Rose

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Rose era uma brisa de primavera que Arthur podia sentir em todas as estações. As cartas mais longas, com as palavras mais elaboradas, com as perguntas mais preocupadas eram dela. Correspondiam-se toda a semana e quando Ronald perguntava por quê ela mandava mais cartas para o avô, Arthur dizia que era porque estava preocupada com as flores que deixava para ele cuidar na Toca. O que era muito verdade; ela só podia cuidar delas durante o verão e tinha um carinho especial pelas gérberas e crisântemos que cultivavam juntos.

No primeiro verão após se formar em Hogwarts, porém, Arthur ficou sem entender nada quando ela sugeriu uma nova flor.

— Pensei que essas fossem as suas favoritas... — ele observava a neta preparar a terra de um vaso.

— E elas são. Mas agora gosto de violetas também — ela ergueu o rosto um tanto quanto abatido. Arthur fez uma careta. Tinha alguma coisa muito errada com ela.

— Hm... O que acha de plantarmos margaridas?

— Não. Só violetas.

— Certo. Algum motivo em especial? Scorpius te deu violetas e agora quer plantar elas aqui, é isso? — Rose negou com a cabeça. — Não?

— Apenas gosto delas, vovô. Quando eu tiver a minha filha, ela vai se chamar Violet.

— Ah, querida — ele riu, apoiando-se nos joelhos. — Isso ainda vai demorar para... Acontecer.

Rose era uma brisa de primavera que Arthur podia sentir em todas as estações. As mensagens mais breves, com os olhares mais significativos, com os sentimentos mais escancarados eram dela. Por isso não foi difícil entender que, de fato, teriam uma nova flor no jardim dos Weasley.

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