capítulo 3 • desconfortos

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Já era madrugada, combinei com a Rebekah de encontrá-la daqui á dois dias. Queria organizar algumas coisas e tentar refletir sobre essas coisas.
Eu me deito na cama imensa do meu quarto. Demoro horas pra dormir, ficava pensando em tudo que estava acontecendo. Meu primeiro dia na cidade nova e já conheci três vampiros e uma bruxa. Moro com dois vampiros e essa bruxa não gosta de mim... Imagino que tenha muita coisa louca para acontecer ainda. 

Na manhã seguinte, eu visto uma camisola rosa claro e vou até a cozinha preparar algo para o café. Não me canso de admirar essa mansão incrível. Cada cômodo era detalhado e elegante.
Eu passo por uma garota alta no qual reparo que, usava um lenço no pescoço. Estava calor demais para ela estar com um lenço. Teorizei que estava escondendo uma mordida já que, Rebekah tinha comentado comigo que vampiros fazem isso.
Estava esquentando a água para o café, quando sinto alguém aparecer atrás de mim "derrepente". Era Damon, com certeza veio encher o saco.

— Não acredito que você acorda cedo. — Ele diz num tom de julgamento. — Não consegui dormir. — Murmuro sem dar muito assunto. 

Eu ainda não tinha visto ele, preferi ficar de frente ao balcão esperando a cafeteira esquentar. Depois do ato de ele tentar fazer eu esquecer de todos, meio que peguei um ranço. Não estava afim de olhar para sua cara. 

— Ah... Da próxima vez eu manero nos barulhos. — Ele argumenta com um olhar envergonhado. Eu me viro e olho com um olhar confuso, não sabia do que ele estava falando já que, não tinha nada haver com barulhos. Ao me virar, me deparo com seus cotovelos apoiados no balcão ao lado. Sua camisa social desabotoada deixando amostra seu abdômen. 

— Do quê você tá falando? — Pergunto desviando o olhar levemente constrangida, era um pouco complicado me concentrar a fazer o café enquanto ele me chama muito mais atenção. 

— Do que você está falando? — Indagou com incerteza e confusão. Era um mais confuso que o outro perante essa conversa. 

— Estou falando de eu ter recém chegado e já descobrir que moro com dois vampiros e que, sou uma ameaça pelas bruxas e não sei nem o motivo. — Eu explico com impaciência e frustração.

— Ah... — Ele resmunga pensativo, acho que não tinha nada haver com o que ele pensou. — E do que você está falando? — Eu pergunto com desdém, ao tomar o meu café.

— Minha cama está com algum problema porquê pela noite, ela estava fazendo um barulho muuuito chato. — Ele comenta com um olhar irônico fingindo ingenuidade. 

— Barulho chato?! — Eu olhava com desdém, dei uma risadinha sob sua falta de capacidade de conseguir criar uma história convincente. — Eu vi mais cedo uma garota com um lenço no pescoço, espero que não tenha mordido quando vocês estavam fazendo "barulhos" na sua cama. — Insinuei num cochicho, gesticulando aspas com sarcasmo.

Reparo que, seus olhos se desviavam entre meus olhos, minha boca e pela camisola que eu estava usando. Isso me deixava levemente constrangida, mesmo que era quase impossível conter a tentação de olhar para seu abdômen.

— Coisas de vampiro. — Ele da de ombros. — Não pode simplesmente beber de uma bolsa de sangue? — Digo com tom de sermão. 

— Direto da fonte é incomparável. — Ele responde com um olhar excitante. Eu faço uma careta anojada que faz ele rir baixinho.

— Então você é uma banshee. — Ele puxava assunto. — Sou. — Eu afirmo.  — E se eu te provocar você pode me matar com um grito. Deve ser mais potente que as estacas. — Ele comenta como se tivesse se aprofundado no assunto. 

— Exatamente. — Dou uma piscadela e um sorriso de lado com ar de superioridade.
— E você prevê mortes. — Ele conclui com um olhar amedrontado.  — Procurou isso no google? — Perguntei com ironia. 

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