• VII - Meu consolo...

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M E U
C O N S O L O
Eu simplesmente abri meus olhos, e você apareceu, meu consolo...
— Marinette
*****

Tudo cada vez ficava mais pior, as noites não dormidas, os vultos, as vozes... Certa vez, ela estava escutando o gravador com áudios do Chat Noir do futuro, que serviam a ela como terapia. Estava relaxada, com olhos fechados.

— Eu amo você... — mais um áudio se encerrou.

Marinette abriu os olhos, e ficou surpresa com o que viu. Ela viu uma figura preta, que se asemelhava com a de Chat Noir.

— Como você está? — ele perguntou.

— Q-quem é você?! — a jovem perguntou assustada.

— Sou eu, Chaton! Seu amigo imaginário! — respondeu. — Não lembra de mim, princesa?

— Você é real..? — Marinette perguntou ainda em choque.

— Sou real apenas para você. — respondeu a mais uma pergunta. — Me diga, o que vem lhe encomodado?

— Tudo! — seus olhos lacrimejaram. — Eu estou perdendo tudo! Todos!

— Você não perdeu a mim.

— De certa forma — ela disse virando as costas. —, sim.

Ela já estava chorando com tudo isso.

— Uma princesa como você não deveria chorar... Não disperdice suas lágrimas por quem não vale a pena.

Aquelas palavras foram suficientes para consola-la, mas quando se aproximou da figura... Ela sumiu, deixando Marinette assustada e triste, novamente.

— Não sei mais por quanto tempo aguentarei Tikki... — balbuciou.

— Acho que você deveria chamar a Alya para dormir aqui, de repente ela te anima, quem sabe... — a kwami a aconselhou.

— Realmente, é uma boa idéia... — disse pegando seu celular.

*****

Eram oito da noite, Alya havia aceitado o convite, estavam assistindo filmes de terror.

— AI MANO SOCORRO! É O CAPIROTO! — a ruiva gritou assustada ao ver a imagem do palhaço ensanguentado. — É por isso que eu não gosto de palhaços! — choramingou. — Não quero mais assistir Marinette! Coloca uma comédia romântica pelo amor de Deus!

— Por Deus Alya, você é muito sensível. — disse pegando o controle, desligando a TV. — Não sei você mas eu tô com sono.

— Também, mas deu um medo de dormir agora... Não quero sonhar com aquele troço! — a amiga riu com a exclamação.

— Vamos deitar então. — as duas foram para o quarto de Marinette, onde havia um colchão no chão, para Alya dormir.

Elas se repousaram, calmamente, até ali nenhum problema.

Marinette! — ela viu a figura de Adrien surgir

A jovem se remexeu na cama.

—Tenho uma coisa pra te contar. Eu percebi... Percebi que você não era só uma amiga, eu sempre senti que você era mais do que isso...

— O que..? — a voz de Marinette ecoou no quarto, despertando Alya.

— E agora eu sei o porque.

— O que isso significa?

— Significa que eu te amo. — o rosto dele se aproximou para um beijo, quando de repente foi teletransportada para outra cena.

Ao olhar para o seu lado, viu Hawh Moth, e em sua frente Chat Noir.

— Se ela te amasse mesmo deixaria você salvar a sua mãe! — Marinette escutou Hawh Moth falar.

— Para... Para... PARA! — escutou Chat Noir implorar – literalmente –.

Hawh Moth aproveitando a confusão dos sentimentos dele, lançou um akuma em seu guizo.

— Chat Blanc, eu lhe dou o poder de destruição infinita! Juntos eu e você vamos capturar o miraculous da Ladybug e acordar a sua mãe! Obedeça...

— Não! Não! NÃO! — Marinette gritava.

— Me perdoa Ladybug... — foi o que disse, antes de se tornar Chat Blanc.

— Capture o miraculous dela, meu filho! — o garoto dos olhos azuis mirou seu cataclismo para ela.

— Não Adrien... Você precisa resistir! — a frase saiu como automática da sua boca, Alya estava do seu lado, tentando acorda-la.

Depois de falar isso, viu o cataclismo sendo mirado para Hawh Moth.

— Como ousa?! Eu não Adrien!

A mira do cataclismo alternava de um para outro, ele estava extremamente confuso.

— Eu... Eu não sei o que fazer! — disse o mirando para cima, a esfera de poder branca apenas crescia. — My Lady...

— Meu príncipe...

Alya viu sua amiga parar de receber o ar seus pulmões, parecia estar tendo uma convulsão ou algo do gênero, aquilo era estranho e atordoante, como se a mesma não quisesse respirar.

— Marinette! Marinette! Marinette acorda! — gritou desesperadamente. — MARINETTE! POR FAVOR FALA COMIGO! — segurou a mão da amiga e sentiu ela apertar-la fortemente.

Ficou aliviada ao ver Marinette voltar a respirar, tranquilamente, mas ainda, não deixou de ficar preocupada pelos acontecimentos anteriores.

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