• XXXII - A Batalha do Multiverso (p.2)

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Se adentrando mais ao laboratório da Ladybug da Terra 15, pode ser percebido que no fundo da maca havia uma parede falsa escondendo um cômodo, onde refugiava. O que ela não sabia era que o ataque já havia acontecido, e ela havia perdido. Pode escutar vários gritos fora dali, rachaduras vermelhas encheram o seu corpo, e uma luz vermelha saiu delas e saiu dali.

Gritou alto, gotas de sangue começaram a pingar de seu nariz — ela perdeu. Sua magia era de Locustbug agora.

Locustbug deu um grande grito de vitória que pode ser ouvido até dos cantos mais distantes dali. Adrien sem opção correu atrás de uma parede e se transformou em Chat Noir, para que a batalha começasse — novamente. Ele correu até a maldava que suspirou com rispidez ao vê-lo.

— Vocês não sabem o que é perder, não é? — queixou colocando as mãos no quadril. — Eu não tenho tempo para você! Já consegui o que eu queria! Você agora é inútil para mim! — o desprezou.

— Ah... — ele sorriu erguendo uma das sobrancelha. — Já que é TÃO poderosa, não irá fazer diferença em lutar com esse mero gato-vira-lata. — a provocou.

Ela o analisou de cima a baixo enquanto fazia algumas caretas.

O gatuno não pode deixar de olhar para sua Lady, que agora estava aparentemente — morta. Aquela imagem o fez engolir a seco, aquilo ficaria em sua memória para sempre. As memorias vieram à tona, Marinette sempre demonstrou o amor que sentia discretamente, e agora via isso. Aquilo o aborrecia. Tudo poderia ter sido mais fácil, sim. Mas, ele não via, 2 anos atrás, ele era muito cego para isso. Ele tinha que batalhar por ela, tinha que vencer por ela.

Finalmente, Locustbug formulou a sua resposta.

— Cuido de você depois, eu não tenho tempo para isso. — retrucou distante, enquanto relembrava de seu plano maléfico. — Agora irei destruir essa cidade de merda.

"Droga" pensou. O que poderia fazer nesse momento? Ele se sentia um nada naquele momento, ele não possuía o poder da criação, apenas, o caos, a destruição, a morte — era o que pensava. Aquele garoto não sabia o quão importante era e continua sendo. Mas, nós sabemos. "Sou apenas o portador da destruição, o que poderia fazer?" se perguntou. Sua mente pode ser completamente iluminada por uma ideia e ao mesmo tempo uma lembrança. "Destruição..." repetiu a si mesmo. Ele se lembrou de antes dela, sua amada, ter seus poderes evoluídos, a cada vez que suas mãos se tocavam, um choque acompanhado de faíscas vermelhas surgia — "faíscas..." ele pensou. E se quando se tornou Misterbug ficou com faíscas do poder da criação?

Chat Noir apertou seus punhos e cerrou os olhos com força — estava tentando acessar seus poderes. Mas, fazendo isso sentiu uma grande dor invadir seu corpo, sentiu como se algo o devorava por dentro. Para sua surpresa, a voz de Plagg soou em sua mente.

Droga Adrien! Você não é um inseto vermelho de bolinhas pretas — a voz em sua mente exclamou irritada — Você não pode acessar os poderes da criação por dois motivos: 1 – Você não tem "faíscas" suficientes para isso. 2 – Há mais destruição em você do que criação.

Porcaria! Usar aqueles poderes também estava fora de questão. Se Plagg estava falando com ele, poderia o ouvir. Nada melhor do que perguntar à sua fonte de poder o modo de usá-los.

"Plagg!" o chamou. "Plagg! Precisa me ajudar!"

Como usar seus poderes? Há! Você não tem maturidade para isso, Adrien. — afirmou, irritando o rapaz.

"Então o que eu faço?" questionou em pensamento.

Eu não sei explicar direito, garoto! A maioria das vezes, os portadores descobrem sozinhos. — Plagg zombou da burrice do rapaz. — Vou te ensinar um golpe! Meio que abra os punhos e, tente formar uma esfera de energia escura destrutiva; ela tem as mesmas consequências do cataclismo, mas desta vez, minimizadas. Você pode lança-la para onde bem querer.

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