Barcelona

Jardim botânico.

Oi! Queria dizer que o wattpad...... tirou meus travessões...... no capítulo anterior...... e isso tá me matando por dentro, mas não vou mexer pra não sumir os comentários de vocês que eu fico com dó.

A estudante de design gráfico tá se remoendo por dentro MAS TUDO BEM CAPÍTULO NOVO DE BARCE ESTÁ ENTRE NÓS

BOA LEITURA É NOIS

✩  capítulo betado pela linda Ma @ littlevcut no twitter, muito obrigada <3 ✩

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Jungkook enrolou o máximo que pôde no andar térreo, tentando colocar a cabeça no lugar antes de botar os pés dentro do apartamento de Mingyu. Ele estava em casa e, com certeza, perguntaria por onde o Jeon havia andado e porquê manteve o celular desligado assim que sentou no carro de Taehyung.

O Kim o esperou entrar no prédio e mais alguns minutinhos (como se estivesse aguardando Jungkook entrar no elevador com segurança) antes de ir embora, levando seu perfume gostoso e aquela porra de atitude atraente em tudo que fazia. No jeito que dirigia, que sorria, que parecia se importar com tudo que o mais novo falava e cada vez mais se mostrava um rapaz atencioso pra cacete bem do jeitinho que fazia Jungkook perder a cabeça.

O plano de manter algo meramente casual sem 1% de apego e afeto, estava indo para o ralo.

Ele se encontrava em uma corda-bamba, e enquanto o elevador subia os andares, era como se uma culpa nojenta crescia dentro de si. Mingyu gostava dele, tudo bem. Jungkook não era obrigado a retribuir o sentimento também, disso ele sabia. Mingyu sabia que era óbvio o bastante que ele estava apaixonado? Não.

E as coisas se tornavam mais complicadas a partir desse ponto.

Quando abriu a porta de entrada com a chave que Mingyu lhe deixou em seu segundo dia em Barcelona, o amigo estava no sofá, os cabelos molhados e o traje confortável pronto para cair de bruços na cama a qualquer instante. Eles trocaram um olhar mudo, porque Jungkook se recusava a conversar desde aquele fiasco de jantar (e como ele foi correndo cego na direção de Taehyung em busca de conforto, de qualquer forma possível).

Sentia que precisavam conversar. Sobre a atitude esquisita de Mingyu ter declarado que eles tinham alguma coisa não especificada, mas Jungkook arriscava que a palavra 'noivo' foi usada no contexto.

Sentou-se no sofá, sentindo o cheiro de Taehyung em suas roupas mesmo que não tivessem se abraçado, como se o destino o obrigasse o tempo inteiro a lembrar da existência do Kim.

— A gente precisa conversar. — Jungkook falou, se sentindo exausto antes mesmo de começar, e não tinha ensaiado nada para aquele momento, nenhuma frase intimidadora e marcante o suficiente cruzava sua cabeça quando pensava naquela discussão necessária.

Mingyu respirou fundo, os olhos cravados na televisão e o corpo automaticamente tensionou quando ouviu a voz do Jeon ao seu lado, em um tom cansado e impaciente.

— Eu sei. — Ele diz, se ajeitando até sentar em cima de um tornozelo, usando de desculpa para não encarar o moreno. Aquele clima tenso era um inferno. — Você ficou bem desconfortável na casa dos meus pais.

— Obviamente. — Jungkook faz um esforço extra para não parecer grosseiro. — Não achei que você tinha percebido, pra ser sincero, já que não fez merda nenhuma pra me ajudar.

Mingyu revirou os olhos.

— Nos conhecemos desde nosso nascimento, eu sei decifrar cada olhar seu.

JK pensou sobre aquilo por alguns instantes, admitindo a si mesmo que, nos últimos dias, o lado mais irresponsável que só dizia "foda-se" e sequer imaginava as consequências de determinada atitude, estava indo embora gradativamente e era como se estivesse se reconhecendo cada vez menos. Mingyu, em teoria, sabia sim como Jungkook costumava agir e pensar sobre quase tudo, eles já tiveram a fase de completar a frase um do outro porque eles se davam bem demais a todo segundo.