« A Realidade De Ladybug »

• V - Um lugar para mim...

U N
E N D R O I T
pour moi...

Gosto de me visitar intimamente, sentar num cantinho do "eu" e observar tudo o que acontece aqui dentro.

*****

Fazia um tempinho que Marinette havia conversado com seus pais, sobre a possibilidade de alugar um apartamento, coisa que pode se fazer - com a permissão dos pais - aos dezesseis anos. Disseram que iriam pensar, Tom ficou triste pensando que seria uma forma de se livrar dele. A verdade era que ela estava dando um livramento à eles, pensou em quantas vezes os colocaram em perigo pelo fato de ser a Ladybug e a guardiã. No final de tudo, seria melhor para todos.

E realmente, seria.

Os seus pais a chamaram na sala para conversar justamente sobre isso, ela tinha a certeza que eles iriam negar. Quando...

- Sim. - os seus pais responderam em coro.

- Você tem a nossa permissão para alugar um apartamento, eu e seu pai pensamos muito sobre isso... E você tem maturidade o suficiente para fazer isso... - sua mãe iniciou.

- ...Mas, iremos visitá-la constantemente para verificar que esteja bem. - seu pai completou.

- Muito obrigada, mãe e pai! - ela os abraçou.

- E mais um coisa, eu e a sua mãe iremos pagar o primeiro aluguel, ok? E sempre que precisar, pode voltar para cá! - ele se separou do abraço. - Eu e a sua mãe já olhamos alguns, e vimos um médio que entra no seu orçamento. - mostrou o folheto.

E realmente, o dinheiro que ela ganhava com as suas criações - já que se dava ao luxo de ser a designer de Jacked Stone e amigos próximos deles ocasionalmente - conseguiria pagar.

- Muito obrigada! Novamente! Eu não sei como agradecer!

- Agradeça tendo juízo. - Tom disse, meio seco.

- Não ligue para ele, está muito sentimental pela a sua partida! - sua mãe revelou.

- Podem se preparar para as minhas visitas! - ela brincou. - Quando iremos acertar as coisas?

- Pelo o que vimos... Até a semana que vem estará morando nele, ele já é mobiliado, mesmos assim, eu e a sua mãe também iremos dar outro presentinho, alguns euros consideráveis para comprar algumas decorações... - disse.

- Muito muito obrigada mesmo!

*****

E aquele tempo se passou, Marinette já estava em seu apartamento, organizando os móveis. Foi um grande alívio para ela.

Havia comprado sim algumas decorações, imprimido algumas fotos para colocar no porta retrato, tudo estava lindo!

Ela estava sentada em sua poltrona bebendo chá quando escutou a porta bater. Ao abrir tal, viu que era o serviço de entregas – mais conhecido como correio – com uma caixa.

- A senhorita poderia assinar para mim? - o homem alto perguntou.

- Ah, claro! - ela assinou.

Era uma grande caixa, se perguntava o que tinha dentro. Trouxe para a sala, ao olhar o destinatário se surpreendeu.

Su-han.
Guardião celestial dos miraculous.

Ao abrir a embalagem, havia um grande espelho de madeira, com um bilhete nele.

Era uma caligrafia interessante, cursivo britânico.

“Querida Marinette,

Notei pelos os meus meios que se mudou, fico feliz pela sua conquista. Queria te dar antes, mas temi que alguém pudesse a bisbilhotar, já que seu ambiente era bem, compartilhado. Este é o espelho da verdade, é normal o guardião lidar com pessoas inseguras e indecisas. Quem sabe isso não te ajude.

Qualquer coisa é só escrever, você sabe o endereço.
Despeço-me de ti agora, respeitosamente, Su-han.”

“O espelho da verdade?” - pensou curiosa.

- Tikki, o que seria isso? - perguntou.

Ela saiu de trás do vasinho de planta, onde havia se escondido por causa do entregador.

- Oh! Este é o espelho da verdade! - exclamou, entretanto, a guardiã continuou a olhar curiosa. - Ah, ele mostra quem realmente a pessoa é. - “Quem realmente a pessoa é?”

O espelho havia sido forrado com um pano branco, que estava bem empoeirado. Ela o encostou numa parede e retirou o forro.

A imagem que viu chocou os seus olhos.

O que via era ela, como Marinette, mas ao mesmo tempo Ladybug. Não havia algo determinado, trocava de traje o tempo todo. Um segundo com a máscara e no outro, ela já não existia. E também, ela estava machucada, cheia de hematomas. A imagem do espelho, chorava alto, como se pedisse ajuda.

Rapidamente, o cobriu novamente com o pano.

- O que viu Marinette? - Tikki perguntou confusa.

- N-não foi nada Tikki... - ela foi para o seu quarto, e a kwami acompanhou.