A psicologia

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TPD = Terceiro ponto de vista, itálico é usado pra flashbacks quando tiver.

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Moonbyul

Aos poucos sentia minha consciência voltar e um sorriso preguiçoso nasce no meu rosto ao lembrar da noite de ontem. Mantive meus olhos fechados sentindo uma única faixa de sol iluminar minhas pálpebras, queria prolongar aquela sensação ao máximo. A respiração dela batia em meu seio, e eu podia sentir cada curva de seu corpo debruçado no meu, era um motivo para ficar.

Era minha primeira vez mas não a primeira dela, que segundo ela tinha sido horrível assim como as subsequentes com o ex-namorado. Não foi de grandes gestos românticos nem planejada, só aconteceu. Eu queria, ela queria, e pouco me importou toda a falta de burocracia, foi a noite mais incrível da minha vida.

- Tá com essa cara de boba por que, Moonbyul-shi? – Podia notar o tom brincalhão em sua voz.

- Lembrando da melhor noite da minha vida. – Entreabri meus olhos evitando o sol, Wheein se moveu sentando em minha cintura.

- Meu gosto é tão bom assim? – Gargalhamos durante alguns segundos, aquele linguajar era novo na nossa relação.

- Uau, Jung Whee in...Não vou mentir, é muito. – Rimos ainda mais e pude sentir seu corpo se chocar com um meu em um abraço apertado. O coração dela batia mais rápido que o normal e quando nos olhamos senti...Era complicado explicar porém tão bom.

- Não é cedo pra dizer que eu te amo ou é? – Ela sorriu e aquela covinha única que achava a coisa mais fofa aparecia com facilidade, me fazia esquecer o dilema dos meus sonho e psicológico.

- Não é, eu te amo...Mas não achava você alcançável.

- Como assim? – Sua feição mostrava confusão.

- Bom, você é o ser humano mais lindo que eu já conheci e tem um monte de gente melhor que eu atrás de você. – Fiz bico, lembrava do ciúme que sentia sem dizer nada.

- Você era ótima em disfarçar, achava que não queria nada comigo. – Wheein observou o relógio do lado da cama. – São 10 horas, almoço ou café da manhã? – Se inclinou dando pequenos beijos em minha boca.

- Café, almoço e sobremesa...Nãooo. – Resmunguei quando ela se levantou sentindo um frio automático.

- Vamos tomar banho, acabar logo com isso.

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TPD

-Jimin? – O homem que estava para ir embora pelo final de turno no aeroporto abriu a porta de controle de câmeras.

- Hm? – O jovem se virou tranquilo.

- As meninas de ontem, você conseguiu achar a amiga delas? – Sua pergunta foi respondida com um silêncio e uma expressão em branco.

- O que você fez?! – O homem entrou na sala visivelmente irritado. – O que custava olhar as câmera? Sinceramente, o tempo que você passou com seus avós fizeram mal pra sua cabeça. Você é extremamente egoísta! – Ele bateu na mesa fazendo com que o outro homem presente na sala se assustasse levemente saindo da sala em silêncio.

- Não me envergonhe na frente de nosso colegas de trabalho! – O jovem se levantou igualmente irritado. – Aqui é nosso trabalho, não tenho obrigação nenhuma de procurar alguém aleatório nas câmeras! A Minji queria terminar comigo por telefone porque segundo ela eu não dou atenção pra ela e nessa hora vem você trazendo desconhecidas pro meu trabalho como se ver ela num aeroporto fosse ajudar.

- Não interessa se VOCÊ não acha que ia ajudar, elas queria saber e não custava nada.

- E agora não adianta, depois de 72h as imagens são deletadas.

- Liga pra elas e explica que você não olhou as filmagens.

- Pra que?

- JIMIN! – O homem gritou se levantando.

-Ok, depois do expediente, preciso voltar ao trabalho. – Ele revirou os olhos se virando para as telas de filmagem. Nem todas as pessoas eram tão confiáveis.
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Moonbyul

Uma mensagem pedindo para que fôssemos para uma sala do prédio de psicologia não demorou a chegar depois que perguntamos sobre a mulher enquanto almoçávamos. Não sabia se era sorte ou destino me encontrar com pessoas dispostas a ajudar sem pedir algo em troca.

A sala estava com a cortina abaixada mas as luzes acesas, faltavam 5 minutos para 13h então bati na porta entrando logo em seguida. O mesmo professor estava de costa sentado na mesa de professor conversando com uma mulher que não parecia ter nem 30 ainda.

- Ah olá, essa é a doutora Eunji, expliquei os detalhes que vocês contaram mas obviamente ela ainda tem perguntas. – O homem se virou sorrindo em nossa direção e a mulher se levantou.

- Estou estudando e praticando terapia de regressão tem um ano, casos novos são sempre bem vindos como experiência. – Ela sorriu, ambos eram extremamente simpáticos.

- É bom não precisar pagar. – Wheein comentou fazendo os dois rirem.

- Você é a pessoa que tinha sonhos? – Eunji apontou para mim e confirmei. – Quero que você sente nessa poltrona e me responda umas perguntas. – Andei em direção a poltrona e me virei para a Puppy, não queria admitir mas estava com medo do que poderia estar na minha cabeça. Percebendo isso ela arrastou uma cadeira segurando minha mão.

- Eu quero que você comece contando sobre sua origem, seus medos infantis, sua relação com sua família até seu pior ponto onde você precisou de ajuda, essa parte até o encontro com essa tal garota dos sonhos. Preciso que você tenha ciência que talvez ela não exista e a sua amiga esteja tão ligada a você em certos pontos que consiga estar no mesmo barco.

Cotton candy girlsOnde histórias criam vida. Descubra agora