Capítulo 6

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Daisy

   Ainda não tinha conseguido sair do ensaio com Jeffrey, ele realmente tinha ficado animado com a música a ideia e tudo mais, já que não parava de dar sugestões para a minha coreografia pré-montada. Eram muito boas, e eu poderia ir até 10 da noite tranquila discutindo com ele sobre ritmo, passos e saltos. Além disso, sem dúvida, ele e um colírio para os olhos e sabe tanto de dança, mas eu tinha a droga do encontro com Kyle.

Meu pai não podia se controlar! Tinha que se meter e aceitar as coisas, mas, pelo menos, as coisas terminariam por aí. Eu iria nesse encontro idiota, que, obviamente, iria ser mega desastroso e ele iria cair na real de que, eu não quero ficar com ele ou o que a cabeça psicopata dele imaginou.

- Eu me animei muito, não? – Tirei os olhos do celular, que já marcavam 19:45.

- Não! As ideias são incríveis, sério. – Ele sorriu, e os olhos castanhos refletiram. – Mas, é que meu pai me meteu em uma furada e... a gente pode parar por hoje e continuar amanhã? Prometo que a gente pode ficar até mais tarde. – Ele riu e concordou.

- Tenho coisas para fazer também. – Ele diz indo colocar o moletom e eu vou fazer o mesmo. – Ei! – Me virei para ele, enquanto colocava a minha calça de moletom velha. – Você tá ficando com o Becker? – Uma risada frouxa saiu da minha boca.

- Você viu os Instagram, né? – Ele concordou com um sorriso constrangido. – Essa é a minha furada, meu pai ficou com pena de tudo aquilo e aceitou que eu saísse com ele. – Revirei os olhos calçando os tênis velhos e colocando os óculos.

- O cara praticamente fazia sexo em cima de você, e seu pai aceitou que você saísse com ele. – Nós dois nos olhamos e começamos a rir muito.

- Meu pai é doido! Ele literalmente disse que fez pior quando conheceu meus avós. – Jeffrey riu ainda mais terminando de se vestir.

- Ele parece legal.

Sorrio e também término de me arrumar colocando a minha jaqueta por cima do collant preto.

- "A minha arte é quem eu sou." – Ele diz lendo a minha jaqueta. – Curti. Onde você comprou? – Ele pergunta se aproximando de mim com um sorriso de canto.

- Era da minha mãe. – Falei puxando a minha bolsa azul.

- E o que você vai...

Mas, o que quer que ele estivesse para dizer morreu quando a porta do estúdio foi aberta por ninguém mais e ninguém menos que o Kyle. Olhei para o meu telefone confusa, não costumo deixar ele ligado durante os ensaios e tinha 6 mensagens dele.

Assanhado do futebol:

Tô saindo de casa

Vc curte comida italiana?

Deixa! Td mundo curti

Vc tá viva?

Indo pro seu coisa de dança

Me responde e diz que tá viva

Olho para ele totalmente confusa, mas ele já estava sorrindo e vindo na minha direção como se essas mensagens fossem completamente vindas de um cara com todas as faculdades mentais em ordem.

- E aí, cara? – Ele fez um aceno nem um pouco simpático para Jeffrey e se volta para mim. – Que bom que você está bem, fiquei preocupado quando a Briana disse que você ainda não tinha chegado.

- Você conhece a Bri? – Pergunto confusa quando ele se posiciona na minha frente.

Foi aí que eu percebi o quão gato ele estava, vestia uma calça jeans preta, uma camiseta cinza e por cima e uma jaqueta jeans e ele cheirava tão bem. Me odiei por perceber isso e me odiei mais ainda quando percebi que ele tinha feito alguma coisa para deixar o cabelo preto para trás e que ele tinha de alguma forma ficado mais bonito, que fez partes de mim começaram a responderem ao seu charme.

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