• XXXI - A Batalha do Multiverso (P.1)

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A atmosfera ali era sombria, o silencio do lugar era algo — peculiar. Os olhos cansados do homem eram frios e maldosos, ele respirava com rispidez. Enquanto andava pelo o local, ele era iluminado por luzes. Uma incubadora se abriu, revelando uma mulher loira, que apenas dormia, neste momento, a face do homem pode ser vista, revelando ninguém menos que Gabriel Agreste. Ele retirou um lenço branco de seu bolso e tirou a sua aliança do dedo, ele a limpava de forma impaciente, tanto que suas mãos tremiam. Prontamente, a colocou no dedo de Emilie, enquanto abriu a boca para falar algo.

— Emilie, sinto falta de você todos os dias, sei que pode está demorando mas — ele levou a mão da mulher até sua boca —, eu prometo, que logo estará de volta para nós. — beijou a mão carinhosamente.

Um estrondo alto fez ele virar para trás, vários pedaços de seu telhado se encontravam no chão, e em seu teto havia um grande buraco. Sentiu que não sairia dessa depois que viu uma neblina escura o cercar, era como se a morte tivesse vindo o buscar e faze-lo pagar por seus crimes e transgressões. Pode sentir seu coração queimar de vergonha, enquanto se contorcia de culpa. Oh, se talvez pudesse ter mais uma chance. Pareceu que estava maluco quando sentiu tudo girar, e viu apenas Emilie, mas ao seu lado estava Adrien — ou não.

— Quem é você? — Gabriel perguntou amedrontado.

A figura de Adrien se converteu a uma silhueta feminina escura, que não o dava chances de descobrir quem era.

— Eu perguntei quem é você! — bradou ao ver que tal ficou em silencio.

— Preciso de sua ajuda, Agreste, ou, Shadowmoth, como quiser. — aquilo o congelou, como aquela pessoa havia descoberto sua identidade secreta? Outras pessoas sabiam? Aquilo o perturbava.

— Você é tão burra assim? — ele questionou enquanto tentava reconhecer a mulher. — Acha que eu ajudaria alguém que nem se quer sei quem é?

Ele pode ouvir a voz suspirar, e de repente, a silhueta teve sua identidade revelada, chocando o homem.

"O que ela faz aqui?" perguntou mentalmente. Aquilo não tinha sentido, aliás, porque ela estava fazendo isso?

Sua inimiga o fitava com tanta firmeza, da mesma forma do dia em que enfrentou e purificou todos os akumas que se multiplicaram. Por que Ladybug foi atrás de seu maior inimigo? Talvez, porque ele não era o seu maior inimigo no momento. Os dois tinham coisas em comum, os dois se importavam com Adrien, e por isso, ela sabia que Gabriel a ajudaria, mais ainda se ganhar algo em troca. Quando sua sósia disse que Marinette aprendeu de tudo com a primeira Ladybug, ela não estava de brincadeira. Pois, ela aprendeu até como reparar certas coisas, curar, trazer de volta a vida. E ela faria isso se necessário, pois, isso faria Adrien uma pessoa feliz de novo. Sabia o quanto sofria por não ter a mãe consigo.

— Por-por que? — o homem só pode perguntar isso.

— Seu filho, o Adrien... Ele foi raptado por uma vilã muito poderosa chamada Locustbug! — revelou, fazendo ele se preocupar. — Eu preciso da sua ajuda para libertar ele! Gabriel, eu conheço os seus motivos, sei que não é assim porque quer, e sim, por ela. — fitou a mulher. — Eu sei como cura-la, e prometo fazer isso depois que tudo isso acabar! — ela garantiu.

Ele suspirou fundo e começou a andar em círculos. E se aquilo fosse uma armadilha? E se ela tivesse raptado Adrien? Eram tantos questionamentos que o confundiam em sua mente, que o fazia perguntar se deveria continuar com suas decisões e promessas. "Ladybug mentiu alguma vez?" sua consciência o perguntou. Aquilo o fez decidir, iria ajudar sua inimiga, assim, poderia conseguir o que sempre quis, e Adrien estaria em segurança novamente.

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