Robson
Dois dias que eu bati na mandanda.
E agora ela tá em cena pura, dizendo que tá cheia de dor na barriga, que não consegue levantar, só papo de malucona, tô pegadão no ódio já.
Larissa quando eu conheci, todo vagabundo babava, e eu sempre afirmei que ela ia ser minha, e foi. Como vai ser, até o último suspiro dela!! Não aceito perder nunca, é minha e ponto final. Quero ver quem vai bater de frente, pra falar ao contrário pô.
Respiro fundo quando escuto ela gemendo de dor mais uma vez:- Robson tá doendo muito.- diz e começa a chorar.
- Tá doendo oque porra?- Pergunto exaltado já.-Duvido. Se tá é de cena, pra não me dar.- falo já cheio de ódio, que por causa dessa porra, ela tá fazendo cu doce me deixando sem sexo.
Ela se levanta devagar, e percebo sangue entre suas pernas.- Tá virando porca? Toda vazada aí.- falo puto, vendo o lençol da cama manchado.
Ela me olha pálida e coloca a mão entre suas pernas. Vejo um desespero no seu olhar, e aconteceu tão rápido, que quando eu percebi, ela já tinha caído desacordada no chão.
Porra, minha mente ficou a milhão não sabia oque fazer. Coloco a mão no seu pulso e sinto como estava devagar. Ia ter que apelar pra UPA, que inferno.
Pego a mandada, e desço as escadas correndo indo colocar ela dentro do carro.
Saiu de casa cantando pneu e no caminho começo a pensar numa boa desculpa. Tá maluco, jamais que ia falar que botei a mão nessa porra, meter o k.o da escada, e é isso mesmo.
Tiro ela na correia do carro, filha da puta não acordava não mané, isso só tava me deixando mais irritado.
Chamo a enfermeira, que vem correndo e pega uma caldeira de rodas levando ela.
Avisto a amiga da Viviane atenta olhando pra mim, forço um sorriso imaginando como fudeu tudo.
Ela vai contar pra aquela porra, e essa desgraçada vai vim aqui.
Não passou nem 10 minutos, vejo uma Viviane alterada na minha frente.- Vamos Robson, que porra que aconteceu com a minha irmã??- Vem me intimidando mesmo, mal ela sabe com quem tá mexendo, brinca muito.
- Não sei cunhada, não sei.- digo e finjo um desespero.- Eu cheguei em casa ela tava no fim da escada desacordada. Graças a Deus, que eu fui para casa mais cedo.- falo tentando ser o mais convincente possível.
Ela chega bem perto do meu rosto, fazendo até eu arquiar uma sombrancelha, não tinha entendido essa jogada.
- Só te digo uma coisa.- fala sem quebrar o contato do seus olhos com os meus.- Tu pode enganar qualquer um. Pode enganar ela, minha mãe, o caralho a quatro, a porra toda que você quiser! Mais a mim não Robson, a mim não.- diz firme e sai de perto.- Eu só preciso ter a confirmação que eu quero, e você vai conhecer o inferno na terra, e te garanto que o diabo do seus sonhos vai ser eu.- avisa. E antes dela sumir, um médico aparece falando o nome da Larissa, fazendo ela voltar.
-Quem é o acompanhante?- Ele pergunta fitando nois dois.
- Eu sou o marido.- afirmo.
- E eu sou a irmã mais velha de sangue.- Avisa, entrando na minha frente.
- A paciente precisa de um acompanhante, apenas um. - exclama, pois com certeza ele sentiu o clima.- Pois vai receber uma notícia que mexerá muito com o seu psicológico, e vida, claro. Então por isso precisa estar acompanhada.- avisa e faz eu ficar confunso.
- Por que doutor, oque aconteceu com a minha irmã?- Viviane pergunta, e eu apenas a encaro vendo seus olhos cheios de lágrimas. Reviro meus olhos, com tanta estupidez!!
- Sua irmã, estava grávida.- fala e sinto todo meu corpo congelar, e só esculto o choro da Viviane.- Infelizmente, ela teve um aborto espontâneo. Na verdade, provocado.- nessa hora minha respiração parou, senti uma dor forte na cabeça.- Já que perdeu o bebê por alguma queda, algum golpe sofrido. Porém, isso só um exame mais detalhado poderá dizer.- afirma.
- Ela vai precisar fazer raspagem?- Viviane pergunta assustada.
- Não, quanto a isso a senhora pode ficar tranquila.- alerta.- O feto era muito pequeno, não chegava nem a ter um mês. Ela apenas precisará tomar alguns remédios, e claro, ter um bom repouso acima de tudo, pois irá precisar muito pra conseguir digerir isso tudo. Quem irá me acompanhar?- pergunta.
E prontamente a mandada pula na minha frente indo atrás do Doutor.
Começo a ficar inquieto e na minha cabeça só gritava que eu matei meu filho, que eu tinha acabado com a vida da Larissa.
Na verdade não, trato logo de me desfazer desses pensamentos. Pois se ela perdeu o filho. foi por que é fraca e nem isso ela consegue segurar!Agora meu maior problema era saber oque ela ia dizer dentro da sala.
Como ela iria falar que tudo aconteceu?- toma no cu.- grito dando um soco de raiva na parede
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OBSTINADO
FanficDante, 30 anos perdeu o pai ainda na sua adolescência. Numa operação de morro, seu João teve sua vida arrancada. Não por ser criminoso, mas sim pela sua cor e por ser apenas um padeiro. Afinal quem ligaria?. Preto de classe baixa, morador de favela...