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A tal fada madrinha olhou bem para as duas garotas

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A tal fada madrinha olhou bem para as duas garotas.

— Só fada — ele disse por fim. — Sem o "madrinha" depois, fica parecendo que pertencemos a mesma família, que temos alguma intimidade quando não chega nem perto disso. Meu nome é Octavius de Daltaz.

Verônica pensou por um tempo naquelas palavras e no fim, concordou com a cabeça, achando bastante justo da sua parte.

— E você veio me ajudar! — Eleonora continuou completamente extasiada. — É a minha fada madrinha, dizem os mais velhos que todo primogênito ganha uma fada madrinha assim que nasce!

Octavius desatou a rir, mas em meio segundo, ficou com o semblante completamente frio que não combinava com todo brilho em seu rosto.

— As crendices de egocêntricos — ele explicou para Eleanora, que murchou com a resposta. — Fadas escolhem quem irão cuidar, como adotar um animal de estimação, porém em meu caso, nós, fadas, adotamos humanos.

Verônica ergueu as duas sobrancelhas no alto e franziu o cenho.

— De repente, me pareceu uma grande ofensa olhar por esse lado — Eleanora complementou e Verônica concordou com a cabeça.

— Mas... — Verônica disse logo em seguida, antes que Octavius a respondesse de mal jeito, como ela percebeu em sua expressão irritada. — Você pode nos ajudar? Mesmo sem ter nos escolhidos?

Quando Verônica abriu a boca, algo em Octavius tremulou. Ela não soube decifrar aquela sensação, mas sentiu como se um vento forte batesse em seu rosto, mas que não foi capaz de levantar os fios dourados para o ar.

Ela sentiu, mas ao mesmo tempo, não.

Octavius chegou mais perto das duas, começou a avaliá-las com seus olhos enigmáticos. Observou desde o dedo do pé, até o topo da cabeça. Rodou as duas, como se fosse um ser humano descobrindo o fogo pela primeira vez.

— Isso é... Definitivamente interessante — ele disse ainda mais misterioso. — Vocês duas.... — Uma risada escapou dos seus lábios pintados de vermelho. — O Destino trabalha de forma curiosa, devo dizer que somos parecidos: adoramos um bom jogo.

— Do que está falando? — Verônica o confronta, não gostando daquela atenção exagerada que estava recebendo naquele momento daquela fada.

— Que irei ajudá-las, não escutou? — Octavius respondeu à pergunta da princesa de forma ríspida, mas ela deixou passar, já que agora, teriam um norte para onde teria que ir. — Vocês são de...

— Galdorn — Eleanora se apressou em dizer. — Precisamos ir para Galdorn, tenho uma coroação daqui há... Sete dias.

— Bom, de cavalo, carruagem, levaria mais ou menos uns vinte dias para chegarem em Galdorn — Octavius jogou as longas tranças para trás, ele começou a se sentar, Verônica iria avisá-lo que iria cair no chão, mas foi surpreendida quando uma cadeira de madeira branca se materializou, fazendo-o sentar de forma cronometrada. — Mas, a coroação parece ser um evento importante.

Eleanora & VerônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora