Capítulo doze

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Lívia Alfier

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Lívia Alfier

— Decepcionante? - Questionei em forma de sussurro.

Sentia meu corpo se arrepiar cada vez mais com seu dedo percorrendo meu braço, massageando-o várias vezes de forma sensual.

— Eu gosto disso... - Seu nariz sugou o perfume de meu pescoço. — De como consigo fazer seu corpo implorar pelo meu... - Selou seus lábios com delicadeza pelo meu busto.

Suas mãos tocaram minha cintura, puxando-a para perto de seu corpo. Conforme nossos corpos se aproximavam, os lábios deles quase saltavam sobre minha pele estremecida.

— Por que você... - Parei por um momento para respirar após sentir as mãos dele descerem em direção a parte interna de minhas coxas. — Eu tomaria cuidado com elas... - Murmurei ao sentir o corpo dele se afastar de certa forma.

Em seguida, sinto minha costas nuas tocarem o peitoral agora também nu do lorde. Assim que ele deitou meu pescoço sobre seu ombro, aproveitei-me de seu peitoral musculoso.

— Gosta do que sente? - Indagou subindo uma de suas mãos pela minha cintura. — Se não estivesse dificultando tanto, dormiria sobre isso todos os dias. - Sussurrou sobre meu ouvido.

Eu ja não enxergava mais o lorde atraente, sério e misterioso que enxerguei da primeira vez. Ele parecia tão confortável, tão atraente e irresistível. É como se soubesse exatamente como conquistar-me.

Tão obscuro, irresistível. Suas voz grossa e baixa sobre o meu ouvido fazia com que eu quisesse esquecer tudo e sucumbir ao desejo.

— Você mudou... - Murmurei sentindo as carícias dele contornarem as curvas de meu corpo.

— Mudei? - Questionou de forma surpresa. — Em qual sentido? - Senti sua mão segurar um de meus seios.

Eu só queria me render ao toque dele, sentir seus lábios contra qualquer lugar de meu corpo. Render-me a sua persuasão não pareceu uma ideia ruim.

— Quando o conheci você era tão sério. - Fechei meus olhos, apenas aproveitando o prazer do toque dele. — Misterioso... Eu não entendia a obsessão das mulheres por você. - Ele gargalhou, segurando meu pescoço.

A mão que antes apalpava meus seio, subiu outra vez, circulando o meu pescoço enquanto o inclinava para cima.

— E agora você entende... - Ambos gargalharmos. — Não são todas que tem o seu privilégio. - Sua mão segurou meu maxilar, inclinando-o para cima.

— Qual o sentido de tudo isso? - Senti seus lábios próximos aos meus. — É alguma arte da persuasão? - Abri meus olhos, fitando os seus.

Nos encaramos em silêncio por alguns segundos. A sugestão da cena, com uma das mãos dele sobre a parte interna da minha coxa e a outra sobre meu maxilar, deixando nossos rostos quase tão próximos, que seria mais confortável um selar de lábios.

— Se for, eu mereço um beijo, sim? - Eu sorri, observando-o repetir o meu gesto.

Antes que eu pudesse responder a sua pergunta, senti seus lábios se chocarem contra os meus.

Seu corpo se enrolava ao redor do meu como uma cobra que desejava esmagar sua vítima.

Voltei-me para a sua direção e sentei-me sobre seu corpo conforme nossos lábios brigavam pelo comando.

Até este ponto, eu não me importava mais se ele estivesse vendo todo o meu corpo nu, afinal, ele já o tocou.

Seus lábios tocaram meu ombro e foram subindo pelo meu pescoço, o que praticamente me obrigou a revirar os olhos conforme eu acariciava sua nuca.

Ele parecia tão suave, eu estava me arrepiado cada vez mais, e não, eu não queria parar, não queria que ele parasse.

O que não percebi,  foi que com o tempo a espuma foi diminuído. Agora, pouca espuma cobria meu corpo, e embora eu não me importasse, eu ainda conseguia pensar em outro rumo para este momento.

Colidi nossos lábios com muito desejo outra vez. Foi como um alívio, o mesmo sorriu sobre nosso beijo e usou suas mãos para me aproximar de seu abdômen.

Nossas línguas brincavam enquanto nossas salivas de fundiam. Suas mãos, apertavam minha cintura com um pouco de força, trazendo-me ainda mais para seu corpo.

Conforme nosso corpo encharcado se tocava, seus lábios percorriam pelo meu corpo ao redor de meu busto, maxilar e pescoço.

Mesmo evitando qualquer aproximação que o mesmo poderia ter, no fundo eu queria. Queria tudo o que ele estava me oferecendo e ainda mais.

Embora houvesse outra hora para pensar em meus pais, pensei em como eles se sentiriam se soubessem disso. Seria como traição.

Mesmo que eu tivesse adorando tudo aqui, amando cada centímetro dele colocado ao meu corpo, o desejo de não decepcionar meus pais era maior do que o almejo pelo corpo dele.

— Eu não... - Suspirei afastando-o. — Não podemos. - Ele me fitou com um semblante confuso.

— Por que? - Indagou acariciando minhas costas. — O que há de errado nisso? - Questionou observando-me afastar-me totalmente de seu corpo.

Na banheira, já não restava espuma alguma. Ele furou-me com certa dúvida, parecendo desnorteado.

— Eu tenho uma vida lá na França. Não é certo ter uma com você aqui. - Ele se ajeitou.

Levantei-me da banheira, cobrindo-me com a toalha enquanto ele me observava com certo desconforto.

— É claro que pode. - Ele me seguiu. — É por este motivo que está aqui. - Sua voz engrossou.

Eu me voltei para o seu corpo, afastando-me dele. Observei seu rosto com confusão.

— Na verdade, estou aqui porque você me obrigou a estar. - Trocamos contato visual.

Meia hora mais tarde, deitei-me a cama sob os olhos atentos e sérios dele. O lorde lia um livro, parecia me esperar.

Não ousei mencionar qualquer coisa. Apenas voltei-me para a direção oposta da dele, fechando meus olhos. Logo após, senti a luz se apagar.

Embora tivesse de olhos fechados por um bom tempo, apenas consegui pensar sobre esta noite. Não sobre Sirius ou qualquer outro assunto, apenas sobre Tom.

Eu definitivamente estava apaixonada por ele, ou era tudo apenas desejo carnal?

Por Que Tão difícil?-Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora