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Dois dias depois eu me mantinha em Brooklyn, sozinha

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Dois dias depois eu me mantinha em Brooklyn, sozinha. Metade da população sumira quando Thanos estalara os dedos e Nova Iorque não parecia a mesma.
Estava á 30min. sentada na cozinha, com uma caneca de café nas mãos que já esfriara.
A dor no meu peito era enorme, como se ele continuasse sangrando e a ferida nunca sarasse.
Bateram na porta e, automaticamente, minha cabeça girou nessa direção. Franzi o cenho, seria possível? Olhei pela janela. Não, tudo se mantinha igual... mas...
Corri na porta e abri, vendo Steve e me senti cair no vazio de novo.
- Oi.
- Oi. - Respondi. - Entra.
Ele entrou, olhando em volta e depois me olhou quando fechei a porta. - Precisamos falar.
Cruzei os braços. - Não vou sair daqui.
Ele suspirou. - Kaylee, esse lugar está cheio de memórias do... do Bucky, mas nesse momento...
- Nesse momento é a única coisa que me impede de desmoronar. - Falei.
- Ele era sua missão, eu sei, mas...
- Era mais do que isso. Só percebi isso quando vi ele... virando... - Uma lágrima caiu pelo meu rosto.
Steve se aproximou. - Sério?
Assenti e ergui olhar. - Lembra da garota que você falou? O amor da sua vida? - Ele assentiu. - Então... eu tinha o Bucky. Ele era... Era ele, entende?
O Capitão sorriu. - Ele teria sido o cara mais feliz do mundo.
Olhei o chão e depois senti os dedos de Steve me fazendo olhá-lo.
- Mas temos de ir, você não pode ficar aqui assim, sozinha, rodeada de fantasmas. Além disso... - Ele respirou fundo. - Seu tio continua desaparecido... e nós temos um plano.

Quando a nave de Tony parou e ele saiu, corri para ele abraçando

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Quando a nave de Tony parou e ele saiu, corri para ele abraçando.
- Kaylee.
Sorri. - Que bom que você está bem.
Levaram ele e depois, mais tarde, Steve me levou para ver meu tio. Sentei junto da sua cama e toquei na sua mão, com as luvas me protegendo.
- Que merda aconteceu com você?
Abri os olhos e vi ele me olhando. Limpei as lágrimas e sorri.
- Thanos, foi o que aconteceu.
Tony colocou sua mão sobre a minha. - Bucky?
Fechei os olhos e assenti. Quando abri os olhos, vi ele olhando Steve e depois para mim de novo.
- Kaylee...
- Não! Tem de ter um jeito, certo? Com tanta tecnologia, tanta magia, tanta... informação, tem de haver um jeito de trazer todos de volta, certo?
Stark me olhou e depois vi tristeza no seu olhar.
- Não! Não me diz que não tem! Impossivel! Eu posso usar minha mente para...
- Kaylee.
Olhei Steve, com a raiva crescendo dentro de mim, e depois olhei meu tio.
- Imagina se fosse a sua mulher? A Pepper? O que você faria?
- Todo o possivel e impossível.
Assenti. - Exato. Não foi a Pepper, foi o Bucky! Pra mim o sentimento é o mesmo!
Tony franziu o cenho. - Você e ele...
- Não, ele não sabia o que eu sentia... nem eu. - Eu ri. - Só percebi quando vi ele morrendo na minha frente.
De repente recomecei a chorar e senti as mãos de Steve nos meus ombros.
- Eu não consigo. - Falei
Tony olhou o Capitão. - Leva ela, cuida da minha sobrinha.
Steve assentiu e me tirou dali...

Steve assentiu e me tirou dali

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5 Anos Depois

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5 Anos Depois...

7:00 em ponto e eu abria a porta do complexo dos Avengers, como sempre, desde que Steve me trouxera ali. Respirei fundo, apertando minhas luvas negras, enquanto a porta se fechava atrás de mim. Olhei a manhã cinzenta e comecei a correr.
Não estava fugindo, apenas correndo... Queria ser mais forte, para além da minha mente, e então juntara os dois mundos: fazia exercício e correr também me impedia de pensar.
Nesses cinco anos, eu aprendera a lutar com o Capitão e aprendera a usar o arco. Natasha, brincando, falava que talvez eu ficasse melhor que o Clint. A arma que eu trouxera de Wakanda, a única coisa que sobrara de Bucky, sempre me acompanhava, menos quando ia correr.
A ruiva se tornara uma amiga, também, me ensinando algumas das coisas que sabia. Tudo isso para manter a minha cabeça ocupada... pelo menos na maioria do tempo.
Agora eu sabia o que o Barnes sentia e porque ele desenvolvera aqueles hábitos compulsivos.
Parei depois de um tempo, olhando em volta. Aquilo parecia uma cidade fantasma.
Olhei o céu cinzento e quando percebi que minha mente esteva pensando de novo, comecei a correr.

Mais tarde, nesse dia, eu estava numa das salas, treinando com o Capitão, já que não tinha nada melhor para fazer.
Soquei o seu rosto e ele deu um passo atrás, depois me olhou e sorriu.
- Uau, isso foi incrível.
Assenti. - Ótimo.
Ele ergueu a mão, pedindo para fazermos uma pausa e eu suspirei, lançando a cabeça para trás.
- Kaylee...
- Não. - Ergui um dedo. - Não, ou irei chorar de novo e não quero. De noite já é suficiente.
Steve franziu o cenho. - De noite?
Assenti. - Todas as noites. - Dei de ombros. - Quando estou sozinha, no silêncio, é pior.
- Mas...
- Eu não durmo, Steve. - Sorri fraquinho. - Não consigo. Cada vez que fecho os olhos vejo aquela imagem, naquele dia. - Neguei com a cabeça. - Não dá.
- Pessoal!
Olhamos a porta, vendo Natasha com uma expressão estranha.
- Nat? - Steve deu um passo em frente.
- É o Scott! Ele está na... no portão.
Como era possivel? Ele sumira, certo?
Corremos no portão e deixamos ele entrar. Meus olhos ainda percorreram a rua, na esperança de que, de algum modo, tudo tivesse se resolvido.
- O que aconteceu aqui? - Perguntou ele.
Steve explicou tudo e Scott arqueou as sobrancelhas. - Para vocês foram cinco anos? Para mim foi cinco horas! - Passou por nós. - Tou morrendo de fome.
Olhei Steve e segurei o seu braço, fazendo ele me olhar.
- Kaylee, é diferente. - Ele falou, adivinhando meus pensamentos.
- Não é. Se ele voltou, pode ter um jeito de trazer os outros de volta também. Eles podem estar... algures.
- Lee, ele estava num lugar diferente, Scott ficou preso...
- Não me chama isso de novo. - Falei. - Bucky costumava... quando estava embrenhado em alguma tarefa ele...
- Desculpa. Mas voltando, não é tão fácil assim.
Bufei de raiva. - Basta recuar! Se para ele foram cinco horas...
- Não deve ter nada que possa ser feito. Você sabe que eu estou tentando por todo esse tempo. - Falou Natasha.
- Como não? - Perguntou Scott se aproximando. - Se a gente recuar no tempo, voltar naquele dia e impedir o Thanos de recolher todas as pedras, como vocês falaram, ele não pode acabar com as pessoas.
Olhei Steve, quase implorando, e vi hesitação no seu olhar.
- Eu preciso disso, Capitão. - Falei. - Qualquer coisa que seja. Eu não aguento mais cinco anos.
Steve olhou Scott. - O que você tem em mente?

Counting On MeOnde histórias criam vida. Descubra agora