• XXVI - Show

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Marinette tinha algumas dores de cabeça, de vez em quando. Mas, não eram tão fortes — ou pelo menos parecia. Alya já havia ligado para ela quatro vezes, para a informar sobre o musical. Ela estava ansiosa deveras, nunca foi de cantar, e se fizesse isso, com certeza não seria em público.

Entretanto, havia notado como a voz de Mari soava como notas hamorniosas, talvez, pudesse ela dar algumas aulas, já que a participação dos alunos era obrigatória. O professor, queria que todos participacem, para que pudesse ter um maior número do que a escola concorrente, e assim, dar uma boa impressão aos pais, passando em mente que, lá os alunos são ensinados a serem participativos e presentes em eventos — o que era bom para a escola.

Será que sua sósia brigaria se ela ligasse por motivos fora de sua identidade como heroína?

Só havia uma forma de saber.

A jovem discou o número da mulher em seu celular, que logo atendeu.

Algum problema? era como Marinette havia descrito, uma voz que soava como muitas águas, que transplancedia paz a todo o cômodo. A jovem respirou fundo antes de pedir o favor.

— Olha eu sei que não tem nada haver mas... Você pode vir aqui rapidinho? — ela perguntou, tentando ocultar o verdadeiro motivo.

Mari pensou por alguns segundos, mas logo respondeu a menor.

Tudo bem, estarei aí o mais rápido que puder correr.

Enquanto isso, Marinette ficou aguardando sentada no sofá, enquanto formava figuras com sua magia vermelha: Primeiro um cavalo cavalgando, depois um pássaro que voava alto pelas montanhas, logo após, a explosão do Big Bang. Era extremamente divertido fazer isso, brincar com seus poderes foi algo que se tornou o Hobbie dela. Mas, talvez devo mencionar o quão estranha ficou depois dos ocorridos, ela estava mais fechada de certa forma - guardando tudo para si. O que preocupava todos ao seu redor, e devo contar também a queda de confiança que ocorreu entre ela e os seus pais. Essa coisa de Multiverso, poderes, LocustBug, tudo era novo para ela. E com esses poderes, não para em vir em sua mente a probabilidade de ser como ela.

E se isso acontecer?

Quem poderá fugir de seu poder?

Não havia sido dito que ela era a mais poderosa?

Era um risco, que ela não poderia correr.

Suas frustrações e pensamentos foram interrompidos por uma batida de porta.

"Ela deveria saber que não precisa bater" Marinette pensou, indo abrir a porta.

Quando abriu deu de cara com Mari destransformada, que entrou. Sua face era rancorosa, sem permissão ou pedido, se sentou no sofá. A jovem fechou a porta e se juntou à ela.

— Tudo bem? — a mulher perguntou. - Na verdade, por que me chamou?

— Então...

Ela explicou tudo, deixando a outra extremamente animada.

— Sério? Uau! Faz tempo que eu não canto em público eu adoraria!
Os olhos de Marinette brilharam.

— Pera, o que? Não seria dar umas aulas?

— Pra que?! Eu mesma posso fingir ser você e cantar!

A menina ficou surpresa com a fala de Lady Ensanguentada.

— Pera? O que?

A mulher riu.
— Veja só.
Uma nebula vermelha a cobriu, e quando desapareceu, seu corpo estava idêntico ao de Marinette.

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