O plano- Greys Anatomy

Verdades escondidas

POV. Meredith
Assim que pus os olhos nele, o meu corpo congelou, não conseguia dizer nada ou fazer algum movimento.
Desde que saí de casa, que não tive qualquer contacto com ele.
-Então, perdeste a fala?- o meu sangue fervia.
-Não, só à vontade de olhar para ti.- tentei passar por ele, para voltar para perto de Lexie e pedir para sairmos dali, mas ele não me deixou.
-Ao que vejo continuas a mesma mal educada de sempre. A tua mãe mimava-te de mais... Sempre a fazer as vontades da menina, sempre a defender-te, não admira que não saibas falar com o teu pai.
-Ah, és meu pai? Desculpa, não tinha entendido. Nunca pensei que pais escolhessem o lado das amantes ao em vez do das filhas!- ele fechou os punhos.- A mãe teria nojo de ti se estivesse aqui... Tu nunca a mereceste, ela sempre foi muito melhor que tu. Em tudo realmente. Ela tinha um melhor emprego, ela decidia as decisões em casa, ela fez-te mudar de cidade porque não fazias dinheiro suficiente para sustentar a própria família...- e foi com essas palavras que toquei no ponto fraco dele. A sua mentalidade não permitia que mulheres ganhassem mais que ele. Ele puxou o seu braço atrás e pressionou a sua mão, com toda a força, na minha bochecha.

-Meredith!- Derek chegou naquele momento e viu o que ele me fez.- Está louco?- ele mandou um empurrão em Thatcher e correu para o meu lado, verificar se eu estava bem.
-Ah, já vi o porque de teres entrado...- eu e Derek não entendemos nada do que ele estava a falar.- Sempre foste gananciosa Meredith, só não sabia que serias assim tão puta ao ponto de foderes por dinheiro... Mas percebi agora que és capaz de tudo.- ele olhou para Derek.- Não se deixe enganar por esse sorriso e olhinhos inocentes. Ela é mais do que uma cara de santa. Pode ter boas curvas, mas é o diabo em pessoa.- senti Derek enrijecer ao meu lado, os seus punhos fechados, estavam brancos da força que ele fazia.- O que ela lhe prometeste? Sexo todos os dias? Juras de amor eterno? Meu amigo, eu conheço meninas que fazem a mesma coisa, muito mais barato.- Derek sai do meu lado, e manda um murro na cara de Thatcher.
-Derek!- ele não tinha intenções de parar num só murro, então tive de me por na sua frente. A atenção das pessoas que estavam ali perto, já estava no máximo, e não queria causar uma cena.- Der, não vale a pena, está tudo bem. Ele não vale a pena...- Thatcher tinha sangue no canto da boca.
-Só não diga que não o avisei quando ela conseguir sugar todo o seu dinheiro...- ele saiu dali e perdemo-lo de vista.
-Estás bem? Ele magoou-te? Deixa-me ver...- ele estava tão preocupado comigo e eu sentia-me, em parte, mal por o estar a usar. Só precisava de saber se Thatcher tinha conseguido entrar na cabeça de Derek com as suas palavras contra mim.
-Eu estou bem... Eu vou andando, já não existe ambiente para ficar aqui...- ele pegou no meu braço, impedindo que fosse embora.
-Se não quiseres ficar está tudo bem, mas eu vou contigo.
-Não precisas, podes ficar. Eu sei que é difícil acreditar em mim depois de tudo o que ele disse...- lancei as cartas, agora era só esperar.
-Mer... É essa a impressão que tens de mim? Eu não me importo com o que os outros dizem, eu sei quem tu és e o que vales.- ele passou a mão pelos meus cabelos e puxou-me para os seus braços.
Mandei uma mensagem a Lexi a avisar que ia embora e para ela ter cuidado com Thatcher.
Eu e Derek fomos para o carro e ele colocou a sua mão na minha coxa, como sempre fazia.
-Tens fome?- estava tão nos meus pensamentos, que nem percebi a fome com que estava.
-Imensa.- ele parou em casa, mas disse-me para ficar no carro. Quando voltou, tinha uma cesta de piquenique e uma chave, na mão.- Para onde vamos Derek? Não me vais matar no meio do mato pois não?- nós ainda estávamos no seu terreno, mas estávamos longe da casa dele e foi então que avistei um pedaço de lata enorme.
-Bem-vinda ao meu trailer. Eu costumo vir para aqui quando venho pescar ou quando preciso de sossego. Aqui não existe rede, então, somos apenas nós e a natureza. Este é um lugar que apenas eu conheço e mais ao fundo, temos um lago.- ele estava a abrir-se aos poucos comigo, estava a chegar ao ponto que queria.
Estava parada a olhar para o trailer e virei-me para ele, com a minha mão estendida.
-Vamos entrar Professor Shepherd?- ele pegou na minha mão e entrámos.
-Desculpa, o trailer é pequeno, mas só costumo estar aqui eu, então...- calei-o com um beijo.
-Está perfeito, nós não vamos sair da cama...- ele pegou-me no colo, e eu soltei um gritinho de surpresa, assim que as minhas costas bateram no colchão.

Olá olá!
Alguém pare o Thatcher numa esquina e bata nele, por favor.
Espero que gostem.
Um beijo!