capítulo 20 • conceito de imortalidade

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Enquanto as garotas checavam a pulsação de Matt, decido ir ver como Damon estava afinal, sua cara não era nada boa. Corri até sua direção ao ver o mesmo deitado com um pequeno graveto que caiu da árvore fincado no seu peito. Ele permaneceu deitado no chão ao lado da árvore de onde a bruxa tinha lhe arremessado. Sua feição exalava desconforto e dor.

— Ah, meu Deus Damon! O quê eu posso fazer? — Estava nervosa por toda essa situação e acabei ficando mais aflita ainda por vê-lo daquele estado. Talvez assustaria ele mais ainda.

Me abaixei ao seu lado, mais apavorada que antes.

— Só... Tira isso daqui! — Ele se refere ao graveto já fincado no seu peito, por sorte, era um pouco afastado do coração. Ele franze o cenho murmurando de dor.

Era estranho saber que um simples graveto era a razão de deixar os vampiros vulneráveis. Uma pequena farpa podia matá-los e isso era bem... Injusto, se for parar para analisar.

Eu respirei fundo para conseguir um pouco de concentração e foco para fazer isso. Nunca tirei objetos fincados no corpo de alguém, ainda mais algo que mataria alguém que eu gosto. Levei minhas mãos até o graveto e, com cuidado, arranquei do peito. 

Ele cerrou os dentes resmungando de dor e desconforto mas assim que foi retirado, ele inspirou profundamente deixando o alívio invadir.

— Está melhor? — Perguntei, ainda apavorada mas tentando me acalmar. 

— Sim... — Ele fez força para escorar suas costas na árvore e se recompor de uma maneira melhor. — Patético, não acha? — Ele murmurou uma risadinha fraca e sarcástica.

— Patético o quê? — Franzi a sobrancelha. — Seu terno que deve ter custado o preço de uma casa estar rasgado e manchado de sangue? 

Ele riu baixinho e desviou o olhar. — Patético eu quase morrer por um pedaço de madeira. — Ele bufou com um olhar levemente indignado.

— Todo mundo tem suas fraquezas. — Sacudi os ombros com um leve sorriso. — Imagina que chato seria se vocês fossem invulneráveis a todas as coisas. — Estava puxando um assunto aleatório para abafar a situação que ainda estávamos. Para ver se assim, iriamos se distrair por alguns segundos e por sorte, tirar o sorriso de ambos.

— Isso ainda é melhor do que ser morto por uma madeira. — Ele tentou levantar, se esforçando a ficar em pé.

— É, tem razão. — Sorri com indiferença. 

— Consegue andar? — Aproximei do mesmo e segurei seu pulso para ele ter cautela.

— Sim... Só me sinto um pouco fraco... — Ele pareceu pensativo. — Sede. — Ele revirou os olhos.

— Ah, Damon... — Mordi o lábio com receio por começar a falar o que eu iria. Ele não estava prestando atenção das conversas lá da frente mas... Era perturbador contar isso. 

— Cadê as bruxas? — Ele interrompe com seu olhar confuso e duvidoso.

— Sumiram. — Suspirei. — Sobre isso... — Continuei. 

— É melhor você ir dar apoio as garotas. — Falei tensa. Ele olhou confuso. — Quando você ficou desacordado, muita coisa aconteceu e uma delas foi o Matt... — Cerrei os dentes com tensão.

— Mas a Elena está bem? — Ele pareceu ignorar o que eu tinha insinuado sobre o Matt.

— Sim, Damon. A Elena está bem. — Suspirei com impaciência. — Matt está morto. — Confessei, com um tom calmo mas podia ouvir que era amedrontador dizer algo assim. 

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