VII.V

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Enquanto isso, no Castelo Real de Galdorn

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Enquanto isso, no Castelo Real de Galdorn...

— Eu não irei! — gritou Natanel enquanto escapava dos cinco costureiros que apareceram na porta do seu quarto para tirarem medidas para ajustar o seu uniforme para a .... Coroação.

O garoto queria rir de desespero com aquela situação. Seu pior pesadelo estava virando realidade: virar um rei. Nada contra os monarcas, mas Natanael não queria ter a responsabilidade que líderes assumiam. Ainda mais quando descobrira seu talento para escrever e talvez até trabalhar na Biblioteca Real, cuidando dos Registros Históricos. 

— Vossa Alteza! — resmungou tia Carlota irritada. — Não seja infantil, sabe que tem que ser assim!

— Não! — Natanael negou com a cabeça. — Eu nunca pedi para ser rei!

— Nem eu pedi para ser a sua tia! — reclamou Carlota e Natanel parou, estático e muito ofendido. — Foi apenas uma brincadeira, Vossa Alteza, mas só estou dizendo que ninguém está preparado para o que o futuro aguarda e...

Os costureiros tentaram se aproximar do príncipe, mas o garoto foi mais rápido. Ele pulou no divã do meio do caminho e escapou mais uma vez das mãos ávidas e astutas dos criados que queriam vesti-lo e transformá-lo em rei.

— Por que não esperamos mais um pouco? Eleanora pode voltar! — Natanel insistiu Natanael.

— Natanel — tia Carlota suspirou e o príncipe ficou preocupado em vê-la usando seu nome, sem o título. — Eu... Sinceramente, eu queria que Eleanora estivesse aqui também. Sua mãe sempre via tanto potencial nela e eu também. Ela é inteligente, dedicada e gentil com todos, tenho certeza que seria uma boa rainha, mas ela... Desapareceu.

O coração da tia se apertou. Natanel pôde ver isso quando ela desistiu de brigar e sentou-se na cadeira mais próxima que encontrou. Tia Carlota sempre exigia muito de Eleanora, mas sabia que também a amava.

Ele sentiu um pouco de ciúmes, porque tinha plena consciência que a primogênita era a sobrinha favorita.

— Ainda estou esperando que Eleanora surja de repente, ainda hoje e conte tudo o que aconteceu, mas... E se ficarmos anos sem notícias de sua irmã? — insistiu tia Carlota. — Infelizmente, temos que seguir o que dita as normas: o próximo herdeiro precisa assumir no caso de desaparecimento do primogênito.

Natanel abaixou a cabeça.

Pensou em culpar sua irmã por estar naquela situação, mas era impossível já que ele não sabia aonde ela estava. Ou se estava viva. Ela tinha medo, muito medo, de se tornar rainha, mas sua tia tinha razão. Por mais receio que ela tivesse, Eleanora seria uma grande rainha.

Porém, ela tinha desaparecido.

E um reino, não podia ficar sem um rei ou uma rainha. O trono não pode ficar desocupado, ou os nobres começariam a questionar, os ministros irão mexer suas peças e poder trazer o caos a ele e sua família.

— Natanel? — disse tia Carlota, com os olhos brilhando em esperança.

O garoto ficou comovido com a situação da tia, que no fundo, só queria resolver logo o problema de sucessão da coroa e poder tirar algumas férias no litoral. Ela estava cansada, queria descanso, mas também queria garantir o futuro do reino em que nascera.

— Tia Carlota... — Natanel respirou fundo, muito mesmo. — Me desculpe, mas não dá!

Natanel, apensar de entender a situação, sabia que era covarde demais. O príncipe saiu correndo pelo quarto, sendo perseguido pelos criados e os costureiros. Tia Carlota simplesmente desistiu e deixou com que o corpo caísse, cansada e cheia de olheiras por debaixo dos olhos.

Ele gargalhou alto quando conseguiu escapar pela porta.

Não iria muito longe, mas poderia postergar o máximo que podia, para dar tempo para que sua irmã retornasse.

Ela tinha que retornar.

Atrasei alguns minutos, mas ja dizia o ditado: Antes tarde do que nunca

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Atrasei alguns minutos, mas ja dizia o ditado: Antes tarde do que nunca

Eleanora & VerônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora