Solar

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oh gente, fiquei sem internet ai não deu pra postar no pc, vou postar esse e mais outro cap hoje!

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Moonbyul

 Kim Yongsun gostava de seu nome, mas a ideia de ser uma artista tomava tanto sua cabeça que ela preferia que eu a chamasse de Solar então eu o fazia. Ela, extremamente falante, não tinha medo de falar sobre tudo e eu gostava de ouvi-la enquanto ria. Seu sorriso era muito parecido com o de sua mãe, na verdade a maioria dos detalhes de seu rosto eram de sua mãe.

A primeira noite que passei lá foram completamente diferentes da minha própria casa, as mulheres da casa sorriam e eram calorosas. Em contrapartida, Sr Kim quase não falava e apenas ria. Aquela noite me senti segura para sorrir e o elogio de Solar sobre o meu sorriso ser fofo não saiu da minha mente até que eu adormecesse.

- Byul Byul Byul. – Ouvi o sussurro do lado esquerdo do meu ouvido e me assustei com a proximidade. – Café da manhã. – O sorriso de Solar parecia levemente diferente mas era incapaz de identificar naquela época.

Me senti mais confortável quando percebi que ele não estava na casa e sorri ao ver que ela estava animada em fazer planos comigo. Existia um lago não tão longe da casa e ela pretendia passar o dia todo lá, por isso havia uma cesta na cadeira ao meu lado.

- E mamãe fez suco de manga fresquinho, nós só podemos entrar depois de uma hora então ela botou o suco pra congelar. – Solar andava em volta da mesa enquanto trançava o cabelo.

- Eu não sabia, não trouxe roupa de banho. – Respondi envergonhada por estar despreparada, mas mesmo se soubesse não iria querer mostrar meu corpo.

- Posso te emprestar.

- Eu vou de short e camiseta sem problema.

- Não é desconfortável nadar de roupas? –A garota prendeu sua trança e me encarou curiosa.

- Eu sempre faço isso, está tudo bem. – Fugi de seu olhar inquisitivo.

Era a primeira vez que ficávamos em silêncio, Yongsun andava ao meu lado de óculos de sol e seus lábios pareciam naturalmente curvados para cima. Ela segurava a sexta enquanto tinha minhas roupas em uma sacola de plástico no meu antebraço. Talvez por não vê-la quieta por muito tempo, estava levemente desconfiada de seu silêncio.

- Chegamos! – Me assustei com a frase e finalmente foquei em nosso caminho observando o pequeno cais. – Não se preocupe, aqui nunca vem ninguém, não é área de visita. – Ela me olhou e podia jurar que piscou para mim por de baixo dos óculos. Colocando a cesta no chão tirou uma toalha azul celeste e estendeu no inicio da construção de madeira. Larguei minha sacola de roupas e quando a olhei ela estava se despindo, desviei meu olhar sentindo meu rosto esquentar.

- Vem nadar? Acho que já passou pelo menos 30 minutos. – Solar havia tirado os óculos e me olhava de um jeito diferente. – O que foi? – Ela observou seu biquíni vermelho, e então me olhou rindo. – O que acha? – Ela se aproximou mais e mais fazendo-me prender a respiração...Mesmo assim sentia seu perfume, era inebriante.

- Linda. – Recolhi coragem e a encarei, ela não desviou nenhum segundo sequer.

- Obrigada. – Sorriu deixando um beijo em minha bochecha, era impossível não sorrir também.

Naquele dia senti como se um peso saísse do meu corpo, falei como me fizeram odiar meu corpo, meu sorriso, meu nariz, como sentia que estava sozinha e que era estranha por não me interessar em garotos da mesma forma que as garotas se interessavam. Seu olhar era suave e parecia me entender como ninguém e aquele tinha sido em disparado o melhor dia enquanto me lembrava dele.

- Eu também não acho. – Senti suas mãos envolverem meu rosto secando minhas lágrimas com os polegares.

- O que? – Abri meus olhos confusa, fazia uns cinco minutos que estávamos em silêncio enquanto eu chorava.

- Não gosto de garotos, eu acho você mais interessante. – Ela não parecia nervosa enquanto terminava de secar meu rosto, dessa vez não estava me sentindo nervosa quando ela sorriu pra mim.

E então ela se inclinou em minha direção e me beijou, era lento, hesitante como uma primeira vez.

- Tem algo pra dizer? – Ela se afastou, diversão estampava se rosto quando demorei a abrir meus olhos.

- Deveria? – Perguntei genuinamente confusa. Ela riu despreocupada.

- Não precisa. – Sua mão pousada em minha coxa subiu até minha camiseta molhada me puxando para ela mais uma vez.

Não pude evitar sorrir quando ela me beijou de novo e de novo. Era impossível não sorrir com Solar.

Cotton candy girlsOnde histórias criam vida. Descubra agora