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— Verônica! — gritou Eleanora e correu em sua direção sem pensar que estaria facilitando os criminosos a pegá-la

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— Verônica! — gritou Eleanora e correu em sua direção sem pensar que estaria facilitando os criminosos a pegá-la.

A princesa caiu de joelhos ao lado do corpo de Verônica, usando as mãos para tentar estancar o sangue que transbordava do ferimento feito. Ela não se importava com os malditos, com a coroa, nem com ela mesmo.

A única coisa que sua mente conseguia raciocinar era sangue.

Sangue. Sangue. Sangue. Sangue.

Eleanora não se importou quando os dois inimigos se aproximaram dela para levá-la. Não iria correr e deixar Verônica para trás, independente do que tenha acontecido entre elas. Ela ainda a amava e não sairia nenhum segundo ao seu lado.

— Como são insuportáveis — disse a mulher que conseguiu acertar Verônica. — É um desperdício de tempo que eu precise vir pessoalmente acabar com essa brincadeira de criança.

A mulher foi consumida chamas verdes, a pele derreteu, os olhos caírem, aquela capa falsa ferveu e desapareceu até se transformar em um homem. Era alto, a pele pálida e o cabelo platinado comprido, preso em um rabo de cavalo. Estava com um manto preto em cima dos ombros e os olhos vermelhos pareciam estar furiosos.

Ela sabia o motivo das íris vermelhas: era um bruxo.

— Quem é você? — gaguejou Eleanora, sem entender o que estava acontecendo.

— A pessoa que está impedindo você de ajudar Octavius — resmungou o bruxo, dando passos lentos em sua direção. — Achou mesmo que eu não iria proteger a pessoa que eu mesmo prendi? Pensei em acompanhar seus sequestradores de longe, achando que iriam conseguir captura-la e negociar sua vida no mercado clandestino, mas... Tão inúteis, tão inúteis que precisei vir até aqui para acabar com vocês!

Eleanora sentiu a garganta se apertar, o medo tomando conta das ações do seu corpo. Não sabia como responder aquela declaração. Até a poucos dias, achava que os ataques durante a viagem tinham acontecido por ser a herdeira, mas agora... Estava tudo claro para ela.

— Então foi você, Marcus.

Algo remexeu nas florestas e a silhueta de outro homem emergiu entre as sombras. Junto com ele, um arrepio subiu pela nuca de Eleanora e o ar, de repente, ficou muito pesado.

Era outro homem bastante alto, de pele mais pálida ainda, cabelos lisos e compridos que eram tão pretos que faria qualquer um se perder naquela cor intensa. Ele vestia um casaco preto que descia até o joelho, com adornos dourados.

Ele também tinha olhos vermelhos. 

Marcus ficou aterrorizado com a sua presença, seja lá quem fosse, eles tinham algum tipo de conexão que o fazia tremer com a sua aproximação.

— Você... — gaguejou Marcus.

— Isso acaba aqui e agora, Marcus.

Marcus tentou fugir, porém a fuga por causa do outro bruxo não era uma opção. O bruxo de cabelo platinado fez um círculo verde formar aos seus pés. Seu corpo estava desaparecendo, mas não conseguiu quando chamas vermelhas trilharam um caminho pelo chão e chegou até ele.

Eleanora & VerônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora