De novo?

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Depois de sair da casa do Serkan vim desesperada para a casa da Melo

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Depois de sair da casa do Serkan vim desesperada para a casa da Melo. Yağmur já estava dormindo mas mesmo com o risco de acordá-la a peguei em meus braços e a abracei, o mais forte que pude.

Nunca tive tanto medo de perder alguém. Depois que a gente se torna mãe as nossas prioridades mudam. Somos capazes de ir contra tudo e contra todos para proteger nossos filhos. Não consigo evitar que algumas lágrimas escorram dos meus olhos. Minha filha é o mais precioso que tenho.

Ouço passos se aproximando e Melo aparece na porta do quarto. Ela apoia a cabeça no batente e cruza os braços.

— Como você está, Dada? — pergunta.
— Com muito medo, Melo. Muito medo. Efe disse que ia ligar para advogada responsável pelo processo de adoção para saber como proceder. A essa hora a notícia e o beijo já devem estar circulando na Itália.

Apoio a cabeça de Yağmur no travesseiro e me levanto. Melo vem ao meu encontro e me abraça. Ficamos algum minutos abraçadas e em silêncio. Melo sempre está do meu lado nos piores momentos. A única que jamais me abandonou. Sou eternamente grata por tê-la na minha vida.

É a única pessoa com quem posso me abrir totalmente, com ela não preciso ser sempre forte. Não tenho receio em demonstrar minhas fraquezas e minhas fragilidades. Deixo minhas lágrimas caírem e choro tudo o que precisava chorar.

— Dada, esse processo está nas mãos dos melhores advogados do ramo. Você não precisa se preocupar tanto. Tenho certeza que daqui a pouco o Efe vai ligar trazendo boas notícias.

— Quem dera eu tivesse a sua positividade, Melo, quem me dera. Vou tomar um banho e colocar uma roupa confortável enquanto espero a ligação do Efe. O dia hoje foi muito cansativo e desgastante. Só queria acordar amanhã e descobrir que tudo isso não passou de um pesadelo.

— Isso, Dada. Tenta relaxar um pouco. Você comeu alguma coisa lá na casa do eniş...

Fecho a cara para ela.

— do Serkan? — ela se corrige.

— Não, Melo. Mas não se preocupe com isso. Estou totalmente sem apetite. Aliás acho que mesmo se eu tivesse não conseguiria comer nada. Não passa nada na minha garganta.

— Peki, Dada. Vou lá então. Deixei Matteo esperando. — ela fala com o rosto corando.

Não consigo me segurar e deixo uma risadinha escapar. Esses dois foram feitos um pra o outro.

— Vai lá, Melo. — Dou um beijo nela e ela sai. Pelo menos uma de nós teve sorte no amor, penso.

Tomo meu banho, coloco um pijama e volto para ficar com minha filha. Efe mandou mensagem dizendo que a advogada ligaria amanhã. Tento dormir mas o beijo que Serkan me deu não sai da minha mente.

Não posso negar que morria de saudade do seu toque, do seu corpo, do seu beijo. Depois dele nunca tive ninguém. Arrisco dizer que antes também não. Porque depois que conheci Serkan, o que tive com Cenk se tornou totalmente insignificante.

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