Counting On Me

14

Saí do carro e olhei em volta, aquele lugar era fantástico, e então percebi movimento junto da casa e vi Tony.
- Kaylee?
Me aproximei e ele me abraçou forte, me afastei e sorri.
- Como... como você está? - Perguntou.
Dei de ombros. - Sobrevivendo enquanto dá. Escuta, temos uma coisa para falar com você. É... É importante.
Tony me olhou e depois para o grupo que viera comigo.
Indicou uma mesa que estava do lado de fora da casa e sentamos, ele me olhou, respirando fundo e depois prestou atenção no que Steve falava. Seus olhos voaram até mim e depois de novo para Steve.
- Não. - Ele negou com a cabeça.
- O quê? - Perguntei.
- Não, não vou fazer isso. - Ele me olhou. - Tenho uma filha, Kaylee, não posso voltar naquele dia.
Franzi o cenho, me sentindo como se tivesse sido queimada viva.
- Tony..
- Não, Steve.
Levantei, sentindo a raiva dentro de mim.
- São nossos amigos, tio! Eles lutaram ao nosso lado! São as pessoas desse planeta! É... É o Bucky!
Vi Steve estremecer mas eu tinha de falar. No entanto, Tony continuava me olhando da mesma forma.
- Kaylee...
- Se fosse a Pepper? Você voltaria? - Perguntei. - Você ajudaria? Já seria uma ideia genial?
Ele ergueu a mão. - Não é a mesma coisa, Kaylee.
- Não é? - Gritei. - Seu sentimento por ela é o mesmo sentimento que eu tenho pelo Bucky! Eu não durmo! Á cinco anos que não durmo, Stark! Eu me sinto um nada! Eu quero morrer de cada vez que tenho de sair da cama! Eu me sinto esmagada todo o dia! - Bati numa das cadeiras, fazendo ela voar. - Não quer ajudar, não ajuda! Eu acho um jeito de voltar e impedir o Thanos, porque eu preciso do Bucky! - Sorri. - Você me deu ele de missão, lembra?
Desci as escadas, saindo de perto deles. Queria sumir dali, bater em alguém ou alguma coisa só para a raiva passar. As lágrimas caíram de novo.
Depois de um tempo, senti alguém atrás de mim e vi Steve.
- Ele não mudou de ideia, né? - Perguntei.
Steve negou com a cabeça. - Não. Mas... eu falei com o Bruce e... talvez haja uma chance.
Olhei ele, me odiando por sentir esperança de novo.

Eu me mantive calada enquanto Bruce explicava ao Steve o plano de recuar no tempo. Olhei pela janela, vendo as ruas quase vazias.
- Sem o Stark será dificil.
Olhei ele e franzi o cenho. - Pode ou não?
Todos me olharam, mas eu continuava focada no verdinho. Ele pareceu ver algo nos meus olhos e assentiu.
- Claro que sim, podemos tentar.
- Pfff, tentar não basta. Tem de resultar.
Steve tocou no meu pulso, como se quisesse me acalmar. Olhei ele.
- Não Steve, eu não consigo mais cinco anos.
Bruce suspirou e depois assentiu.
- Precisamos de ajuda, se vamos lutar...
De repente, lembrei de algo que Scott dissera e retirei a mão de Steve do meu pulso.
- Esperem aí. E se em vez de irmos no dia em que aconteceu, se fôssemos pegar as jóias? Pegávamos antes do Thanos e usávamos para trazer todo o mundo de volta. Como ele fez, mas com o resultado inverso.
Todos eles se olharam e depois de volta para mim.
- Pegar as jóias antes do Thanos. - Falou o formiga.
- Genial. - Disse Bruce.
Todos eles se mexeram, teríamos de construir uma máquina que nos permitisse recuar no tempo. Scott a modos que tinha uma, uma velha van, de onde ele regressara ao nosso mundo.
De repente, tudo pareceu melhor, finalmente estávamos fazendo algo para achar nossos amigos. Nem que eu tivesse de voltar anos no tempo e ir buscar um Bucky congelado, mas eu iria!
- Kaylee.
Nesse dia eu estava ajudando Bruce e Scott e me aproximei quando ele chamou. Estava tudo pronto e iríamos enviar Scott.
- Se algo der errado, precisamos de você.
Olhei os dois e assenti. - Tudo bem.
- Seu campo de forças consegue conter se... isso explodir?
- Hum... sim.
- Ótimo! - Gritou Bruce. - Pessoal, estamos prontos.
Todos se aproximaram e Scott se colocou no seu lugar. Fiquei do lado de Bruce e Steve.
- Vai demorar? - Perguntou Natasha.
- Para nós não. - Disse Bruce. - Pronto?
Scott assentiu e Hulk me olhou. - E você?
Assenti e vi que Steve me olhava, confuso.
Bruce ligou a máquina e, do nada, Scott sumiu. Esperamos, todo mundo em silêncio e, do nada, Scott voltou mas... quando ele levantou, não era bem o cara que nós esperávamos.
- Hã... Bruce? - Olhei ele.
- Wow, calma, eu posso concertar.
Scott voltou a sumir, para regressar como um idoso e depois de novo como um bebê. Na quarta vez, o formiga voltou normal.
- Não mexe em nada! - Gritei para Bruce. - Antes que ele seja sugado de novo.
Scott me olhou. - Tem... algo molhado na minha calça.
Olhei Bruce, revirei os olhos e me afastei.
-Kaylee, espera! - Gritou ele. - Eu posso ajustar isso.
Olhei por cima do ombro. - Me chama quando conseguir.
Saí do complexo e fechei os olhos, sentindo o vento brincando com o meu cabelo. Respirei fundo e abri os olhos. Minha esperança era cada vez menor.
- Vamos conseguir.
Olhei para o lado e vi Steve. Sorri. - Sei.
- Estamos tentando, Kaylee.
- Eu sei. Mas... é desesperante de todas as vezes que não corre bem...
Um carro apareceu no complexo, se aproximando de nós e olhei Steve, ele franziu o cenho e eu sorri.
- Espera. Mais problemas acabaram de chegar. - Falei.
Meu tio saiu do carro e olhou a gente.
- O que foi? Estão olhando o quê? Deixa adivinhar, não conseguiram ainda, né?
Dei de ombros e ele beijou minha cabeça e se afastou, abrindo a porta.
- Venham! Eu descobri uma maneira, e resolvi vir partilhar com as mentes normais desse complexo.
Como nem eu, e nem Steve nos mexemos, Tony voltou para trás e nos olhou.
- Já fritaram seus cérebros, foi? Vamos, temos muito trabalho a fazer.
Olhei Steve e sorri, ele me sorriu e seguimos Tony.