele lugar?

Quando diziam que os desejos escapam quando o álcool toma conta do corpo, não falavam isso de forma figurativa. Era a pura verdade.

E quando mais pensava nisso, naquela manhã após o grande momento, sua porta fora arrombada e a pessoa que menos gostaria de ver naquela manhã surgiu com uma espada na mão pronta para defendê-la.

Era Verônica achando que seu grito tinha sido por causa de um ataque. E Eleanora ficou completamente envergonhada em ver a princesa do outro reino assistindo a herdeira do trono completamente destruída por causa da bebida, com cabelo e roupas bagunçadas.

Foi constrangedor aquele encontro daquela manhã e ela podia sentir, pelas reações tímidas de Verônica, que ela também sentia o mesmo. A viagem foi desconfortável, mas aos poucos, ambas foram esquecendo e voltando a conversar normalmente.

Até a pergunta definitiva de Verônica.

Ela pensou em cogitou dizer a verdade mesmo com um rapaz entre elas, mas o instinto e a impulsividade foram bem mais rápidos.

A princesa tinha medo do que poderia acontecer se confessasse a verdade já que sabia que nunca seria correspondida. Até onde ela sabia, a princesa de Salbrava era apaixonado pelo príncipe Estéfano, ela se lembra de como os olhos dela brilharam ao luar enquanto falava dele, na sua festa de aniversário.

E esse era o medo de Eleanora, confirmar tudo e perder a amizade que tinha feito com Verônica. Sabia que jamais seria correspondida, porém, pelo menos poderia ficar por perto da pessoa que se apaixonara. E só se comprovou quando mencionou o príncipe e Verônica confirmou que ainda teria coragem de se unir a ele.

É claro que a princesa de Galdorn fantasiava cenários em que confirmava o beijo entre as duas e Verônica, se ajoelharia no chão e a pedisse em casamento. Seria um sonho se tornando realidade para Eleanora, mas ela foi ensinada a trabalhar com fatos verídicos, ou os mais prováveis de acontecer.

Eleanora & VerônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora