Os Cinco Reinos iriam se reunir pela primeira vez após o falecimento da Rainha Alexandra de Galdorn para celebrar o aniversário de dezoito anos da princesa Eleonora Hortênsia Soledade, que em alguns dias, iria suceder a mãe e assumir o trono, mesmo...
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Verônica estava ajudando com a louça do bordel após colocar suas calças e a camisa branca que usara no dia anterior.
Ela tinha acordado bem cedo após a noite agitada, vendo muitas louças com poucas pessoas perto da pia. Decidiu ajudar como retribuição pela cama macia e roupas deram que deram para ela.
A tarefa na verdade, era para distraí-la um pouco.
Estava enxaguando os dois últimos pratos da louça quando uma mecha loira escapou do seu rabo de cavalo alto mal arrumado. Ela resolveu colocá-lo de volta para o lugar e suas orelhas esquentaram pela décima vez naquela manhã.
Ao apertar os fios dourados, lembrou da forma como Eleanora tinha segurado o seu cabelo quando... A beijou.
Seus dedos finos passaram pela bochecha, onde a princesa tinha tocado, depois pousaram em seus lábios. As cenas se repetiram, mais uma vez em sua cabeça.
Verônica tinha bebido um copo cheio que fez efeito rápido e duradouro, ao invés de ficar agitada, só sentiu uma intensa sonolência enquanto o tempo parecia congelar ao seu redor. E de repente, Eleanora sentou-se em seu colo. Estava embriagada apesar de ainda parecer bastante consciente. E então, ela a beijou quando menos previu.
Verônica nunca imaginou que um beijo de verdade seria daquele jeito. Molhado e... Intenso. Com certeza intenso. Verônica sentiu tantas coisas durante um simples toque, arrepios, batidas aceleradas e uma fervência que foi se alastrando por cada célula do seu corpo.
Tinha colocado as mãos nos ombros de Eleanora para afastá-la de uma vez e dar um sermão pelo descontrole de uma princesa que seria rainha, porém, seu cérebro não funcionava mais. Suas mãos tomaram controle antes do seu cérebro, seguraram os ombros de Eleanora, para aproximá-la e poder ultrapassar as mangas do seu vestido, para sentir a pele morna e suave dos seus ombros, depois viajando até as suas costas.
Eleanora se afastou no mesmo instante que Verônica, provavelmente porque estavam sem fôlego com... Aquilo tudo.
E então, Eleanora levantou, deu dois passos e desmaiou.
Verônica ainda surpresa, ficou desesperada com o choque da mudança repentina de estado da herdeira. Parece que aquele elemento surpresa a obrigou a ficar sóbria de novo. Ela pegou Eleanora no colo de forma desajeitada e, mesmo aos passos em ziguezague, correu até leva-la ao quarto que foi disponibilizado por Rosetta.
Esqueceu completamente do beijo quando entrou no quarto para socorrer a princesa. Eleanora se remexia e quando ficou ereta, vomitou perto dos pés de Verônica. A princesa de Salbrava sem saber o que fazer, foi socorrida por uma das garotas do bordel, que parecia estar acostumada com aquele tipo de situação.
Mais outras duas garotas surgiram, prometendo que iria cuidar da princesa. Com as mãos atadas, Verônica não pode fazer nada, além de assistir o trio ajudar a jovem princesa embriagada. Por sorte, Eleanora não sujou a roupa e logo foi colocada na cama quando terminaram de ajudá-la.
