Um telefonema da mamãe.

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oi, corações!

acredito fielmente que vocês vão gostar muito de mim depois desse capítulo, bora apostar?

vejo vocês lá embaixo, boa leitura!


capítulo betado pela Ma @ littlevcut, como sempre <3


⸝⸝ᵕᴗᵕ⸝⸝

Dormir com Taehyung era uma experiência única. Ele tinha o sono pesado, soltava murmúrios impossíveis de se entender (provavelmente não chegavam nem a ser palavras em si, só alguns ruídos de efeito) e, com o passe-livre de conchinha ativo, Jungkook descobriu que o Kim gostava muito de grude.

Muito mais do que ele imaginava.

Primeiro, Taehyung não desgrudou do Jeon, exceto pelas horas em que sentia as costas doloridas pela posição e o corpo girava automaticamente para o lado oposto, ele levava, no mínimo, uma mão de Jungkook no processo. E mesmo que tivesse acordado inúmeras vezes durante a madrugada só por não estar acostumado com aquele cenário, como quando sentiu o abraço mais apertado quando Taehyung atingiu um sono profundo e talvez estivesse no meio de um sonho gostoso, mesmo com tudo isso, tinha plena convicção de que foi uma das melhores noites de sua vida.

Descobriu que até desacordado o loiro era divertidíssimo e o fazia rir. Definitivamente uma pessoa que valia a pena ficar perto, e era estranhamente satisfatório pensar que, talvez, fosse o único que tinha permissão para ficar daquele jeito nos últimos dias.

Quando espiou a claridade tentando escapar pelos vãos da janela fechada e a cortina fina que mais servia de decoração, escapou do abraço apertado com muita dificuldade em tentar substituir o próprio corpo com um travesseiro. Nos filmes sempre parecia tão fácil, por que Taehyung tinha que apertar com tanta força? Andou na ponta dos pés, a bexiga quase explodindo a cada passo naquela ereção matinal que só seria aliviada assim que perdesse pelo menos dois minutos de sua vida fazendo xixi.

Olhou-se no espelho ao lavar as mãos, as sobrancelhas quase alcançaram o couro cabeludo na expressão de choque que surgiu em seu rosto. Estava todo marcado.

Taehyung tinha sim aquela mania de deixar bem visível onde o tocou e beijou, mas nas outras vezes não passava de uma vermelhidão sutil, naquela, ele estava coberto dos mais clássicos e clichês chupões; tirou a camisa e deu uma voltinha, olhando a forma que o Kim lhe transformou em uma pintura de tons quentes e impossíveis de disfarçar.

Não fazia ideia de como iria explicar aquilo para Mingyu, mesmo que não houvesse a obrigação de se justificar ou algo do tipo, todas as vezes que dormia fora, o amigo sabia que Jungkook estava na casa do tal "conheço alguém" que mencionou no dia do jantar, o que não levantava muitas suspeitas, já que JK voltava sempre em um estado aceitável e sem marca visível.

Naquela hora, entretanto, ele se viu dividido. Metade de sua mente queria sorrir e passar a mão por cada marquinha, numa vontade urgente de voltar correndo para o colchão e se afundar no peito de Taehyung, a outra, em total oposto, gritava a todo ouvidos que não tinha possibilidade de agir como se nada tivesse acontecendo para Mingyu.

Respirou fundo, o celular em mãos cheio de notificações que chegaram antes, na provável hora em que Jungkook e Taehyung esvaziaram alguns copos de conhaque e depois tomaram banhos juntos, cobertos por um tesão irresistível que resultou na cena da noite passada. (Jungkook queria reviver o dia de ontem). Abriu a conversa de Jimin primeiro, com um sorriso involuntário no rosto, porque o melhor amigo sempre o fazia rir.


JIMIN: Jeon, meu Deus. Eu arranjei um colega de quarto. Você lembra que eu tava atrás de um, né? O aluguel tá de foder o cu da bunda e eu ainda tenho esse monte de tecido do cacete pra comprar.

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