« A Realidade De Ladybug »

• XXV - O Despertar

Eles combinam de se encontrar com Lady Ensanguentada depois das aulas, um local que nem eles conheciam.

Estavam ambos apreensivos, devo dizer.

Chegando em frente, viram uma casa com paredes brancas, e uma janela de vidro, cuja visão era bloqueada por cortinas.

Com firmeza, Marinette bateu na porta.

— Quem é? — escutaram a voz da sócia da menina perguntar.

— Qual é Sanguenta! Abre essa porcaria de porta logo! É a gente! Pensou que seria o que?! O Batman?! Seu namorado gostosão barra parceiro?!

— Pera?! Quem é esse? — o tom de voz de Adrien expressava ciúmes.

— N-não importa agora Adrien! — Alix gaguejou por conta do estresse.
— Abre logo! — gritou enquanto batia com força na porta.

Alix se afastou da porta, pegando impulso para arromba-la, até que, Lady Ensanguentada a abriu bem na hora que a menina disparou.

Sem conseguir parar, ela se adentrou a dentro, se esbarrando numa mesa com um suporte com tubos de vidro, cheios de conteúdos químicos.

— Quebraaa! — a mulher gritou irritada.

— Já que tu falou! Pois eu quebro mesmo, oh! — ela estava quase chutando a mesa, quando Alya entrou e a impediu.

— Calma Alix! Não vai quebrar as coisas da sanguinária não!

— Sanguinária?! — ela questionou. — Dá pra parar de colocarem apelidos em mim?! Me chamem de Mari, é melhor.

Eles concordaram e entraram, vendo que aquilo não era uma casa, e sim um laboratório.

— Um laboratório? — Marinette perguntou sem entender. — Pra que?

— Você vai evoluir seus poderes Marinette, eu preciso acompanhar seus sinais vitais. — Mari a respondeu. — Caso algo dê errado.

— Pera... Como assim?

— Então Marinette — a mulher começou, trazendo uma lousa para o cômodo com várias equações — Você vai entrar em coma para ganhar seus poderes.

— O que?! Não! — ela se afastou.

— Calma... Não é um coma em si. Seu kwagatama transmite ondas psicossomáticas quando você entra no estado de evolução acordada, o coma serve para te proteger, e torna também a sua visão mais lúcida e nítida. E além do mais, ainda ocorrem riscos de você sofrer danos neurais e lesões traumáticas, por isso, irei ficar monitorando suas atividades cerebrais e seus sinais vitais.

— Olha sem querer ofender Sanguenta, mas a gente aqui não é nerd não! Dá pra traduzir? — Alix franziu o cenho.

— Eu entendi! — Adrien se manifestou. — O que ela quis dizer é que o coma é para proteger a Marinette de doenças psicossomáticas, e também, o monitorar atividades cerebrais e vitais e para impedir que ela se machuque lá e aconteça algo pior.

— Falou a mesma coisa que ela querido — Alya riu.

— Tá já chega! Mari tem certeza que é seguro?! — Marinette a interrogou, se aproximando da lousa.

— Bom — ela pegou uma caneta branca e começou a escrever algumas equações na lousa de vidro — De acordo com as 792 possíveis variáveis — ela calculou mais — 82,7% delas aponta que sim.

— Já é uma coisa — a baixinha cruzou os braços enquanto balançava a cabeça positivamente com um biquinho.

— É... Mas mesmo assim, não quero que a Marinette fique em perigo. — Adrien expôs sua opinião, fazendo Marinette corar.