Counting On Me

17

Bucky:

- O quê?! - Falou Bucky, olhando o Homem de Ferro, com Kaylee nos braços. - Como assim? Ela não pode morrer!
Stark olhou ele. - E você acha que eu quero que minha sobrinha morra? - Tony olhou ela e tocou na sua cabeça. - Me fala, sabe como podemos reverter a situação? Isso já aconteceu antes?
Kaylee respirou fundo e encarou o tio.
- Eu... Eu preciso de tirar uma porção... uma quantidade de energia vital.... de alguém menos forte do que ele... Do que Thanos. - Ela fechou os olhos, abrindo depois novamente. - Para... tentar... equilibrar o meu...
- Eu faço. - Falou Bucky. - Tira de mim.
Stark e Kaylee olharam ele, e o soldado viu a garota sorrir.
- Não posso tirar de você. Eu... eu não posso matar você.
Bucky fez um sorriso pequeno pra ela.
- Você não vai me matar.
- Bucky, eu...
Ele agarrou a mão de Kaylee e esperou, mas depois lembrou que o poder dela já não funcionava nele diretamente.
- Tenho de usar a mente em você. - Ela falou, fraca.
- Kaylee, por favor... Eu não posso perder você.
Ela sorriu. - Eu perdi você por cinco anos.
Bucky ia responder, mas de repente, sentiu uma forte dor na sua cabeça. Parecia que sua vida estava sendo sugada para fora de si. Sentiu suas forças o abandonarem, mas mesmo assim esteva ciente da garota nos seus braços e não largou ela... até o momento em que apagou, caindo no chão.

Kaylee:

Abri os olhos, fechando de novo e fazendo careta de dor. Abri e fechei as mãos, sentindo elas meio adormecidas. Mas que raio? Abri os olhos de novo e vi que estava num quarto estranho, cheio de painéis luminosos e cores azuis, tudo brilhando, tudo... E de repente algo passou pela minha janela e eu soube onde estava.
- Finalmente, pensei que ia dormir para sempre.
Olhei para o lado, tentando sentar na cama, mas não conseguindo muito bem, e sorri, vendo Shuri entrando e me sorrindo.
- O que eu estou fazendo aqui? E como vim aqui parar?
- Pergunta para o Capitão, ele trouxe vocês.
Franzi o cenho. - Vocês?
- Uhum. O cara estranho acordou faz uma semana, mas você... você estava mais difícil de consertar, além disso, seu poder mental insistia em me bloquear a todo o custo. - Ela sorriu de novo. - Você é forte, hein?
- Espera! - Ergui as mãos. - Uma semana? Eu tou dormindo faz uma semana?
Ela assentiu. - Sim. Você precisava se recuperar. Devido á força, sua mente demora mais tempo.
Olhei para baixo, tentando encaixar e lembrar de tudo o que acontecera. Eu matara o Thanos, eu quase morrera, eu entrara na mente do... Ergui os olhos e encarei Shuri.
- Cadê o Bucky?
Ela riu. - Seu namorado está ótimo. Devo dizer que ele não saiu daqui por um minuto, desde que acordou. Mas hoje, meu irmão conseguiu convencê-lo a sair um pouco, já que você estava estável.
- Então, ele está bem?
- Está ótimo.
Depois lembrei das suas palavras. - Ele não é meu namorado.
- Não? - Sorriu. - Eu diria que sim, nunca vi uma preocupação tão grande quanto a dele por você.
Sorri, sem jeito e depois suspirei.
- Adiante, quando posso sair daqui?
Ela sorriu. - Amanhã.
- Você está brincando, né?

Mais tarde, o que me pareceram horas intermináveis, a porta do meu quarto abriu mas eu nem tirei os olhos do livro, já imaginando a princesa voltando para ver como eu estava novamente. Mas como não escutei seus passos, ergui o olhar e não vi a princesa.
Bucky estava parado junto da porta, me olhando fixamente, completamente imóvel.
Fechei o livro. A última vez que o vira tão parado, ele estava pronto a nos matar.
- Bucky?
- Meu Deus, é você mesmo.
Ele veio até mim, me abraçando de repente e me apertando nos seus braços. Sorri.
- Quem mais poderia ser? - Perguntei.
Ele se afastou e me olhou. - Podia ser minha cabeça... você sabe.
Revirei os olhos. - Mas sou eu.
- Shuri me falou que você estava bem, estável e o T'Challa me convenceu a... Se eu soubesse teria ficado.
Eu ia responder, mas ai percebi algo diferente em Bucky e franzi o cenho, olhando.
- O que foi? - Perguntou ele, confuso.
- Seus olhos estão... diferentes.
Ele olhou o chão e depois de novo para mim. - Digamos que algumas coisas mudaram na minha cabeça. Sou mais o... Bucky e menos o Soldado Invernal... de vez.
Senti meus olhos se abrirem demasiado. - Sério?
- Sim. Minha cabeça ainda está confusa, mas Shuri me ajudou bastante.
Mordi o lábio, assentindo e depois olhei ele. - A Shuri, hã?
Bucky sorriu. - O que foi isso?
- Hã? Nada.
- Isso, meu caro Sargento Barnes, foi uma real demonstração de ciúmes pela minha irmã.
Olhei a porta vendo T'Challa entrando, sorrindo e, logo atrás, vinha Tony, que percorreu toda a distância entre nós e me abraçou.
- Kaylee! Que bom que você acordou! Como se sente?
- Muito bem. - Olhei o Rei. - Que ciúmes o quê?
- Sei... - Ele falou.
Tony se aproximou de mim, falando como se não quisesse que ninguém escutasse, mas sabendo que estava falando alto o suficiente.
- Toda a gente aqui sabe que você ama o Bucky e que ele ama você. - Tony revirou os olhos. - Apesar de eu achar uma escolha... enfim... Mas tá, você escolheu ele e eu aceito isso. - Ele deu um soco pequenino no meu ombro e piscou o olho pra mim.
Olhei Bucky e ele me sorriu de forma que eu nunca tinha visto antes.
Agora tudo fazia o mais perfeito sentido. Todo o esforço em ajudar a mente dele, toda a dor que eu passara durante cinco anos, achando ele estava morto... Tudo fora necessário para eu chegar no ponto em que fiquei forte o suficiente para matar o Thanos de vez e poder ficar com o Barnes.
Agora minha felicidade estava completa e eu podia gritar para os quatro cantos do mundo que eu amava aquele cara estranho, que havia sido minha missão.
E nunca mais, mesmo que o mundo acabasse, nunca mais eu iria me afastar dele. Cinco anos tinha sido muito tempo, agora eu queria passar o resto da minha vida do seu lado...

FIM.